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Plataformas portuguesas de compra e venda de roupa usada

O mundo caminha para uma economia circular, sobretudo no que diz respeito à moda. Nestas plataformas portuguesas pode comprar e vender roupa usada.

Escrito por
Francisca Dias Real
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São trocas e baldrocas, mas nem por isso são altas engenhocas. O conceito é, na verdade, muito simples: dar outro uso a roupa e acessórios usados, prolongando-lhes o ciclo de vida. Este é o grande objectivo destas plataformas portuguesas para comprar e vender roupa usada, evitando assim que as peças caiam num poço sem fundo e contribuam ainda mais para a poluição do planeta. Sim, a indústria da moda é das mais poluentes do mundo, não só devido aos componentes usados durante o fabrico, mas sobretudo pelo desperdício causado pelo "compra e deita fora" alimentado pela fast fashion. O mundo caminha a passos largos para uma economia circular na área da moda, e em muito ajudam estas plataformas. Tem roupa de que ser quer livrar? Elas estão lá para si. Quer dar um ar mais vintage ao seu armário? Elas continuam lá para si. Conheça-as.

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Trocas e baldrocas

ECOA
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ECOA

É impossível reverter o processo, e ainda bem – a economia circular veio para ficar, e para ajudar há lojas e plataformas que promovem essa mentalidade de dar nova vida a peças já usadas. A ECOA nasce para isso mesmo: vender roupas e acessórios usados, promover o consumo consciente através de uma moda mais inclusiva, democrática e circular e conectar pessoas e marcas que queiram ou precisem de vender e comprar peças em segunda mão. Criada por Aline Gimenez, a plataforma já está online e à espera dos primeiros benfeitores que queiram fazer parte deste ciclo sustentável. O objectivo é prolongar o tempo útil de vida das peças e alargar a comunidade que pode participar nesta cadeia, alertando ao mesmo tempo para o consumo desenfreado. E como funciona? Quem quiser vender terá de seleccionar um mínimo de cinco peças que obedeçam aos critérios de venda, e preencher o formulário de inscrição. Depois de receber confirmação por parte da ECOA, pode enviar as peças e no prazo de 15 dias a plataforma envia uma proposta com preços de venda. Esses valores têm de ser aprovados pelo cliente e só depois as peças serão colocadas à venda. Toda a questão visual, como as fotografias, é tratada pela ECOA, assim como a entrega após encomenda. Depois da venda de uma peça doada, o lucro pode ser creditado numa conta para gastar na ECOA ou reenviado para uma conta bancária à escolha. Se as peças não forem aceites na pré-selecção ou não forem vendidas no prazo de 180 dias, o vendedor em questão pode escolher voltar a receber as peças de volta (suportando os custos de envio) ou doá-las a uma instituição de solidariedade social com quem a ECOA mantenha parceria.

reCloset
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reCloset

A reCloset é uma nova plataforma de artigos em segunda mão, fundada por duas empreendedoras portuguesas, Ana e Telma, que querem contribuir para o despertar da importância da reutilização de roupa e acessórios de moda – e ainda associar uma história de vida a cada peça. Quem tiver roupa para vender pode fazê-lo enviando directamente para a plataforma por correio a cada momento de mudança de estação (as datas estão disponíveis aqui). Os envios são feitos por marcação, e a comissão é de 50% do preço final da peça. Este valor pode ser entregue ou pode reverter para uma instituição à escolha. A acompanhar a loja oficial, a plataforma online terá em breve o Marketplace by reCloset, onde qualquer pessoa pode vender directamente as suas peças na sua própria loja online, sem se preocupar com pagamentos. Neste caso, após o envio da peça, basta esperar pela comissão. Na plataforma, que se compromete a doar a instituições de solidariedade ou projectos de upcycle as peças que não estejam nas melhores condições para venda, há também um blogue que torna esta reCloset um espaço de partilha de conhecimento, com dicas para uma vida mais sustentável.

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Lx Vintage
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Lx Vintage

A roupa é “mais ou menos aquela que os nossos pais usavam”, dizem em comunicado os quatro amigos responsáveis pela plataforma. Guilherme e Gonçalo Lopes, Ricardo Sequeira e Gonçalo Palrão são os cabecilhas da Lx Vintage, que querem lutar a todo o custo por um mundo mais sustentável sabendo que a indústria da moda é das que mais polui no mundo. Portanto, a ideia é reduzir o consumo – e consequentemente a produçã em masa – optando por comprar roupa vintage e em segunda mão. À venda há roupa de mulher e homem, sobretudo casacos, camisas e sweatshirts, todas como novas, mas já com uma vida bem vivida. A Lx Vintage permite ainda que a clientela faça parte do processo, podendo vender roupa que esteja a mais lá em casa, basta contactar a equipa através do formulário de vendaAs peças serão analisadas para controlo de qualidade e serão recolhidas pela Lx Vintage e fotografadas antes de irem para o site. O número mínimo de peças é de cinco, sendo depois acordada uma percentagem do serviço que fazem, entre 30% a 50% do valor da venda, valor este que é acordado entre o vendedor e a Lx Vintage (tendo em conta o preço de mercado, o número de peças e o estado em que se encontram).

Wezed
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Wezed

"Roupa no fundo do armário? Wezed é o lugar. Começa a ganhar dinheiro a vender a tua roupa": a apresentação é feita pela própria plataforma, que ainda cheira a novo. A Wezed veio juntar-se ao crescente mercado de moda em segunda mão, porque Rui Pedro Santos, o fundador, procurava ele próprio um lugar para vender peças depois de destralhar o armário. Da necessidade nasceu uma oportunidade de negócio. E não só – é uma forma de alimentar a economia circular, prolongando o tempo de vida das peças. Na Wezed as coisas funcionam sem intermediários, ou seja, é o próprio vendedor que fotografa e coloca o produto à venda, sendo também ele a tratar do envio ao comprador. As transacções são, porém, todas feitas no próprio site para evitar casos de burla e facilitar, de certa forma, os pagamentos. Recapitulando: para vender basta fazer um registo no site, colocar à venda os produtos com fotografias e uma descrição, escolher o preço e a categoria e esperar que alguém compre. Quanto ao comprador, se o produto não corresponder à descrição, tem a garantia de reembolso.

Mais compras

  • Compras

Para bem dos nossos armários (e mal do nossos cartões) já há lojas que dispõem online grande parte do seu catálogo vintage, das saias plissadas aos sapatos de ponta quadrada, do brinco folclórico ao blusão de ganga necessário. Umas não falam português, outras são novidade e outras já faziam parte destas andanças.

  • Compras

O comércio online, que era já uma realidade para muitas destas marcas, reforçou a sua presença e está mais forte que nunca. Por isso, na hora de comprar olhe para a etiqueta, para a pegada ambiental e para os pequenos negócios que, afinal de contas, parecem estar sempre aqui para nós mesmo nos tempos mais difíceis. 

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