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Photograph: An American Werewolf in London
© DR‘Um Lobisomem Americano em Londres’, de John Landis (1981)

Férias de terror em oito filmes

O terror pode manifestar-se a qualquer altura, até nas férias, de dia ou de noite. Eis oito filmes para o provar

Escrito por
Eurico de Barros
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Lobisomens, assassinos psicopatas, tubarões, entidades maléficas milenares ou um simples equívoco que se revela fatal: há de tudo nos filmes que seleccionámos para mostrar como o terror pode brotar na mais banal das situações, como é o caso de umas aprazíveis férias com familiares ou amigos, que acabam por se transformar em pesadelos. Entre estes títulos estão clássicos de culto como Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis, produções que causaram controvérsia como Hostel, de Eli Roth, teen movies com um lado negro, como Sei o Que Fizeste no Verão Passado, ou séries B inventivas, como As Ruínas. E ainda o recente Midsommar, de Ari Aster.

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Férias de terror em oito filmes

‘Um Lobisomem Americano em Londres’, de John Landis (1981)

Há muitas coisas terríveis que podem suceder num filme de terror a quem vai de férias. Uma das piores deve ser a que acontece à personagem de David Naughton, um estudante universitário, neste clássico realizado por John Landis: é mordido por um lobisomem quando está com um colega a fazer campismo no País de Gales, e transforma-se numa destas criaturas. Como se isso não bastasse, apanham um tempo péssimo, frio e chuva.

‘Sei o que Fizeste no Verão Passado’, de Jim Gillespie (1997)

Sarah Michelle Gellar e Jennifer Love Hewitt são duas das principais intérpretes deste filme de terror em que um quarteto de adolescentes em férias atropela, de noite, uma pessoa na estrada, atirando o corpo para o mar e fazendo um pacto de silêncio sobre o sucedido. Um ano mais tarde, de novo no Verão e em férias, o grupo percebe que o morto voltou e que se quer vingar deles. O grande sucesso da fita deu origem a uma continuação, Ainda Sei o que Fizeste no Verão Passado.

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‘Em Águas Profundas’, de Chris Kentis (2003)

Baseado num facto real, este filme conta a história de Susan e Daniel, um casal em férias nas Caraíbas que vai numa excursão de mergulho, e é esquecido no meio do oceano pelo barco do hotel onde estão instalados. A situação do casal torna-se ainda mais desesperada quando começam a aparecer tubarões. Com apenas 80 minutos de duração, Em Águas Profundas é um poderosíssimo concentrado de angústia, tensão, desconforto e terror, atingindo os limites do suportável.

‘Wolf Creek’, de Greg McLean (2005)

Um trio de amigos australianos combina pegar nas mochilas e ir de excursão, nas férias, para o interior do país, e experimentar o campismo selvagem. Acabam por se ver perdidos numa zona inóspita chamada Wolf Creek, e presos e aterrorizados por um sujeito que vive isolado na região e se oferece para os ajudar. Mas que acaba por se revelar ser um psicopata e maluquinho da sobrevivência. Um bom exemplo de terror made in Australia, e com poucos meios.

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‘Hostel’, de Eli Roth (2005)

Três jovens americanos que andam na Europa em férias low budget, rumam à Eslováquia, onde lhes foi dito que há bebida barata e as mulheres são fáceis e adoram homens dos EUA. Quando lá chegam, instalam-se num hostel e envolvem-se logo com raparigas locais. Drogados com tranquilizantes, acordam nas mãos de um grupo que os vai torturar e mutilar. Exemplo do chamado torture porn, Hostel deu origem a um protesto do Departamento de Turismo eslovaco, e foi fortemente criticado no parlamento do país. Teve duas continuações.

‘As Ruínas’, de Carter Smith (2008)

Uma coisa tão normal como o interesse por arqueologia também pode transformar umas férias banais num pesadelo mortal. É precisamente o que acontece ao grupo de amigos americanos de As Ruínas, que estão no México a gozar férias, e, juntamente com um turista alemão, decidem ir visitar umas remotas ruínas maias na selva. Lá chegados, ficam aprisionados num templo maia por alguns locais. A princípio, pensam que vão ser roubados, mas depois apercebem-se que se trata de algo muito pior: há uma entidade sobrenatural a rondar nas ruínas.

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‘Frozen – Pânico na Neve’, de Adam Green (2010)

Numa estância na neve, um trio de amigos suborna o operador do elevador da pista de esqui, já fechado, para o abrir e poderem fazer uma última viagem. Devido a um equívoco, ficam parados e presos na cadeira a meio da viagem, a grande altura, com a noite a chegar e a neve a cair. Têm então que escolher: ou tentam sair dali, mesmo que fiquem seriamente magoados, ou ficam à espera que alguém os veja, arriscando morrer gelados antes de serem salvos. Este é um dos mais arrepiantes filmes de férias de terror já realizados (e não apenas por se passar na neve).

'Midsommar – O Ritual', de Ari Aster (2019)

Depois do soturno, invernoso e sobrenatural Hereditário, Ari Aster assina aqui um filme de terror pagão passado no pino do Verão e todo à luz do dia. Um grupo de estudantes universitários americanos vai para a Suécia assistir, numa comunidade rural, às celebrações do Solstício de Verão, mas aquilo que parecia ser umas férias idílicas transforma-se num pesadelo que brota do passado remoto e tradicional. Em Midsommar – O Ritual, o horror é lenta e pacientemente construído por Aster, num gradual mas seguro crescendo de inquietação e desconforto, sem sustos falsos nem sobressaltos gratuitos. Com a excelente Florence Pugh e Jack Reynor.

Clássicos de terror para totós

Clássicos de cinema para totós – Terror. Lição 1: 1900-1950
  • Filmes
  • Terror

Custou um bocadinho a pegar, mas quando pegou o cinema de terror nunca mais arredou pé. Teve os seus momentos, bons e maus, mas década a década persistiu tanto como o desejo do espectador em ser assustado. A primeira metade do século XX parece, agora, inocente ou ingénua. Mas há muito escondido nas trevas.

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Clássicos de cinema para totós – Terror. Lição 3: 2001-2014
  • Filmes
  • Terror

Com a entrada do século o que era explícito tornou-se ainda mais explícito. Mais sangue, mais tripas ao léu, mais tortura psicológica e sobretudo física. E, também, algum regresso ao classicismo gótico, boa dose de contaminação entre géneros, e muita imaginação – o que vai mantendo o género vivo e assustador.

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