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Dez novos livros para levar para a praia este Verão

Ponha-se à sombra e aproveite para pôr a leitura em dia. Sugerimos dez novidades literárias para este Verão.

Beatriz Magalhães
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Está na hora de pôr as leituras em dia e que altura melhor para isso do que as férias grandes? E são várias as novidades literárias para este Verão. Basta pensar no que precisa que lhe receitem. Uma saga familiar, um romance sobre manteiga e homicídios, ou uma história sobre não pertença? Há, mas não só. Também lhe damos uma biografia de Herberto Helder, uma viagem aos tempos de Huckleberry Finn ou uma obra sobre a caricata situação que levou a que fosse criada uma série sobre a vila açoriana de Rabo de Peixe. São dez livros para ler nos próximos meses.  

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Livros para este Verão

James

Mais de um século depois da publicação de As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain, voltamos ao Missouri, mas desta vez para conhecer a história do escravo Jim. Quando ouve rumores de que será vendido a um homem de Nova Orleães, decide esconder-se em Jackson, onde conhece Huckleberry. Escrito pelo aclamado Percival Everett e traduzido por Bruno Vieira Amaral, o livro foi, este ano, galardoado com o Pulitzer para Melhor Livro de Ficção e com o prémio Audie. Em 2024, ganhou o National Book Award.

De Percival Everett. Livros do Brasil. 288 pp. 19,99€

Cartas para a Vila Berta

Em Cartas para a Vila Berta, não vamos encontrar o Miguel Esteves Cardoso de hoje, mas sim o Miguel Esteves Cardoso de 20 anos. O livro inclui cartas que o escritor enviou para o amigo Carlos Vilela, quando estava a viver em Manchester, onde se licenciou em Estudos Políticos e se doutorou em Filosofia Política, e que tratam várias questões da sua vida. 

De Miguel Esteves Cardoso. Bertrand Editora. 368 pp. 18,80€

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Manteiga

É o primeiro romance publicado em inglês e português da autora japonesa Asako Yuzuki e, desde o seu lançamento, tem dado que falar. Inspirada pela história de Kanae Kijima, que envenenou três homens de quem estava noiva e que está, neste momento, a cumprir pena, tendo sido condenada à morte, Yuzuki fala-nos sobre Rika Machida, jornalista que decide enviar uma carta a Manako Kajii, assassina em série, para lhe pedir a receita de um guisado. Isto porque Manako seduzia as suas vítimas com comida caseira.

De Asako Yuzuki. Casa das Letras. 520 pp. 24,90€

O vício dos livros II

Em 2021, Afonso Cruz publicou um livro acerca de livros. Ancorado em relatos históricos, curiosidades, reflexões e memórias pessoais, o autor dialogava com obras e escritores sobre como o livro é essencial na nossa vida. Agora, chega-nos o segundo volume, em que Afonso Cruz quer provar-nos que é possível compreender a vida através da literatura. 

De Afonso Cruz. Companhia das Letras. 176 pp. 17,45€

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Levarei o fogo comigo

Depois de O país dos outros e Vejam como dançamos, Leïla Slimani traz-nos o final desta trilogia com Levarei o fogo comigo, traduzido por Tânia Ganho. Está na altura das irmãs Mia e Inès encontrarem o seu lugar no mundo. Ao passo que Mia decide mudar-se para Paris, fica nas mãos de Inès a tarefa de contar a história do seu povo e da sua família, passada entre Marrocos e França. Publicações como o Le Parisien, o Le Monde ou o Télérama descrevem a obra como brilhante e poderosa.

De Leïla Slimani. Alfaguara. 416 pp. 21,95€

Se Eu Quisesse, Enlouquecia

Esta biografia promete dar-nos a conhecer o que nunca antes foi contado acerca do poeta Herberto Helder, autor de Servidões, A Morte sem Mestre ou Poemas de Edmundo de Bettencourt, e que morreu há dez anos. Que tipo de pessoa era? Era capaz de amar? Que abismos tinha dentro de si? Aonde é que ia buscar a força da sua poesia? São algumas das questões que João Pedro George procurar responder. 

De João Pedro George. Contraponto. 896 pp. 24,90€

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De Volta a Casa

Da mesma autora de Terra Americana, a norte-americana Jeanine Cummins, chega-nos um retrato de uma família, composta por três mulheres. Quando uma tempestade assola Porto Rico, Daisy vê-se obrigada a encontrar um sítio onde se possa abrigar e é, nessa altura, que a mãe, Ruth, e a avó, Rafaela, se reencontram para ir até Porto Rico. O que fica por descobrir é se as duas vão conseguir comunicar entre si e construir um futuro que inclua Daisy.

