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Um passeio pelo Jurássico no jardim das cicas do Botânico de Lisboa

Aproveite a entrada livre ao domingo no Jardim Botânico de Lisboa e vá conhecer as plantas que os dinossauros comiam ao pequeno-almoço.

Helena Galvão Soares
Escrito por
Helena Galvão Soares
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A colecção de cicas é um dos ex-líbris do Jardim Botânico de Lisboa e agora, durante o Verão, as espécies exibem as suas inflorescências, de diferentes formas e cores, pelo que um passeio só para as ver é uma excelente ideia para um domingo, em que nem vai ter de pagar entrada (levante o bilhete até às 13.00 e pode usá-lo o dia todo, até às 20.00).

Passe o temperamental portão automático da entrada (dica: o código de barras do bilhete é para cima, depois espere com paciência) e desça a rua principal. Do lado esquerdo estão os magníficos dragoeiros, agora em flor, e o jardim dos cactos. Guarde esta secção para um outro domingo e siga em frente até encontrar do lado direito a alameda das palmeiras (a diversidade de palmeiras, de todos os continentes, vale uma outra visita). Do lado direito desta alameda estende-se o jardim das cicadófitas.

Uma placa explica-lhe o essencial sobre estas plantas primitivas que andam por cá há mais de 150 milhões de anos e hoje estão classificadas como vulneráveis ou em perigo de extinção nas regiões tropicais e subtropicais de onde são nativas. Felizmente dão-se particularmente bem no Jardim Botânico de Lisboa, o que permite manter esta colecção bastante variada.

As cicadófitas são plantas dióicas, o que quer simplesmente dizer que há plantas masculinas e plantas femininas, e são gimnoespérmicas, que é a razão porque, em vez de flores e frutos, têm inflorescências, aquela espécie de pinhas (chamadas cones), umas femininas (com óvulos/ sementes), outras masculinas (com pólen), no topo do tronco.

Cyca revoluta masculina
Helena Galvão SoaresCyca revoluta masculina

A foto acima é de uma Cyca revoluta masculina, uma espécie que apresenta grandes cones (este tem cerca de 40 cm). A Dyoon edule, nativa do México, que também vai poder ver no jardim, tem cones brancos em forma de ovo, com cerca de 15 cm.

A inflorescência da Cyca revoluta feminina tem a forma de uma esfera de grandes dimensões (esta tem cerca de 40 cm de diâmetro) constituída por folhas modificadas que albergam as sementes, aquelas bolinhas verdes na foto em baixo, que hão-de vir a tomar um tom de laranja vivo.

Cyca revoluta feminina
Helena Galvão SoaresCyca revoluta feminina

O ciclo de reprodução das cicas é de três anos, um por cada fase: polinização, fertilização e dispersão de sementes. Pode parecer lento, mas o que são três anos em plantas que vivem séculos e se estima que possam mesmo chegar a atingir os mil anos?

Se já está a pensar na chuva de likes no Instagram com fotografias destas plantas tão bonitas quanto exóticas, deixamos um aviso: as folhas têm pequenos espigões que picam, mas picam mesmo. Por alguma razão há cicadófitas com nomes como Encephalartos horridus ou Encephalartos ferox. Sim, o nome tem a ver com as folhas cheias de picos.

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