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  1. Tim Burton - exposiçao museu das marionetas
    Inês Félix
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  10. A Noiva Cadáver - Tim Burton - exposiçao museu das marionetas
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Conheça os cadáveres dos filmes de Tim Burton no Museu da Marioneta

Descobrimos no Museu da Marioneta que afinal há vida no mundo da animação

Escrito por
Francisca Dias Real
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A Grande Aventura de Pee-wee, Ed Wood, Eduardo Mãos de Tesoura ou Charlie e a Fábrica de Chocolate soltam-nos imediatamente o nome de Tim Burton da língua. Mas o seu trabalho vai além dos actores de carne e osso. Quando o assunto é cinema de animação, são as marionetas as protagonistas escolhidas pelo realizador. Numa exposição única em Portugal, a Monstra – Festival de Animação de Lisboa presta homenagem a essa bonecada que ganhou vida no grande ecrã, levando duas dezenas delas ao Museu da Marioneta, que já reabriu e volta a abrir as portas desta mostra

Não foi preciso respiração boca a boca nem manobras de reanimação para trazer de volta ao mundo estas marionetas, que conhecemos de filmes como Marte Ataca! (1996), A Noiva Cadáver (2005) e Frankenweenie (2012). Bastou que fossem cuidadosamente transportadas do Reino Unido para o Convento das Bernardas, um desejo que Fernando Galrito, director artístico da Monstra, cultivava há muito. “A animação é real, por mais que as pessoas possam considerá-la do espectro da imaginação”, explica. “Estes objectos são autênticos actores, com capacidades de representação reais, são capacitados através das mãos do estúdio Mackinnon & Saunders”. 

Os estúdios britânicos de Ian Mackinnon e Peter Saunders são conhecidos pelas suas habilidosas capacidades digitais em desenvolver e produzir anúncios, filmes e programas de televisão animados, como O Fantástico Senhor Raposo ou Bob, o Construtor. Mais do que isso, são especializados na concepção de marionetas que de inanimadas têm pouco. A primeira colaboração com Burton aconteceu com Marte Ataca!. A partir daí foram nascendo personagens como Victoria ou Emily, de A Noiva Cadáver.

Diferente da exposição itinerante “O Mundo de Tim Burton”, que já deu a volta ao mundo, “Tim Burton – As Marionetas de Animação” faz, em ponto pequeno, uma homenagem ao realizador e aos seus filmes de animação. Para Lisboa vieram desenhos e esboços das construções imaginárias do cineasta norte-americano, 22 marionetas e um corvo. “Os esboços do próprio Tim Burton são uma obra-prima: dos vestidos, de como cada personagem os usa e como é que as personagens evoluem –  desde a nudez simples à personagem complexa que transparece emoção”, explica. 

A memorabilia divide-se em dois núcleos expositivos: um é semelhante a qualquer outra exposição de museu, o segundo acolhe dois espaços cénicos replicados dos filmes. “Tentámos fazer tal e qual como se as marionetas estivessem prontas a ser filmadas, é didático. Perceber como é que aquilo foi filmado.” 

A cabeça de Victoria Everglot vai estar a prémio, como quem diz que vai estar bem próxima do olhar atento dos visitantes, detalhe a detalhe – “uma autêntica obra de relojoaria”, tal como a delicadeza do manto de Emily. O corvo será uma peça central, que veio atrelado com todas as suas pernas que foram necessárias para pôr o stop motion a funcionar no filme.

A destreza de Tim Burton em cruzar o universo gótico com o imaginário infantil é a razão pela qual “esta é uma exposição para ser vista por toda a gente, adultos e crianças”, refere Fernando Galrito. “Os filmes são de culto e chegam a várias gerações. É incrível a forma como com tão pouco conseguimos ser transportados para os bastidores destes filmes e desconstruir todo o trabalho por detrás de uma marioneta destas.”

Mais do que ver de perto as personagens que animaram filmes épicos como A Noiva Cadáver, é perceber as emoções que um objecto inanimado consegue transmitir. “A Mackinnon & Saunders consegue que as marionetas carreguem um lado humano. A valorização que se dá à existência das coisas é espectacular, porque estas marionetas conseguem transmitir sentimentos e mexer com quem está a vê-las e é aí que se percebe que quem as faz também põe muito coração no processo”, diz Fernando. “As pessoas têm que amar as coisas para as fazer bem.”

Convento das Bernardas. Rua da Esperança, 146. Ter-Dom 11.00-17.00. 

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