Tia Alice (Fotografia: Arlindo Camacho)
Fotografia: Arlindo Camacho

Alfama: Tia Alice

Em Alfama, a Tia Alice é mais conhecida do que a Madonna. E no mês de Junho não é díficil encontrá-la – tem sempre uma banca no Largo de São Miguel. É ela que organiza os arraiais neste largo e todos os anos dá graças por Junho, o mês em que Alfama mais se assemelha ao bairro que conheceu em criança.

Santos da casa: guie-se por Lisboa com estes nove bairristas

São a alma do seu bairro — e da nossa revista, que esta semana lhe conta tudo sobre um mês inteiro de Santos Populares. Prepare-se para as Festas de Lisboa com estas figuras bem castiças

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Em Junho, mês de Santos Populares, em cada esquina há um bailarico. E um amigo. Os bairristas à séria saem à rua e apregoam aos sete ventos porque é que o seu bairro é o mais lindo da cidade.

Nós também saímos à rua e descobrimos a Tia Alice, que organiza o arraial de São Miguel em Alfama; o Jaime e a Laura, que fizeram o primeiro arraial da Graça; a Ana Maurício, fadista e sobrinha de Fernando Maurício, da Mouraria; a Rosa Cândido, do Marítimo Lisboa Clube da Bica; o Ricardo Dória, chefe dos aguadeiros da marcha de Campolide; o Marco Silva, que preside à Sociedade Musical 3 d'Agosto em Marvila; a Cristina Valentim, que coordena a Marcha do Alto do Pina; e o Mário Guerra, ensaiador da Marcha dos Avós de Carnide. Conheça-os aqui e guie-se por eles.

Lisboa em festa

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Nem só de bailaricos se fazem as Festas de Lisboa. A programação da EGEAC dura um mês inteiro e além dos arraiais e marchas populares Avenida fora, há uma série de iniciativas a dinamizar toda a cidade. Há música, arte, cinema ou teatro. O programa foi apresentado esta terça-feira, no cine-teatro Capitólio. No ano em que Lisboa é capital ibero-americana da cultura, a organização quer que as Festas sejam uma viagem pela Europa, África e América. Atlântico, mar de encontros é o tema transversal às “festinhas em família”, marchas, arraiais, colóquios ou exposições.  Ao contrário dos anos anteriores, não há um grande espectáculo de abertura. Os momentos musicais começam a 3 de Junho, às 22.00, na Praça do Comércio, com a Orquestra da Gulbenkian e o espanhol Pablo Sáinz Villegas na guitarra, Rui Pinheiro como maestro e Eduarda Melo como soprano. A 9 de Junho é a vez de Miguel Araújo e o seu novo álbum, "Giesta", nos Armazéns do Chiado, às 19.00. O Lumiar tem direito a dois fins-de-semana de música: a 16 e 17 tocam Bonsoir Paris e Mila Ferreira (Quinta das Conchas, 21.00), e Linda Martini (saída do metro de Telheiras, 21.30); no fim-de-semana seguinte há fado (Palacete das Conchas, 19.00) e um concerto de Verão dos CoroArt (Auditório da biblioteca municipal Orlando Ribeiro, 21.00) ou Cristina Branco (Museu Nacional do Traje, 21.00). Oficialmente, as festas começam no primeiro dia do mês de Junho com uma data de iniciativas para pais e filhos (ou não fosse, também, o Dia Mundial

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É um dos primeiros projectos a serem financiados pela plataforma de crowdfunding da Câmara Municipal de Lisboa. E estaciona amanhã no Largo de Santo António da Sé Chama-se Triciclo de Santo António, uma estrutura móvel 2em1. Por um lado, é uma obra de arte, uma escultura desenvolvida pela artista plástica Carla Rebelo. Por outro, é uma loja que irá vender artigos relacionados com a história e o culto do Santo António no local mais apropriado possível: o Largo de Santo António da Sé. É aí que será inaugurada a nova atracção de Lisboa já este sábado a partir das 11.00 com Tábuas de Santo António, biscoitos confecionados a partir de uma receita centenária e ingredientes oriundos das regiões que o santo percorreu, entre Portugal, Marrocos e Itália. E é esta a primeira materialização do projecto My Santo António criado por Carla Queiroz Lopes e por Olivier Pourbaix, ambos arquitectos e moradores no largo que viu o santo nascer (ou assim se conta). A eles juntou-se o publicitário Jayme Kopke e o resultado está à vista. Na plataforma Boa Boa (mais recentemente convertida na LisBOAideia), o projecto lançado em 2016 foi um sucesso. De tal forma que permitiu alterar a ideia inicial que previa aquisição de um triciclo Piaggio para um transporte bem mais original, vindo da Dinamarca e mais ecológico, encimado por uma escultura que faz não só referência aos locais por onde o Santo António passou em vida, como aos ramos da nogueira onde, nas últimas semanas de vida, o franciscano se dei

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