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Ser vegan do mar é a próxima tendência – e Lisboa já a tem no menu

Sebastião Almeida
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Sebastião Almeida
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Incluir peixe numa dieta vegana pode parecer estranho, mas no Akla, restaurante do hotel InterContinental, há um prato novo todas as semanas para lhe dar a conhecer o conceito seagan. Chega-lhe pela mão de Sarah Maraval e de Eddy Melo e está incluído no menu executivo de almoço do restaurante.

Será possível ser vegano e incluir na alimentação alguns elementos provenientes do mar? Há quem diga que sim e, para o provar, o Akla, restaurante do hotel InterContinental em Lisboa, adicionou um novo prato seagan à sua carta. Sarah Maraval ou green chef como é mais conhecida – e Eddy Melo, chef residente do restaurante, têm trabalhado na criação de pratos com preocupações éticas, com atenção à sustentabilidade, origem e qualidade do que é servido à mesa.

Mas afinal o que é isto da dieta seagan? Surgiu pela primeira vez em 2016 e diz-se que é uma das próximas tendências na alimentação. Amy Cramer e Lisa McComsey, escritoras de gastronomia e veganas, elaboraram um livro de receitas em que aliam o veganismo a uma dieta com peixe e produtos sustentáveis oriundos dos oceanos. Essa foi, esclarecem as autoras, uma forma de colmatar o problema da obtenção de ómega 3, uma gordura essencial ao organismo, dificil de encontrar na dieta que exclui tudo o que seja de origem animal.

“A base é sempre o vegan, mas com alguns elementos do mar. Nomeadamente algas. Às vezes também usamos peixes, desde que sejam selvagens e locais. No fundo, é sempre um apontamento, nunca é a estrela do prato”, explica Sarah Maraval. É o caso dos noodles de algas kelp com pepino, maçã verde, manga, gengibre, pickles caseiro de cebola roxa, crocante de sementes de sésamo e ovas de salmão.

Fotografia: Duarte Drago

Quando a Time Out visitou o espaço, o prato semanal disponível da carta era feito à base de “uma espécie de alga com mais de mil anos, super interessante a nível nutricional. Tem uma enorme carga de iodo e é um prato inteiramente crudívoro. O único elemento do mar que leva é as ovas de salmão”. O prato seagan é lançado todas as segundas-feiras, mantendo-se até à semana seguinte. Às quartas-feiras, a green chef está presente no Akla à hora de almoço para apresentar e cozinhar o prato numa sessão de live cooking.

Na próxima semana, o prato já está definido. De 7 a 11 de Outubro a carta incluirá a opção seagan de esferas de batata doce de Aljezur, “que são trabalhadas com algas wakame e uma salada cítrica”. O destaque desta criação, segundo a chef, “é o sorvete vegan com algas desidratadas chlorella”. Entretanto, as seguintes sugestões passarão por um orzo perlato (cevada de pérola) com cogumelos shitaki e enoki e algas codium. Estão também a trabalhar num risotto cozinhado à base de romã que leva algas frescas e acompanha com um parmesão vegan criado pelos chefs.

Orzo perlato com cogumelos shitake e enoki e algas Codium
Fotografia: Duarte Drago

A opção seagan faz parte do menu executivo do Akla. Custa 16,50€ por pessoa e dá a escolher entre um prato de peixe, carne ou seagan. Além do prato, está incluída uma sobremesa ou fruta, e uma bebida, que poderá ser um copo de vinho, cerveja, refrigerante ou água. No final, claro, tem direito a café.

Rua Castilho, 149D (Parque). 21 381 8700. Seg-Dom 12.00-15.00/19.00-22.30. 

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