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Festival Periferias: teatro do mundo em Sintra

Daqui até domingo, dia 12, há muito para ver – para não falar das outras actividades – do teatro convocado para Sintra pelo Periferias – Festival Internacional de Artes Performativas

Escrito por
Rui Monteiro
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É sempre em Sintra, na Casa do Teatro, e já vai na oitava volta. A companhia Chão de Oliva abre o seu estaminé para mostrar teatro de outras latitudes, mas também para organizar exposições, feiras do livro, workshops variados e ainda animar os passageiros dos comboios. A uma por dia, quatro peças do Festival Periferias que podem ser uma alegria. 

Festival Periferias: teatro do mundo em Sintra

El ultimo café

El ultimo café

O Teatro d’Dos vem de Cuba com uma peça em que um homem, um solitário, prepara o seu café enquanto espera alguém que não chegará, por muito café que ele faça e beba. Na ausência, agarra-se ao seu amor à música, e é através dela, ou melhor, entre as canções do cancioneiro popular cubano que ouve, que são dados a conhecer o seu isolamento e os seus estados de alma. Até que incomodado com uns latidos abre a porta e… pela frente tem um cão imaginário. O que permite um intenso debate sobre a realidade, a que o cão não dará resposta.

Quinta, 9, 21.00

Eu, Lélia
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Eu, Lélia

Do Brasil, e inspirada pela autobiografia Vida e Arte – Memórias de Lélia Abramo, chega o espectáculo Eu, Lélia, monólogo que percorre a vida e a carreira daquela actriz brasileira, filha de imigrantes italianos, falecida em 2004. Assim, a companhia Teatro da Cidade, monta uma peça que nasce na II Guerra Mundial, passa pela militância política durante a ditadura de Getúlio Vargas, e ainda aborda algumas das personagens interpretadas pela actriz, como, por exemplo, o Pozzo de À Espera de Godot, de Samuel Beckett.

Sexta, 10, 21.00

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Paradigma
©Susana Paiva

Paradigma

Altura para uma excepção, ou variação na programação, para apresentar esta coreografia em que a Companhia de Ballet do Norte cria um “folklore DIY para corpos com identidades esbatidas, através de artefactos, narrativas, danças, rituais e músicas.” Paradigma é, por isso, “uma dança de um exotismo de lado nenhum. Um reclamar ritualista de diferença e cidadania. Uma paisagem criada de um cadavre esquis de referências paradoxais vindas de lugares ficcionais.” Enfim, “uma cerimónia vinda de um tempo antes da divisão entre arquitecto e construtor onde se produzem símbolos abstractos com materiais complexos e uma engenharia caseira.”

Sábado, 11, 21.00

Balur di Mindjer
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Balur di Mindjer

A peça que o Grupo de Teatro do Oprimido, da Guiné-Bissau, traz ao festival dedica-se às aspirações pessoais e profissionais de uma mulher que quer contribuir “mais para o desenvolvimento do seu país e o bem-estar familiar.” Vai daí faz um curso de secretariado, arranja um emprego e, paradoxalmente, cria a dissensão familiar pela mais machista razão do mundo: o marido só quer a sua mulher ocupada com as chamadas actividades domésticas.

Domingo, 12, 21.00

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