A Hemeroteca virou a página há dois anos quando levantou a poeira dos jornais e se mudou para as Laranjeiras. Também foram dois os anos que viveu sem morada, após 40 anos no Palácio dos Condes de Tomar, no Bairro Alto, local que deixou de ter condições para acolher o arquivo da imprensa nacional. E mesmo esta nova casa das Laranjeiras tem índole temporária. Mesmo com este espírito nómada, a Hemeroteca de Lisboa dá-lhe acesso a mais de 500 mil volumes de jornais e revistas, à espera de ser consultados por investigadores, jornalistas, instituições ou curiosos. Há rede wifi disponível e computadores com acesso total e gratuito à internet, e apesar da grande maioria do acervo estar num depósito nos Olivais, aqui há um conjunto de títulos para consulta imediata, como O Século Ilustrado, a revista Ler, a Vértice, a Eva, a Seara Nova, a Sábado e a Visão, o Diário Popular, o Correio da Manhã, o Público e a revista Time Out Lisboa. Tudo o resto terá de ser requisitado, presencial ou remotamente (telefone ou email), com um tempo médio de espera de 72 horas. Se esperar não for o seu forte, há alguns títulos digitalizados no site oficial.
No século XXI somos albarroados por informação, ao ponto dos nossos filtros começarem a ficar entupidos. Mas esta quinta-feira é dia de parar, reflectir e mergulhar no incrível mundo das notícias.