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Tem-plate: uma montra da moda de luxo em Marvila

Escrito por
Francisca Dias Real
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Marvila guarda cervejeiras, armazéns, galerias e coworks, mas é recente a nova pérola do bairro: a loja de luxo Tem-plate, uma montra de marcas que chegam pela primeira vez ao mercado português.

O aspecto de galeria futurista lança o repto para o projecto criado por Robby Vekemans e Rune Park, que trouxeram para o lado oriental da cidade a moda de passerelle. Ambos ligados à indústria da moda – Robby como directores de moda da multi-marcas SN3 na Bélgica e Rune com a mesma função na Henrik Vibskov mas na Dinamarca –, trocaram ideias pela primeira vez em Londres num evento da Farfetch, fundada pelo português José Neves. “O nascimento da Tem-plate aconteceu por acaso. Estava a falar com o Robby sobre o futuro da moda e de algumas ideias que tinha e percebemos que pensávamos da mesma maneira e queríamos a mesma coisa”, refere Rune.

Rune Park (esquerda) e Robby Vekemans (direita)
Fotografia: Manuel Manso

Depois desse encontro, começaram a cozinhar o projecto e a criar um plano de negócio – visitaram cidades como Berlim ou Roma como possibilidades para instalar a primeira Tem-plate. Lisboa veio depois. “Já tinha vindo cá como turista, mas depois viemos numa onda de perceber o que é que Lisboa tinha para dar e percebemos que é uma cidade com ligações a outros mercados, há muito investimento por cá”, explica Robby. “Começou a fazer cada vez mais sentido abrir a Tem-plate cá. E aí começámos a procurar um sítio fora do radar habitual.”

Caminharam para fora do caminho óbvio da moda de luxo, como quem diz, quase fugiram da Avenida da Liberdade para se refugiarem em Marvila. “Não sabíamos que Marvila ia crescer desta maneira quando viemos cá pela primeira vez, portanto está a ser bom para nós acompanhar esta evolução”, diz Robby. “Marvila era o sítio perfeito para montar o conceito que temos aqui. Queríamos um espaço muito amplo, clean, minimalista, e nada melhor que um armazém como este.”

O chão é em betão, as paredes brancas, o mobiliário recto e os charriots que surgem do tecto ditam a estética minimal e quase industrial do espaço, que se divide por marcas.

Fotografia: Manuel Manso

Para quem está de antenas no ar em relação ao mundo da moda, saberá identificar marcas como Acne, Jacquemus, Thom Browne ou JW Anderson, que passaram do universo online para os charriots da Tem-plate. “Somos muito digitais, mas acho que é completamente diferente teres um espaço onde podes ver ao vivo e tocar e sentir o tecido. É uma experiência fundamental para quem gosta de moda”, diz Robby. Loewe, Versace, Burberry, Calvin Klein, Paco Rabanne, Comme des Garçons, Maison Margiela ou Moschino são outras grandes casas de luxo que pode encontrar em Marvila. “Sabíamos que 80% das marcas do nosso portfólio não estavam representadas sequer no país, portanto isso foi mais uma razão para trazer uma coisa completamente diferente para o mercado lisboeta”, refere Robby.

“Queremos peças statement, tentamos comprar colaborações e edições limitadas – porque as pessoas procuram muito isso, o exclusivo, a sensação de ter uma coisa que muito pouca gente tem”, explica Rune.

Têm ainda um espaço dedicado a novas marcas que acolhem na loja, “uma espécie de instalação que dá espaço e voz a determinado designer ou marca”, acrescenta Rune.

Rua Projectada à Matinha, F. Seg-Sáb 10.00-18.00.

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