De Jeanine Cummins. ASA. 448 pp. 22,90€

De onde eles vêm

Esta é a história de Joaquim, mas é, acima de tudo, uma história de não pertença. Sem mãe nem pai, Joaquim vive com a avó doente e, impelido pela paixão à literatura, decide inscrever-se no curso de Letras de uma universidade de Porto Alegre, no âmbito de quotas destinadas a minorias. Cedo percebe que é diferente dos outros alunos e que este mundo não foi feito para alguém como ele. O livro é do brasileiro Jeferson Tenório, vencedor do prémio Jabuti para Melhor Romance com O avesso da pele

De Jeferson Tenório. Companhia das Letras. 224 pp. 16,65€

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Rabo de Peixe – Toda a verdade

Foi no dia 6 de Junho de 2001 que Antonino Giuseppe Quinci aportou na vila açoriana, depois de ter escondido, pela costa de São Miguel, mais de 700 quilos de cocaína. Rúben Pacheco Correia decide partir numa viagem em busca da verdade dos factos (será que as pessoas panaram peixe com a cocaína?) e dos verdadeiros protagonistas, que viriam a dar origem à série da Netflix. Conta com prefácio de Luís Marques Mendes e posfácio de Valter Hugo Mãe. 

De Rúben Pacheco Correia. Contraponto. 176 pp. 16,60€

As enganadas

Em As enganadas, Teresa Veiga escreve três contos longos, protagonizados por mulheres. São sobre maridos que no início parecem uma coisa, mas depois revelam-se outra, filhos que guardam segredos, e também sobre maldições familiares, truques legais e mais uns quantos detalhes que percorrem estas vidas. 

De Teresa Veiga. Tinta da China. 112 pp. 16,90€. Sai a 5 de Junho

Sugestões de leitura para grandes e pequenos

  • Coisas para fazer
  • Eventos literários

Nem só de livros vivem estes espaços culturais em Lisboa. Há também lanches e cartas de vinhos. Outro género de literatura, portanto. São mais de uma dúzia de livrarias, onde uma visita significa muito mais do que virar umas páginas e ler meia dúzia de prefácios na diagonal. A programação, quase sempre de entrada livre, conta também com exposições de arte, conversas, lançamentos, clubes de livros e até maratonas de leitura. Já para não falar do café da praxe. Parta então à descoberta destas livrarias em Lisboa que têm mais coisas para fazer – para além de abastecer as estantes, claro.

Recomendado: Gosta de livros? Descubra os clubes de leitura e tertúlias em Lisboa

  • Compras
  • Compras e estilo de vida

Ler sempre foi para se fazer a sós. E ler sempre foi para os totós, os geeks ou os ratos de biblioteca. Mas, nos últimos tempos, isso mudou. Hoje, ler é fixe, é cool e recomenda-se. Muito devido às redes sociais, em especial o TikTok, onde a comunidade leitora é uma das maiores subcomunidades dentro da plataforma (no BookTok) e conta com milhões de vídeos. Ao contrário do que se possa pensar, o fenómeno não acontece apenas lá fora e tem vindo a contagiar novos membros e a criar novos hábitos de leitura em Portugal. Em Lisboa, há um sem-número de livrarias a abrir onde, por norma, se dinamizam clubes do livro. Ler tornou-se uma actividade social, que pede para ser partilhada e falada, quer seja em português ou inglês. Aliás, cada vez mais em inglês, já que o consumo de livros escritos nesta língua é uma tendência que tem crescido, principalmente entre as camadas mais jovens. À medida que as publicações em inglês vão ganhando mais espaço nas estantes, perguntamo-nos: que impactos terá no mercado editorial português e, por conseguinte, na tradução? 

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  • Compras

Considera-se uma pessoa de lágrima fácil? Espere. Sabe que mais? Nem sequer interessa. Arriscamos dizer que sabemos como comover até o mais empedernido dos corações. Desafiamo-lo, aqui e agora, a fazer uma sessão de leitura terapêutica com um destes livros para chorar baba e ranho – alguns até têm lugar em várias listas de “ugly cry books” no Goodreads, o que significa que os leitores são unânimes na avaliação. Desde Uma Pequena Vida até De Amanhã em Amanhã, estas leituras são para pessoas mais ou menos masoquistas, que apreciam o acto de deitar cá para fora. Vá, chore lá que ninguém leva a mal.

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