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Tem menos de um mês para comprar os livros da Cotovia

Tem até ao último dia de Maio para comprar livros directamente à Cotovia, editora fundada em 1988 que agora encerra e se destacou pela publicação de obras na área do ensaio, ficção, poesia e teatro.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Todos os leitores podem contactar a Cotovia até 31 de Maio, através de e-mail, para fazerem as suas encomendas de livros, que a partir de agora vão começar a escassear. Em 2020, a editora anunciou o encerramento da loja no Chiado, onde estava há 30 anos, e esta quinta-feira, 6 de Maio, o encerramento definitivo da Cotovia no final do mês. "Os livros da Cotovia são, quase todos (a grande, grande maioria), dignos de posteridade. Desbaratá-los estava, esteve e está fora de questão", diz Fernanda Mira Barros, na página de Facebook da Cotovia, a mulher que relançou a editora em 2016, após o falecimento do anterior director André Jorge.

Não desbaratar o acervo também passou por vender a colecção de poesia à Livraria Poesia Incompleta, em Lisboa, e alguns “títulos maravilhosos” relacionados com o Oriente à Companhia Portugueza do Chá, com loja na Rua Poço dos Negros. Pode ainda procurar exemplares em alguns pequenos livreiros, mas, alerta Fernanda Mira Barros, só acredite que o livro esgotou se obtiver a informação da própria fonte. “A maioria das livrarias devolveu os livros que tinha, inclusivamente os que são adoptados nas escolas e universidades. Temos muitos, muitos títulos fabulosos e necessários nos nossos armazéns”, acrescenta.

A história da Cotovia encerra assim o último capítulo, mas os livros ficam para quem os quiser levar. Consulte o espólio no site oficial e faça a sua encomenda via e-mail, ou visite uma das lojas onde ainda há títulos com a chancela Cotovia à venda. “Foram muitos anos de dedicação, aprendendo sempre, querendo fazer melhor, proporcionar aos leitores o melhor. Podia escrever páginas e páginas descrevendo como eram feitos os nossos livros, o que nos custaram. Os livros da Cotovia valem mais do que custam. E nós gostamos dessa embirração com o mercado, embora ela nos tenha matado. Ela, ou a iliteracia de um país”, lê-se na publicação.

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