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Vamos salvar o Convento de Santa Teresa

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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Há uma pérola escondida de Lisboa a precisar de restauro. Saiba como pode ajudar.

As doações Notre Dame já beliscam os mil milhões de euros, por isso está na hora de nos focarmos noutro monumento. Um que está aqui dentro das fronteiras que delimitam Lisboa, por exemplo. Na Rua do Norte de Carnide há um convento do século XVII que anda a tentar angariar fundos, mas na falta de fama, a solução fica mais longe de ver a luz do dia. O alerta chegou-nos através de Cristina Toucinho, nascida em Carnide e voluntária na paróquia. Entre o seu trabalho como financeira e o seu hobby de trabalhos manuais, o Atelier Kristy, vai arranjando tempo para desenhar e divulgar eventos que têm como finalidade o restauro dos espaços exteriores deste convento classificado como Monumento de Interesse Público e entregue à Paróquia de São Lourenço de Carnide há dois anos. Lá dentro funciona um lar da terceira idade e jardim de infância.

convento de santa teresa

Fotografia: Manuel Manso

Foi em Dezembro que uma equipa de voluntários começou a pensar numa forma de arranjar financiamento para restaurar alguns espaços do convento, primeiro com uma feira de doces e artesanato, depois com um workshop de bonecas russas, uma feira da Primavera e jantares temáticos, como no Dia dos Namorados. Mas é preciso mais. A divulgação é feita com cartazes no comércio local, na página de Facebook da própria página do Atelier Kristy (www.facebook. com/atelier.kristy) e já têm mais ideias na manga. A 25 de Maio pode-se juntar a uma visita ao convento, num circuito cheio de pessoas vestidas à época com direito a jantar conventual; e a 1 de Junho haverá Noite de Fados com fadistas da freguesia. 

Fotografia: Manuel Manso

E o espaço, enorme, não é de manutenção fácil. O convento foi construído nos terrenos de uma quinta que ainda hoje existe, mas a precisar de muitos mimos. O mesmo acontece com o polidesportivo de serviço, onde decorrem alguns eventos. De aproveitar é uma visita à igreja do convento, onde se destacam os altares em talha dourada, painéis de azulejos figurativos dos séculos XVII e XVIII, telas de Bento Coelho da Silveira, Inácio de Oliveira Bernardes e José da Costa Negreiros e o túmulo da Infanta D. Maria, filha de D. João IV, que aqui vestiu o hábito das carmelitas. Tudo isto para apreciar aos domingos de manhã, quando as portas da igreja estão abertas.

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