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pastelaria suica 2018
DRA Pastelaria Suíça em 2018

In Memoriam: dez espaços emblemáticos que fecharam na última década

Foi uma década cheia de novidades, mas igualmente fértil em desaparecimentos.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Se é verdade que, em certas zonas, a cidade renasceu, não restam muitas dúvidas de que grande parte da sua identidade foi sacrificada para dar lugar à capital-europeia-igual-a-tantas-outras que agora conhecemos. A facilidade com que muitos proprietários, investidores e especuladores acabaram com negócios históricos, populares e muito acarinhados é uma das coisas que mais lamentamos na década que agora termina.

Recomendado: Lisboa perdida: o roteiro de uma cidade que já só existe em imagens

Adega dos Lombinhos (1917-2013)
©Ana Luzia

Adega dos Lombinhos (1917-2013)

Era um dos restaurantes mais lisboetas de Lisboa. Servia lombinhos de porco com batatas fritas, tinha um arroz doce lendário e uma clientela fiel. Fechou em 2013, assim como todas as lojas daquele quarteirão. O edifício está agora ao abandono.

Estádio (1921–2016)
©Ana Luzia

Estádio (1921–2016)

Antiga leitaria e um dos mais icónicos cafés de Lisboa, o Estádio como o conhecíamos acabou em 2016, quando uma nova gerência tentou modernizar o imodernizável. O “novo projecto” não se aguentou nem um ano.

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Pastelaria Suíça (1922–2018)
©Joana Freitas

Pastelaria Suíça (1922–2018)

A Suíça já era só uma referência para os pombos do Rossio e outras aves mais raras. Foi um ícone da cidade que sumiu muito depois de terminados os seus tempos de glória.

Casa Pereira (1930-2019)
©Manuel Manso

Casa Pereira (1930-2019)

Uma das mais antigas mercearias finas de Lisboa fecha no final deste ano. Sai das mãos da família Lemos, mas tudo indica que o novo dono vai manter-se no mesmo ramo. A ver vamos.

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Amigos do Minho (1950–2017)
©Inês Calado Rosa

Amigos do Minho (1950–2017)

A colectividade regionalista, que também era um dos melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa, deixou a sua sede na Rua do Benformoso no final de 2017, depois de meses de boatos sobre o seu futuro.

Livraria Aillaud & Lellos (1931–2018)

Em 2018 acrescentou-se mais um nome à lista de livrarias extintas da baixa de Lisboa. A Aillaud & Lellos partilha o mausoléu com a Portugália (2012), a Barateira (2012) e a Livraria do Diário de Notícias (2013).

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Rei das Meias (1929-2017)
Fotografia: Arlindo Camacho

Rei das Meias (1929-2017)

Sua alteza o Rei das Meias (do Largo Rafael Bordalo Pinheiro) renunciou ao trono deixando a cidade nas mãos de outros monarcas, como o Rei das Fardas ou a Rainha do Cromo Avulso. O seu reinado durou 88 anos, um período em que fez o seu melhor para “tornar bonitas as pernas feias”, de acordo com o slogan. A loja, que teve como clientes Amália Rodrigues ou Beatriz Costa, fechou em Abril de 2017 para que o dono pudesse finalmente gozar a reforma. Esperamos que tenha um bom stock de meias de descanso.

Livraria Tema (1980-2019)
Fotografia: Inês Félix

Livraria Tema (1980-2019)

As revistas mais difíceis de encontrar, as capas mais bem desenhadas, os livros de super-heróis americanos, os jornais e revistas de todos os dias conviviam há anos na Sunrise Press, uma das livrarias mais completas da cidade. Mas a loja, em tempos e ainda hoje conhecida por Tema, fechou portas no final do mês de Fevereiro de 2019.

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Casa das Águas (1907–2017)

Esta pequena loja-museu na Rua do Ouro, repositório de antiguidades e curiosidades, fechou de mansinho num final de tarde de 2017 para nunca mais abrir. No seu lugar foram aparecendo lojas de souvenirs.

Palmeira (1954–2015)

No último dia do Palmeira, a 23 de Dezembro de 2015, não havia copos lavados para atender às centenas de pessoas que se foram despedir de um dos mais míticos restaurantes da Baixa. Aos 61 anos fechou um lugar que parecia resistir a tudo: durante o incêndio do Chiado, o prédio da Rua do Crucifixo ardeu todo, mas a cervejaria resistiu incólume.

Ainda de portas abertas

  • Compras

São espaços centenários, com histórias para contar e muitos tesouros para descobrir. Conhecer a cidade é também conhecer as lojas históricas em Lisboa. Cada uma é como uma gaveta de memórias da cidade que somos. Mas são históricas também porque resistem. Corremos a cidade e atravessámos séculos de porta em porta para lhe trazer um roteiro de grandes lojas que continuam a servir bem e à antiga, hoje, numa rua perto de si. Uma viagem que aqui começa em 1741 com a Fábrica Sant’Anna (1741) e termina no acolhedor Armazém das Malhas, um negócio nascido em 1962.

  • Compras
  • Alimentos especializados

Quando terminar de ler as nossas sugestões a balança pode acusar uns quilos extra. Passamos a explicar: é que as misturas de chá e café não seriam as mesmas sem a companhia de bolachas, rebuçados, amêndoas, frutas caramelizadas, doces regionais e outros deliciosos demónios para a linha. Esqueça as preocupações, porque estas casas merecem mesmo uma visita. Grão a grão, ervinha a ervinha, gulodice a gulodice. Siga o nosso roteiro de casas de chá e café à antiga, entre sugestões históricas e espaços mais recentes que dão vida à tradição.  Recomendado: As melhores lojas tradicionais em Lisboa

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