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Seis obras para ver no Muro

O Muro – Festival de Arte Urbana decorre de quinta a domingo, em Marvila. E ainda que muita coisa esteja por terminar (o festival também é "work in progress") damos-lhe seis obras praticamente finalizadas. O resto é descobrir nos próximos dias

Escrito por
Miguel Branco
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À segunda edição do Muro, a ordem é para descobrir Marvila. A renovada paisagem desta zona oriental de Lisboa convida à utilização de sapatos confortáveis, que isto faz-se bem é de cabeça no ar e olhos nas empenas dos prédios que foram ou estão a ser alvo de intervenção pelos artistas presentes. Em baixo encontra seis, do México à Argentina.

Seis obras para ver no Muro

Cix Mugre

O writter mexicano Cix, que pertence à Mugre Crew, tem como estética principal as personagens cartoonizadas, feitas sempre em cores vivas e fluorescentes, referências directas à cultura mexicana pré-hispânica. Para o Muro traz a “Mi Madre”, onde representa a figura da mãe enquanto símbolo da ancestralidade mexicana. A figura é a deusa Cuatlicue, mãe dos deuses.

 

Godmess

Godmess é um artista do Porto com formação em várias áreas, passando pela ilustração, design gráfico, instalações, arte urbana. Atira-se a “Família”, título da sua obra, que através de uma mancha de cor sólida e de uma valente carga cromática, retrata nesta empena de Marvila. Vemos uma família em movimento, rostos de uma família que pretende apagar fronteiras. 

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Hazel

Mais um homem das artes natural do Porto. Hazul começou por fazer graffiti em 1997, até se deixar encantar pelos temas das antigas civilizações e, mais recente, por correntes artísticas como o modernismo, o cubismo e o surrealismo. Hazul da cor, pois claro, sempre presente nas suas obras, que adopta também em homenagem à sua cidade. “Lugar”, obra que traz ao Muro, tenta harmonizar alguns contrastes, entre o curvo e o recto, o masculino e o feminino, o real e o simbólico. 

Kruella D’Enfer

A portuguesa Kruella D’Enfer é das mais interessantes artistas visuais do país. Seja em pequena ou grande escala a sua linguagem pauta-se por um mistério eterno. Ora estamos perante raposas mágicas ou veados xamanistas. Esta “Oferenda” apela ao tema da cultura ibero-americana sobre o qual incidiu a edição 2017 do Muro. É um ramo de flores que podia ser feito em vários países destas latitudes. Sobre um fundo negro, pois claro.

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LS

LS é um artista local, que o Muro quis ter consigo. “O respeito entre Povos” é o nome de uma obra com quase todas as cores do mundo e um rosto feminino, que pretende chamar a atenção para a discriminação religiosa e racial, que é como quem diz que o mundo é de todos e todos somos o mundo. 

Medianeras

Vanesa Galdeano e Anali Chanquia são duas artistas de rua argentinas, da cidade de Rosario, que estão em Portugal enquanto vencedoras do Open Call promovido pela GAU para trazer gente a este Muro. Apostamos que a sua obra vai provocar paragem prolongada a um grande número de visitantes. “Multicultural” é uma figura com as cores exóticas das culturas ibero-americanas, e um sem fim de padrões sobrepostos. Para outros pode apenas ser uma figura de t-shirt e camisa. 

À volta do Muro

  • Arte
  • Arte urbana

As paredes andam cheias de rabiscos que nada devem à criatividade. Mas nos últimos anos a cidade tornou-se uma das capitais mundiais da arte urbana. Com a consciência que muito (mesmo muito) fica de fora, escolhemos 10 obras que merecem a sua atenção.

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  • Noite
  • Cafés/bares

Já se sabe que Marvila está na moda, mas por enquanto ainda não se tornou um local de peregrinação nocturna. Tudo a seu tempo. Aos poucos, as capelinhas alcoólicas começam a abrir portas, como este Capitão Leitão (tem este nome por causa da rua), um dos primeiros bares da nova vida (e movida) de Marvila.

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