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Slang
Ricardo Lopes

Slang, a gíria da arte urbana num restaurante a dois passos do Marquês de Pombal

Depois do Cotidiano, na Baixa, e do Ordinário, no Cais do Sodré, é a vez do Slang se dar a conhecer em Lisboa.

Teresa David
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Teresa David
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Certo dia, Lourenço Pestana, um dos membros do grupo Coma — que detém o Cotidiano, o Ordinário e agora o Slang —, a par de Pedro Sotero e Pedro Ferreira, foi impedido de entrar num restaurante em Lisboa. “O Slang nasce da raiva de ser barrado num sítio que é posto como elitista, mas que no fundo não passa de um restaurante. Nós sabemos o que somos e toda a gente é bem-vinda”, conta. O ambiente é, efectivamente, descontraído, sem pedantismo, mas é também um daqueles restaurantes que prima pela estética, não estivesse ele no hotel Pestana Lisboa Vintage, na sofisticada rua Mouzinho da Silveira, mesmo em frente ao Selllva, a dois passos do Marquês de Pombal e da Avenida da Liberdade. 

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A decoração é um dos elementos diferenciadores deste Slang, onde cabem quase 100 pessoas. No interior, os sofás e as cadeiras em veludo contrastam com a arte urbana nas paredes, um mural pintado por OSGEMEOS (Gustavo e Otávio Pandolfo). A esplanada é mais simples e muito agradável em dias de sol. “Queríamos juntar o Cotidiano e o Ordinário num só espaço. Do Cotidiano fomos buscar os verdes, o veludo do sofá, e do Ordinário a arte urbana, o sujo, o real, o graffiti. O Slang é a junção perfeita dos dois conceitos”, explica Lourenço. Além de restaurante, é também uma loja. “Qualquer item do restaurante tem um preço, tudo tem opção de compra”, diz. A arte de OSGEMEOS, por exemplo, custa 150 mil euros. “Quando se vender ou sair, pomos outro artista”, acrescenta. 

Além da arte, o Slang “vai viver e respirar de música”, admite. “Não temos ainda uma programação fixa. Temos sempre música ao vivo ao fim-de-semana, mas ainda não conseguimos garantir que será uma coisa de segunda a domingo”, lamenta.

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A carta é desenhada pelo chef brasileiro Juan Meireles e foca-se em duas coisas: na ideia da partilha e na sazonalidade. “Não temos um tema específico, trabalhamos muito com a sazonalidade, acreditamos muito no valor dos produtos na época, ou seja, a carta vai estar sempre em actualização. Acreditamos que a comida é para ser partilhada”, afirma o responsável. 

Assim, para começar a refeição pode optar pelos dadinhos de tapioca e molho de goiabada picante (5€), halloumi grelhado com mel e lima (5€), taco de tártaro de salmão, com molho de sésamo e maçã verde (6€), almôndegas no forno com molho de tomate e ricota (7€), tártaro Slang, com novilho e gema crua (10€), entre outras opções. Entre os pratos principais, o ossobuco (18,50€) e o polvo com puré negro (14€) são boas opções. Para terminar, prove o petit gateau de doce de leite com banana caramelizada (5€). 

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Ricardo Lopes

O Slang abriu portas no dia 1 de Fevereiro, mas o projecto é bem mais antigo. “O restaurante estava pronto para abrir em Março de 2020. Começámos as obras em Julho de 2019, e por sorte tivemos uns contratempos com a obra e decidimos não abrir logo. Quinze dias depois, Portugal e o mundo fecham, e ficamos dois anos à espera, ansiosos, para abrir”, lembra.

Para já, abre apenas para os almoços, mas há planos para alargar o horário até à meia-noite, uma da manhã. Ao pequeno-almoço, o restaurante serve apenas os hóspedes do hotel. “Acreditamos que o Slang vai ser a cara da nossa empresa e que nos vai levar para o próximo nível”, remata.

R. Mouzinho da Silveira 29B. Todos os dias 12.00-16.00

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