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VideoJogos, Entretinimento, Pokemon, Brilliant Diamond e Shining Pearl
©DRBrilliant Diamond e Shining Pearl

Vamos apanhá-los todos (outra vez)

Vinte e cinco anos depois, os Pokémons continuam a fazer sucesso. Escrevemos sobre ‘Brilliant Diamond’ e ‘Shining Pearl’.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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★★★☆☆

A tensão entre passado, presente e futuro sente-se, há mais de uma década, em sucessivos Pokémons. É uma tensão entre impulsos criativos e garantias comerciais, entre aquilo que as pessoas que criam estes objectos têm vontade de fazer, explorar, dizer, e aquilo que muitos jogadores e investidores querem, que é mais do mesmo. Mas é também uma tensão entre diferentes públicos – um mais conservador e nostálgico; outro mais curioso e indiferente ao passado – e as suas vontades. Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl, lançados no mês passado, são as últimas vítimas e resultados dessa tensão.

Tal como os dípticos FireRed/LeafGreen (2004), HeartGold/SoulSilver (2009) e Omega Ruby/Alpha Sapphire (2014), os novos Brilliant Diamond/Shining Pearl são remakes de títulos lançados muitos anos antes – Diamond/Pearl, de 2006, neste caso – que revisitam as áreas e narrativas originais, actualizam mecânicas e gráficos, são transportados para uma nova consola e estão prontos para render mais uns milhões de euros – nenhuma outra franquia multimédia faz tanto dinheiro; desde a edição dos primeiros jogos, há 25 anos, os sucessivos videojogos, cartas, filmes, séries, brinquedos, livros, discos e merchandising renderam à Pokémon Company quase 100 mil milhões.

Ao contrário de remakes anteriores, porém, os recentes Brilliant Diamond e Shining Pearl não estão a ser nem serão universalmente apreciados – o sucesso comercial, esse, está garantido. Enquanto títulos como Omega Ruby ou Alpha Sapphire não destoavam dos jogos contemporâneos da franquia e eram feitos com cuidado artesanal, estas novas edições foram desenvolvidas pelos estúdios ILCA, ao invés da venerável Game Freak, e têm uma estética abonecada e, pior, descuidada. As versões originais, lançadas em 2006, são mais apelativas a todos os níveis.

Não obstante, para quem tem saudades dos velhos jogos da série, Brilliant Diamond e Shining Pearl vão ser uma boa experiência. São portais para o passado. (Demasiado) fáceis, e por isso acessíveis a toda a gente, jogadores ou não, velhos ou novos. A história é a mesma de sempre: um rapaz (ou rapariga) recebe um monstrinho e parte numa viagem iniciática pela ilha onde cresceu, enfrentando-se em combates por turnos com um amigo, mas também contra outros treinadores, líderes de ginásios e até uma organização criminosa, antes de ser coroado o melhor treinador de Pokémons da região. Há uma ou outra novidade, mas no geral Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl são, repita-se, mais do mesmo. O que até nem seria um problema se não existissem versões melhores dos mesmos jogos. Só que há. Não importa. A nostalgia de milhões de velhos e novos jogadores vai garantir (já garantiu) o sucesso destes remakes. E quem quiser uma experiência nova só vai precisar de esperar uns meses: Pokémon Legends: Arceus, o mais recente projecto desenvolvido pela Game Freak, sai em Janeiro. Será o último momento das celebrações dos 25 anos da franquia, que se assinalaram a 27 de Fevereiro deste ano, e promete muitas novidades.

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