A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
PLEASE
DR

noMenu, o mais antigo serviço de entregas no país, reinventa-se e muda de nome

Um dos serviços mais antigos de entrega de comida em casa em cidades como Lisboa e Porto sofreu uma transformação radical.

Cláudia Lima Carvalho
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
Publicidade

Quando ainda nem se ouvia falar de Uber Eats, Glovo ou outra qualquer gigante de distribuição de comida, já a noMenu nos levava a casa os pratos de alguns dos melhores restaurantes da cidade. Não havia aplicações para acompanhar a entrega, nem contacto directo para falar com o estafeta – era preciso esperar e confiar que chegaria, na dúvida o apoio ao cliente encarregar-se-ia de descobrir o estado do pedido. Passaram muitos anos e hoje o que não faltam são estafetas de mochilões verdes, amarelos ou laranja às costas, de bicicleta, de mota e até de trotinete. O mercado nunca foi tão competitivo, tal como a entrega de comida em casa nunca foi tão procurada como em ano de pandemia. Ao perder terreno, a noMenu reinventou-se: chama-se agora Please, tem uma imagem mais vistosa e contemporânea, um novo site e uma nova aplicação, todos mais intuitivos – até as mochilas dos estafetas ganharam uma nova vida e é quase impossível desviar o olhar do rosa clarinho de que são feitas. 

“É um reposicionamento da marca”, começa por dizer à Time Out Lorenzo Herrero, que fundou a noMenu há 23 anos com Jorge Ferreira. “Fomos evoluindo com o tempo. Começámos como uma empresa de serviços, em que funcionávamos basicamente como call center, e depois com a evolução das tecnologias fomos começando também a receber encomendas no nosso site, criado em 2005”, explica Herrero. 

Em 2013, foi preciso criar um novo site, até que o universo das aplicações explodiu. “A noMenu foi pioneira, tinha uma quota importante nesse serviço, apesar de sempre ter tido concorrência de pequenas empresas. Com a entrada de grandes players, grandes plataformas, no final de 2017, o mercado evoluiu muito, e notámos isso”, continua o responsável, revelando que na altura “a noMenu foi a reboque e teve o melhor ano”. Mas a partir daí, a pressão disparou, provocando a necessidade de uma mudança.

“A ideia foi fazer uma mudança mais radical, ou seja, mantendo o ADN da marca, mas inventando outra coisa, algo que chamasse mais a atenção do cliente”, diz Lorenzo Herrero, para quem esta transformação, desenvolvida pela agência BORN, serve também para chegar a um “público mais jovem, mais urbano e sensível às marcas”.  “Tínhamos clientela já feita, mas com a entrada de novos players, o mercado que perdemos foi o dos mais jovens. A nova filosofia da nova marca tem a ver com isso.”

Ao mesmo tempo, o responsável garante que não há um corte com um passado. Não é como se a noMenu tivesse morrido, tendo-se simplesmente transformado em algo melhor para todos, garante. “A nossa ideia nunca foi ser uma plataforma onde a quantidade é o mais importante. O nosso drive foi sempre procurar, em cada um dos segmentos, os melhores restaurantes”, explica Herrero, para quem a empresa se distingue também pelo acompanhamento personalizado da encomenda, “desde o começo ao final”. 

Para saber os restaurantes disponíveis na sua zona, basta introduzir o código-postal no site ou na aplicação. Em cada um, tem o tempo estimado de espera – na página de download da aplicação, a empresa garante que “a taxa de entrega é de 100%, sem falhas”. 

Uma das grandes vantagens do serviço, na verdade, é estar disponível também fora das grandes cidades – sempre foi assim –, bem como o pagamento poder ser feito no acto da entrega. 

Apesar de o fundador dizer que o foco não é a quantidade de restaurantes, mas a qualidade, a Please conta já com mais de 1200 restaurantes que abrangem mais de 18 regiões do país. Alguns, estão quase desde o início de tudo. “Temos parceiros que são fiéis, com quem mantemos uma relação muito próxima, como o Solar dos Presuntos ou o Solar dos Nunes. Isso demonstra a seriedade da empresa e do projecto”, afirma. Mas nem só de restaurantes apontados à classe média/alta se faz o cardápio da Please. Há cadeias de hambúrgueres, sushi ou pizza, para que quem aqui chega possa encontrar uma amostra de tudo. 

Para balanços ainda é cedo, mas Lorenzo fala já num aumento de encomendas. “Está a correr bem, muitos clientes têm gostado da nova marca e vamos continuar a fazer muito barulho”, diz, prometendo “promoções e campanhas, novos players e conteúdos interessantes para todo este mundo da gastronomia”. “Esperamos continuar a ter a confiança do mercado.”

