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Royal Vessel
Francisco Romão Pereira

Royal Vessel, um bar que deu à costa no Príncipe Real

O novo bar é inspirado na herança marítima portuguesa e serve cocktails à moda antiga. Também há petiscos para acompanhar.

Teresa David
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Teresa David
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Às seis da tarde de uma terça-feira já há movimento no Royal Vessel, o bar aberto há apenas dois meses no Príncipe Real. É gente do bairro que fala português e inglês e que ali se reúne para dois dedos de conversa regados, sobretudo, a cocktails, mas também a vinho. Mickey e Mindie Spencer, duas gémeas americanas de Austin, Texas, vão cumprimentando com simpatia os fregueses que ali entram, inclusive os amigos de quatro patas. A hospitalidade é-lhes natural. “Tivemos bares e restaurantes em Austin. Na pandemia decidimos fechar tudo e começar de novo num outro sítio”, revela Mickey. Escolheram Portugal, que anda nas bocas do mundo. 

Royal Vessel
Francisco Romão Pereira

Estabeleceram-se primeiro no Porto, mas o apelo da “multiculturalidade” trouxe-as até aqui. “Estamos em Lisboa há um ano e meio. Da primeira vez que visitámos, ficámos apaixonadas”, lembra Mindie. Andaram por Santos e pelo Bairro Alto à procura de um espaço para se instalarem, mas foi o Príncipe Real que as conquistou. O nome que escolheram para o seu bar, Royal Vessel, é “uma abordagem à história da navegação portuguesa”, explica Mickey. Vessel “significa barco, mas também um drinking vessel (copo)”. Royal, de real, é uma referência à localização. Faz sentido, então, que o ambiente nos transporte para um navio antigo, com o tecto pintado a azul céu, móveis em madeira escura, iluminação baixa, velas, mesas em mármore, e a parede grosseira a descoberto. “É para parecer que o bar esteve cá sempre, dar esta ideia de old world”, esclarece a responsável. O espaço é pequeno, mas há lugar para mais de trinta pessoas divididas entre as mesas e o balcão, onde decorre a maior parte da acção. A música, um jazz de outros tempos, encaixa que nem uma luva no ambiente interior. 

Royal Vessel
Francisco Romão Pereira

Seguindo esta linha, o menu está escondido dentro de livros antigos, arrumados nas prateleiras por cima das mesas. Nele há sugestões de aperitivos, entre eles um bloody mary (12€), preparado com vodka, gaspacho, rábano, molho inglês e tabasco. A selecção de vermutes tem referências da Madeira, mas também italianas e espanholas. Os vinhos de baixa intervenção ocupam a maior parte da carta. “Temos uma grande selecção de vinho de um pouco de todo o mundo”, incluindo da região de Lisboa, continua Minnie. Ainda assim, a prata da casa são os cocktails clássicos. “Usamos ingredientes muito bons, frescos, e álcool de qualidade”, garante. O aviation (10€) é um cocktail em tons rosa, feito com gin, luxardo (licor), creme de violeta e limão. Já o dark&stormy (10€) é composto por rum, limão e ginger beer. O tradicional old fashion (11€), com whiskey, bitters e açúcar é uma boa opção para os dias chuvosos. 

Royal Vessel
Francisco Romão Pereira

Há várias opções para forrar o estômago, entre elas petiscos feitos a partir de conservas de várias marcas portuguesas, como a José Gourmet.Um exemplo? Os filetes de cavala com molho de caril (9€). Vale ainda provar as azeitonas sicilianas (4€), marinadas em sumo de laranja, alho e alecrim. “Vamos adicionar mais comida à carta. A cada três meses vamos alterar o menu um bocadinho, de acordo com a disponibilidade dos produtos”, revela Mickey. No futuro gostavam de abrir um restaurante. Cá o esperamos. 

Rua Ruben A. Leitão 23 (Príncipe Real). Dom-Qui 18.00-01.00, Sex-Sáb 18.00-02.00

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