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Taxify chegou a Lisboa: “Daqui a uns anos vai ser um luxo ter um carro”

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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É cada vez mais fácil não andar às voltas para encontrar lugar para o carro. A Taxify é a nova plataforma de mobilidade urbana que arrancou em Lisboa com 600 motoristas profissionais.

Markus Villig tinha apenas 19 anos quando fundou a Taxify em 2013 na Estónia, a sua terra natal. Sem carta de condução e estudante do ensino secundário lançou a plataforma que é hoje a que apresenta o crescimento mais rápido na Europa. Actualmente opera em 23 países (Portugal incluído desde esta quinta-feira) e tem um total de cinco milhões de utilizadores por todo o mundo.

Markus Villig, CEO da Taxify

Eram 10 da manhã quando arrancou oficialmente a Taxify em Lisboa. À mesma hora falávamos com David Ferreira da Silva, country manager da empresa em Portugal, e durante a nossa conversa já se registavam viagens na aplicação disponível para iOS e Android. Não só já tinham sido feitos 2500 downloads da aplicação, como a motivação também é grande: até ao final do mês todas as viagens beneficiam de um desconto de 50% sobre o tarifário actual, fixado nos 33 cêntimos por quilómetro e nos 3€ por hora. "Depois vamos ajustar esta promoção ao longo do tempo, suavemente. E quando acabarmos com as promoções, o nosso objectivo é sermos o player mais acessível do mercado. Consoante os preços que estiverem na altura no mercado, queremos ser o mais barato. Tipicamente entre 5 a 10 por cento que é o que fazemos nos outros países", explicou David Ferreira da Silva, sublinhando que o desconto não se reflecte no rendimento dos motoristas.

E a Taxify quer que conduzam muito felizes, introduzindo uma série de condições de trabalho nesse sentido: "Se dermos melhores condições a estes motoristas, vamos conseguir um serviço melhor que no fim acaba por se traduzir no serviço ao cliente. Cobramos uma comissão menor, 15%, temos flexibilidade, não temos horas mínimas e na própria aplicação podem escolher um raio de aceitação de viagens”, continuou o country manager, acrescentando que a plataforma não exige exclusividade.

taxify app

Mas há mercado para isto? David Ferreira da Silva defende que a indústria funciona melhor em duopólio do que em monopólio e que há espaço para a concorrência, que traz melhores condições para o mercado: "Em Portugal ainda há muito potencial de pessoas que usam carros próprios começarem a usar este tipo de serviço que tem as suas consequências positivas, como cidades com menos carros e menos poluição. Eu sou um adepto de não ter activos e daqui a uns anos vai ser um luxo ter um carro". Já Markus Villig, hoje com 24 anos, em comunicado diz que "Lisboa é um mercado de ride-hailing em crescimento e com grande potencial e por isso estamos entusiasmados em lançar a plataforma em Portugal."

Se se chama Taxify, então e os táxis? De facto, a empresa começou a trabalhar com táxis e em alguns países existem essas parcerias. No entanto em Lisboa o foco será trabalhar com motoristas privados, apesar de no futuro não fecharem a porta aos táxis se as condições o permitirem.

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