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Cinema: sete grandes flops de Hollywood

Primeiro gasta-se um balúrdio para filmar, depois outro balúrdio para pós-produção e ainda mais alguns milhões de dólares para promover. No fim, ninguém vai ver o filme. Assim são os flops de Hollywood

Escrito por
Rui Monteiro
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Diz-se que quanto maior é o salto maior é a queda. Mas há quedas e há trambolhões ribanceira financeira abaixo capazes de levar à falência um pequeno país, quanto mais um estúdio. Estes sete estrondosos falhanços, apresentados com as perdas devidamente ajustadas à inflação (cortesia FilmSite), bateram recordes – e nem todos são maus filmes.

Cinema: sete grandes flops de Hollywood

As Portas do Céu (1980)

Perdas estimadas: 121 milhões de dólares

Por falar em estúdios à beira da falência, basta recuar a 1980 e verificar como As Portas do Céu foi um desastre para todos os principais envolvidos: a United Artists que quase declarou bancarrota, e Michael Cimino, o realizador, cuja carreira entrou num limbo de onde não mais saiu. O tempo tem sido benigno para a película, mas a sua reavaliação crítica, até por existirem pelos menos três versões de distinta duração disponíveis em DVD, dificilmente recuperará os prejuízos. 

John Carter (2012)

Perdas estimadas: 125 milhões de dólares

É um dos mais recentes e também um dos mais estrepitosos falhanços da Walt Disney Pictures, habitualmente tão cheia de cautelas como segura de contas. Mas não há pano onde não caia nódoa e o pano dos estúdios que produziram John Carter já contava com as suas nódoas difíceis de limpar. Ainda assim foi golpe duro de encaixar querer iniciar uma série, investir 264 milhões de dólares (a que se deve acrescentar quase outro tanto em marketing) e ver as cadeiras vazias nos cinemas.

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Final Fantasy (2001)

Perdas estimadas: 126 milhões de dólares

No início do século era garantido que os videojogos se tinham tornado numa rica indústria, quer criativa quer financeiramente. O que abriu o apetite dos estúdios para prosseguir a adaptação cinematográfica de jogos, embora, até aí, a coisa não tivesse corrido muito bem. Quem não arrisca não petisca, devem ter pensado os executivos da Columbia Pictures. E arriscaram, e o filme foi geralmente considerado a nova maravilha da técnica graças aos seus efeitos especiais capazes de tornar realistas cenários e personagens. Saiu-lhes o tiro pela culatra, como se costuma dizer, em grande parte por conta de um argumento demasiado básico e previsível que defraudou os adeptos do jogo sem ganhar quaisquer adeptos para o filme.

A Queda do Império Romano (1964)

Perdas estimadas: 126 milhões de dólares

Quem pensava ter sido o megalómano Cleópatra, estreado no ano anterior, um dos grandes perdedores de dinheiro hollywoodiano, está bastante enganado. Esse duvidoso troféu (que ajustado à inflação andou pelos 126 milhões de dólares) pertence ao filme dirigido por Anthony Mann, que é, aliás e apesar de tudo, um dos mais perfeitos dramas históricos produzidos nos Estados Unidos. E no processo de ilustrar a queda do império de Roma, a carreira do produtor Samuel Bronston praticamente acabou ali.

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A Ilha das Cabeças Cortadas (1995)

Perdas estimadas: 137 milhões de dólares

Ponham-se as coisas assim. Antes de 2003, isto é, antes do primeiro filme da série Piratas das Caraíbas, o género pirataria andava pelas ruas da amargura e durante décadas nenhuma das tentativas de o resgatar pegou. A Ilha das Cabeças Cortadas foi um pouco mais longe na arte de deitar dinheiro ao mar por parte da MGM, que aparentemente pensou que ter Geena Davis no elenco chegava para o povo correr aos cinemas. Durante algum tempo a película constou no Livro de Recordes Guinness como “a maior perda de bilheteira” de sempre. Mas pior estava para vir.

O Último Viking (1999)

Perdas estimadas: 140 milhões de dólares

E pior veio (e pior ainda virá) graças a esta bizarra obra do realizador John McTiernan baseado em livro de Michael Crichton, Eaters of the Dead, com Antonio Banderas a fazer de um tal Ahmad Ibn Fadlan, sujeito, depois de um falhanço amoroso, obrigado a juntar-se aos víquingues. Fadlan ganhou a sua causa, contudo o filme foi um desastre financeiro, obrigando a várias remontagens que só gastaram mais massa à produção.

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47 Ronin – A Grande Batalha Samurai (2013)

Perdas estimadas: 151 milhões de dólares

E o campeão da desgraça cinematográfica-financeira de Hollywood, a título provisório, é… Nem mais, esta película protagonizada por Keanu Reeves, alegadamente inspirada num importante e popular filme épico japonês, no entanto sem ter nada a ver com o original. A razão principal do desastre financeiro parece estar em grande parte no preço da rodagem, principalmente por conta das inúmeras cenas filmadas de novo, ironicamente rodadas para “salvar” o filme, quando a produção tirou o projecto das mãos do realizador Carl Rinsch.

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