Os mais antigos no serviço em Lisboa

  • Restaurantes
  • Português
  • Alcântara
  • preço 2 de 4

Um restaurante que deve a tradição ao Alentejo, e onde nada substitui uma visita ao espaço. Ainda assim pode fazer como se ali estivesse, iniciando-se com um queijo de Serpa (6,90€) ou uma salada de porco preto (4,95€), para depois se atirar a um cabritinho do monte frito com açorda d'alho (23,10€) ou a um bacalhau tia Narcisa com batata frita (20,90€). Para sobremesa pode pedir arroz doce, mousse de chocolate ou leite-creme (5,50€). 

  • Restaurantes
  • Churrasco
  • Campolide

Um clássico lisboeta que sobrevive ao tempo, ou não somasse já mais de um século de vida. Quando o assunto é frango assado, não há top onde a especialidade daqui não entre. Para casa, pode pedir uma dose de frango com guarnição (21,60€) ou meia dose (10,80€), mas o que não faltam são várias especialidades no carvão, como o piano grelhado (15€). Há sempre pratos do dia, que tanto podem ser uns carapaus fritos com arroz de feijão (15€) como uma dobrada à moda do Porto (12€).

Publicidade
  • Restaurantes
  • Italiano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A história do La Trattoria em Lisboa já é antiga, sendo conhecido como um dos primeiros restaurantes italianos da cidade. O menu conta com massas frescas e uma selecção de carnes bem recheada, mas as estrelas são as pizzas, como a Diavola (14€), que já deu capa da Time Out Lisboa. Se preferir uma pasta, experimente o linguini nero ai gamberi (15,50€), um bestseller na Please. No final, delicie-se com um tiramisù ou uma panna cotta al basílico (4,50€). 

Os mais antigos no serviço no Porto

  • Restaurantes
  • Japonês
  • Clérigos
  • preço 2 de 4

O restaurante de comida japonesa com fama e proveito em Aveiro, e que abriu no Porto há um par de anos num bonito edifício de três andares com vista para o Jardim da Cordoaria, é um parceiro de longa data na Please, disponível nas duas cidades. O sushi de fusão é o grande destaque da carta e tanto pode pedir menus compostos (19,95€ a partir das 16 peças), como escolher o que realmente gosta: sashimi fusion (10,15€), uramaki vegetariano (4,65€), niguiri de peixe da época (4,70€), combinado fusion de gunkan (17,75€) ou peças quentes como philadelphia crispy roll (6,95€). A lista é longa e tem tudo o que se pode esperar de um restaurante de sushi de fusão. 

  • Restaurantes
  • Italiano
  • Porto
  • preço 2 de 4

A Casad’oro, de Maria Paola Purru, é uma instituição na cidade. A localização, em plena marginal e com vista para a Ponte da Arrábida, ajuda, mas a qualidade de tudo o que lá se serve é o factor preponderante. Na carta há pizzas de massa fina que pode pedir às metades, pastas, lasanhas e outros pratos italianos feitos com muita mestria e sem invenções. E isso não muda, mesmo em casa. Aproveite a época e peça a pizza prosciuto e figos (14€) ou a fresca Casad’oro com mozarela de búfala, tomate cereja e rúcula (13€). Também há lasagna di carne (12,50€) ou ossobuco alla milanese, com risoto de açafrão (16€). 

Publicidade
  • Restaurantes
  • Indiano
  • Foz

A cozinha indiana pode bem ser uma comida de conforto, ainda mais quando partilhada em casa. Na carta do Real Indiana, que abriu em 2014 na Foz, tem tudo o que se possa esperar de um restaurante indiano: pães naan (a partir de 3,60€), chamuças de vegetais (4,80€) ou de frango (5,50), chicken tikka masala (16,80€), ou várias especialidades tandoor, como um tandoori mixed grill para duas pessoas (22,80€). 

As últimas novidades

  • Restaurantes

Depois de uma pausa no crescimento, culpa de quem nós sabemos e não deve ser aqui nomeado, a restauração volta a florescer na capital. E é mesmo caso para dizer: venham eles. Queremos toda a comida do mundo, chefs a abrir restaurantes de fine dining ou conceitos mais democráticos com caldinhos, snacks, japoneses a ensinarem-nos que esta gastronomia não é só peixe cru e sushi ou boa comida portuguesa.

  • Restaurantes

Restaurante onde dá para ir ao banho é, muitas vezes, sinónimo de banhada, porque quem serve com boas vistas acha por vezes que o resto é paisagem, toma o cliente por garantido e pouco cuida do que serve e da qualidade do serviço. Partimos então da Ericeira a Sintra, de Cascais a Carcavelos e da Costa da Caparica à Comporta, para chegar a este roteiro de restaurantes, bares e esplanadas de praia.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade