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Rápido e erudito: oito livros para oferecer no Natal
Rápido e erudito: oito livros para oferecer no Natal

Rápido e erudito: dez livros para oferecer no Natal

Ficção, poesia, ensaio, fotografia e banda desenhada: esta selecção tem o que precisa se anda à procura de livros para oferecer no Natal.

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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Os livros são uma forma clássica de safar prendas de Natal: rápida, relativamente barata e inerentemente erudita. Mas nesta altura de fartura editorial é difícil separar o trigo do joio. Damos uma ajuda, para não sucumbir a cantos de sereia nem ter de escolher à pressa pela capa ou pela cor da lombada. As novidades a ter debaixo de olho vão da ficção à poesia, da fotografia ao ensaio e até à banda desenhada, com diversos carimbos no passaporte. Os livros para oferecer no Natal de que anda à procura estão aqui. Pode embrulhar qualquer um destes e pôr no sapatinho. À confiança.

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Livros para oferecer no Natal

25 de Abril de 1974, Quinta-feira
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25 de Abril de 1974, Quinta-feira

Pela lente de Alfredo Cunha, que esteve lá nos principais momentos, e com textos originais de Carlos Matos Gomes, Adelino Gomes e Fernando Rosas, este álbum celebra, por um lado, os 50 anos da Revolução dos Cravos e convida-nos, por outro, a reflectir sobre os dias depois de Abril. Trata-se de uma obra monumental e histórica, que conta também com intervenções de Vhils, para a capa e para os separadores.

25 de Abril de 1974, Quinta-feira, de Alfredo Cunha. Tinta-da-China. 436 pp. 39,90€

Poetas do Amor, da Revolta e da Náusea
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Poetas do Amor, da Revolta e da Náusea

No ano do centenário de Mário Cesariny, a Assírio & Alvim publica uma antologia inédita de textos, de autores desde o século XII até ao século XX, que o artista reimaginou. Preparado logo após o 25 de Abril de 1974, este projecto começou por ser uma peça de teatro, mais tarde reformulado como uma série de filmes para televisão, desejo nunca concretizado. Aqui, encontramos prosa, poemas ou peças de teatro para inspirar uma revolução.

Poetas do Amor, da Revolta e da Náusea, de Mário Cesariny. Assírio & Alvim. 248 pp. 16,65€

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1964: Olhos da Tempestade
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1964: Olhos da Tempestade

Entre o final de 1963 e o início de 1964, quatro rapazes embarcaram numa viagem que os marcaria para sempre e mudaria o curso da história da música. Paul McCartney, um dos “fab four” de Liverpool, usou a sua máquina fotográfica de 35mm para fazer o registo dessa primeira viagem transatlântica. Com 275 das muitas que terá captado e com um prefácio pessoal, este álbum em capa dura inclui uma introdução da historiadora Jill Lepore e oferece-nos uma perspectiva única do início da Beatlemania.

1964: Olhos da Tempestade, de Paul McCartney. Porto Editora. 344 pp. 40€

Irmã Marginal
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Irmã Marginal

Servindo-se da potência que há na raiva, no erotismo e na poesia como território de resistência, esta obra canónica dos estudos feministas reúne – entre ensaios, discursos, cartas e entrevistas – alguns dos textos mais significativos de Audre Lorde, de 1976 a 1984. Focando-se na ressignificação da diferença, a autora instiga-nos a quebrar silêncios através da língua e da acção.

Irmã Marginal, de Audre Lorde. Orfeu Negro. 312 pp. 18€

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Impostora
Impostora, de R. F. Kuang (Desrotina. 328 pp. 18,50€)

Impostora

Athena Liu é adorada no mundo literário e June Hayward é literalmente ninguém. Quando Athena morre num estranho acidente, June rouba o seu manuscrito não publicado e publica-o como se fosse seu sob o nome ambíguo de Juniper Song. Depois da incursão pela fantasia com a trilogia A Guerra das Papoilas e o best-seller Babel, R. F. Kuang estreia-se na ficção literária com uma sátira à diversidade na indústria editorial, que é também uma meta-ficção sobre as redes sociais. A inspiração veio da sua própria experiência, como ásio-americana – o título original, Yellowface, é um piscar de olhos à expressão usada para referir a prática teatral de representar pessoas ou personagens do Leste Asiático

Impostora, de R. F. Kuang. Desrotina. 328 pp. 18,50€

Tamanhas Eram As Alegrias
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Tamanhas Eram As Alegrias

Escrito em 1947, mas apenas publicado após a sua morte, em sucessivas edições expurgadas, Tamanhas Eram As Alegrias é um dos mais famosos e polémicos textos autobiográficos de Orwell. Esta elogiada versão em novela gráfica, que agora chega a Portugal, narra os anos de formação do autor, entre os oito e os 13 anos, enquanto aluno no colégio interno de St. Cyprian’s, em Inglaterra.

Tamanhas Eram As Alegrias, de George Orwell e Jaime Huxtable. Cavalo de Ferro. 112 pp. 18,85€

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A Morte de Uma Livreira
A Morte de Uma Livreira, de Alice Slater (Gailivro. 392 pp. 17,50€)

A Morte de Uma Livreira

Para fãs de thrillers, a estreia de Alice Slater convida-nos a acompanhar a obsessão mórbida de Roach, uma livreira solitária e fanática por true crime, por Rachel, a nova livreira, a preferida de todos, com os seus bonitos sacos literários e o seu sorriso reconfortante. É que, por baixo do verniz brilhante, Roach sente uma escuridão dentro de Laura, a mesma escuridão que ela própria possui.

A Morte de Uma Livreira, de Alice Slater. Gailivro. 392 pp. 17,50€

Histórias de Fantasmas do Japão
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Histórias de Fantasmas do Japão

Lafcadio Hearn apaixonou-se de tal forma pelo Japão que ali se naturalizou e viveu no final do século XIX, deixando um legado de valor incalculável: recolheu, fixou e escreveu as melhores histórias de fantasmas do folclore japonês. Agora, apresentam-se dez neste álbum de rara beleza, ilustrado por Benjamin Lacombe.

Histórias de Fantasmas do Japão, de Lafcadio Hearn e Benjamin Lacombe. Presença. 192 pp. 32,90€

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Histórias de Jazz
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Histórias de Jazz

As histórias começaram há 20 anos, quando era editor na revista All Jazz e um leitor apareceu na redacção com uma história curiosa. Neste livro, Leonel R. Santos reúne não uma, mas 14 histórias que evocam músicos do jazz, entre Miles Davis e o esquecido Frank Morgan, ou canções que o jazz eternizou. A acompanhar, há ainda sugestões de audição para cada capítulo.

Histórias de Jazz, de Leonel R. Santos. Guerra & Paz. 208 pp. 16,50€

A Espera
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A Espera

Em 1950, a Guerra da Coreia separou famílias inteiras. A partir das entrevistas que Keum Suk Gendry-Kim conduziu e dos vários testemunhos que reuniu, incluindo o da própria mãe, esta novela gráfica reconstrói o trauma familiar de pessoas como Gwijá, que ainda mantém o desejo de reencontrar o filho mais velho, ou a sua amiga Jeong-Sun, que reencontra a irmã mais nova após sessenta e oito anos de separação.

A Espera, de Keum Suk Gendry-Kim. Iguana. 248 pp. 20,95€

É Natal, é Natal...

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