‘King Kong’, de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack (1933)
O filme original do duo Cooper e Schoedsack sobre um gorila gigante pré-histórico descoberto numa ilha remota e trazido para Nova Iorque foi um enorme sucesso à época, quando a Grande Depressão ainda flagelava os EUA e as pessoas acorriam aos cinemas em busca de evasão e entretenimento. King Kong é feito de temas e situações das narrativas aventurosas clássicas, caso do “mundo perdido”, povoado por criaturas pré-históricas, animais gigantes e tribos selvagens, e reflecte o interesse de longa data de Merian C. Cooper por gorilas, de onde nasceu a personagem de King Kong. O pioneiro dos efeitos especiais Willis O’Brien, que anos antes tinha trabalhado em O Mundo Perdido, de Harry Hoyt, baseado no livro homónimo de Conan Doyle, pode ser considerado o terceiro autor deste King Kong, graças ao seu aturado trabalho de animação imagem a imagem do gorila gigante e dos monstros da Ilha da Caveira. Um clássico absoluto e intemporal do cinema fantástico e de grandes aventuras, com Robert Armstrong, Bruce Cabot e Fay Wray na “bela que mata o monstro”.