Fim de Semana Alucinante (1972)
©DRFim de Semana Alucinante de John Boorman
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Burt Reynolds nos seus melhores filmes

O actor que esteve no auge da popularidade nos anos 70 e 80, morreu aos 82 anos. Recordamo-lo aqui através de dez filmes, alguns dos quais também realizou

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Foi dos actores de Hollywood mais populares durante duas décadas, e um símbolo sexual do cinema. Depois passou de moda, regressou em finais dos anos 90 com Jogos de Prazer, de Paul Thomas Anderson, que lhe deu uma nomeação ao Óscar de Melhor Actor Secundário, e não parou de fazer filmes até morrer, há alguns dias, aos 82 anos. Burt Reynolds marcou, à sua maneira, o cinema norte-americano, realizou alguns filmes e fez-se ainda notar na televisão, no início da sua carreira e também lá para a frente. Eis uma dezena de títulos em que brilhou.

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Burt Reynolds recordado nos seus melhores filmes

1. ‘Fim-de-Semana Alucinante’, de John Boorman (1972)

Este era o filme favorito de Burt Reynolds, que só gostava de um punhado dos mais de 100 que fez. O actor investe ao máximo na sua capacidade física e no seu carisma másculo, nesta história de quatro amigos que vão fazer canoagem num rio do Sul profundo dos EUA, para se verem envolvidos num pesadelo de violência e terror. Reynolds e os outros três actores principais (John Voight, Ned Beatty e Ronny Cox) não usaram “duplos” durante a rodagem, com aquele a distinguir-se obviamente.

2. ‘Golpe Baixo’, de Robert Aldrich (1974)

Ex-jogador de futebol americano, Burt Reynolds voltou neste filme a praticar o seu desporto de eleição, ao interpretar Paul Crewe, um futebolista que cumpre pena numa cadeia. O corrupto director do estabelecimento organiza um jogo entre presos e guardas, e diz a Crewe que se a sua equipa perca de propósito, ele será libertado por antecipação. Golpe Baixo é o tipo de filmes de acção com e sobre homens de barba rija que fizeram a reputação e estabeleceram a imagem de Reynolds no cinema.

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3. ‘A Cidade dos Anjos’, de Robert Aldrich (1975)

Foi dirigido por Robert Aldrich que Burt Reynolds teve alguns dos seus melhores papéis. É o caso do do detective da polícia de Los Angeles deste thriller que se apaixona por uma prostituta de luxo (Catherine Deneuve), enquanto investiga a morte de uma stripper e actriz pornográfica. A Cidade dos Anjos é um dos grandes filmes policiais dos anos 70, e a interpretação sombria, concentrada, de Reynolds é uma das suas componentes fundamentais. A redescobrir.

4. ‘O Vendedor de Sonhos’, de Peter Bogdanovich (1976)

Burt Reynolds tinha muito sentido de humor, uma sólida costela de cómico e gostava de contrariar a sua imagem de símbolo sexual e actor duraço. É precisamente o que ele faz nesta fabulosa comédia de Peter Bogdanovich, passada no incício do século XX, nos tempos heróicos do começo do cinema, e onde personifica Buck Greenway, um actor do mudo, grande canastrão e muito temperamental. Era outro dos seus papéis preferidos.

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5. ‘Os Bons e os Maus’, de Hal Needham (1977)

Foi com filmes como este que Burt Reynolds estabeleceu a sua imagem cinematográfica e se tornou, nos anos 70 e 80, num dos actores mais populares e lucrativos de Hollywood. Ele e Jerry Reed são dois camionistas sulistas que dão boleia a uma rapariga (Sally Field) que mandou passear o noivo. Só que este é sobrinho de um xerife (Jackie Gleason), que lhes move uma implacável perseguição. Uma castiça e acelerada comédia on the road, e um colossal sucesso de bilheteira.

6. ‘O Fim’, de Burt Reynolds (1978)

Reynolds também realizou alguns filmes, e nem todos foram policiais e de acção. Esta comédia negra é uma boa surpresa, com o actor a interpretar um homem que tem apenas um ano de vida, e como não se consegue suicidar, contrata um psicopata assassino (o seu grande amigo e parceiro Dom DeLuise) para o matar. O problema é que este é um trapalhão. Reynolds e DeLuise são engraçadíssimos, coadjuvados Sally Field, Joanne Woodward, Carl Reiner e os veteranos Myrna Loy e Pat O’Brien nos papéis dos pais da personagem de Reynolds

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7. ‘Amar de Novo’, de Alan J. Pakula (1979)

Uma comédia romântica onde encontramos Burt Reynolds vestindo uma personagem totalmente a contrapelo daquilo a que nos habituou: Phil Potter, um homem de meia-idade que foi largado pela mulher (Candice Bergen), uma ambiciosa cantora, e que está a passar por uma profunda crise de confiança, acabando por se envolver com uma professora (Jill Clayburgh) tão insegura como ele. Só que Phil ainda gosta da ex-mulher, que regressa para o tentar reconquistar.

8. ‘Brigada Anti-Crime’, de Burt Reynolds (1981)

Mais um filme realizado por Burt Reynolds, que aqui se rodeou de actores do calibre de Vittorio Gassman, Rachel Ward, Brian Keith, Charles Durning, Bernie Casey ou Henry Silva. Ele é Tom Sharky, um polícia dos Narcóticos de Atlanta, despromovido para os Costumes depois de uma missão falhada, e que depara com um caso que envolve a Máfia e políticos, quando está a investigar uma rede de prostituição de luxo. O melhor elogio que podemos fazer a Brigada Anti-Crime é que podia ser confundido com um filme de Robert Aldrich.

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9. ‘Jogos de Prazer’, de Paul Thomas Anderson (1997)

Burt Reynolds não gostou nada de trabalhar com Paul Thomas Anderson, mas o papel de Jack Horner, o realizador de filmes pornográficos e figura paternal do meio do cinema hardcore da Califórnia, deu-lhe uma nomeação ao Óscar de Melhor Actor Secundário ( que devia ter ganho) e veio mostrar que ele ainda estava ali para as curvas, depois de uma longa e por vezes humilhante travessia do deserto. E é uma interpretação memorável, em que Reynolds põe toda a experiência e técnica adquiridas ao longo de décadas de trabalho no cinema e na televisão.

10. 'Dog Years', de Adam Rifkin (2017)

Um belíssimo papel dramático para Burt Reynolds já no fim da vida, evidentemente inspirado na sua carreira. O actor personifica Vic Edwards, uma antiga glória do cinema que perdeu os favores do meio, passou de moda e caiu no esquecimento, e que aceita ir receber um prémio de homenagem concedido por um pequeno festival. Adam Rifkin, o realizador e argumentista, recorre a imagens dos filmes mais célebres do próprio Reynolds para ilustrar a carreira de Edwards. Um filme melancólico, tocante e feito no registo emocional exactamente certo.

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