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Um roteiro para a Festa do Cinema Italiano em oito filmes

Entre 12 e 21 de Abril, a Festa do Cinema Italiano ocupa cinco espaços em Lisboa. Esta selecção de oito filmes ilustra a variedade de oferta desta edição.

Escrito por
Eurico de Barros
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O Cine-Teatro Turim e o Cinema Fernando Lopes juntam-se este ano às habituais salas da Festa do Cinema Italiano (Cinema São Jorge, Cinemas UCI El Corte Inglés e Cinemateca). De 12 a 21 de Abril, além das habituais secções, a programação inclui a retrospectiva O Outro 25 de Abril, que assinala a libertação de Itália pelas forças aliadas a 25 de Abril de 1945 com uma selecção de clássicos do cinema italiano e obras mais recentes, entre ficções e documentários; e o ciclo Sem Censura – Sucessos do Cinema Italiano no pós-25 de Abril, composto por cinco filmes de géneros muito diferentes que foram sucessos comerciais e de crítica em Portugal na segunda metade da década de 70. A edição de 2024 apresenta ainda, e como se tornou tradição, uma programação paralela à cinematográfica, que inclui música, gastronomia, comédia stand-up e um espectáculo de magia.

Eis oito filmes seleccionados de entre as várias secções, e que ilustram a variedade de oferta da presente edição da Festa do Cinema Italiano, que se estenderá também a outras cidades do país. A programação completa pode ser consultada aqui.

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O melhor da Festa do Cinema Italiano

Ainda Temos o Amanhã

O primeiro filme enquanto realizadora da actriz italiana Paola Cortellesi (que também interpreta o papel principal) transformou-se num dos maiores sucessos de bilheteira da história recente do cinema transalpino. Passado após a II Guerra Mundial, Ainda Temos o Amanhã conta a história de Delia, uma típica dona de casa italiana que vive em Roma e é maltratada pelo marido, até que começa a planear revoltar-se contra ele.

O Rapto

Marco Bellochio, realizador de Bom Dia, Noite, recua até ao século XIX neste filme que recria um acontecimento real. Em 1858, Edgardo Mortara, um menino judeu de seis anos, foi retirado aos pais pelas tropas do Papa Pio IX por ter sido baptizada em segredo e ser obrigada, segundo a Igreja Católica, a receber educação católica. O caso foi usado no combate entre o Vaticano e as forças republicanas e pró-unificação de Itália.

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A Sombra de Caravaggio

O actor Michele Placido co-assina o argumento e realiza A Sombra de Caravaggio, passado em Nápoles, em 1609. O pintor está a ser investigado em segredo pelo Vaticano, pois o Papa está a pesar o que fazer por ele ter assassinado um rival: cumprir a sentença de morte que foi lavrada, ou conceder-lhe clemência. A “Sombra” do título é o homem que segue Caravaggio discretamente, para ver como ele se comporta. Com Riccardo Scamarcio, Louis Garrel e Isabelle Huppert.

Adagio

O novo filme do realizador de Sicário e Suburra, Stefano Sollima, tem como principais intérpretes Toni Servillo, Pierfrancesco Favino e Valerio Mastandrea, e volta a ser ambientado em Roma, contando o declínio de três velhas lendas do submundo da cidade, que procuram uma redenção impossível. Ao mesmo tempo, um jovem que cuida do seu pai atingido de demência vê-se envolvido em acções ilegais, enquanto que a cidade está sufocada por uma onda de calor.

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El Paraíso

Júlio César e a mãe vivem com dificuldades e partilham praticamente tudo: uma casa modesta, o pouco dinheiro proveniente da venda de droga para um traficante local e a paixão pela salsa e pelo merengue, e pelas noites de dança. Esta sólida, solidária mas também opressiva relação entre mãe e filho é subitamente ameaçada pela entrada em cena de Inês, uma jovem colombiana que acaba de se estrear como “mula” de cocaína. Um filme de Enrico Maria Artale.

Paolo Conte alla Scala – Il Maestro è nell’anima

À beira de fazer 90 anos, Paolo Conte foi o primeiro cantor e compositor mainstream a actuar no lendário Scala de Milão, o que veio comprovar o seu estatuto de excepção no panorama da música italiana e internacional. Este filme-concerto de Giorgio Testi é também um documentário em que Conte fala sobre a sua carreira e a forma como encara a música, e que se transforma numa homenagem a um dos artistas mais destacados, versáteis e inovadores da sua geração.

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Tão Amigos que Nós Éramos

Incluído na secção retrospectiva O Outro 25 de Abril, Tão Amigos que Nós Éramos foi realizado em 1974 por Ettore Scola e é um dos seus melhores filmes. Nino Manfredi, Vittorio Gassman e Stefano Satta Flores interpretam três amigos que combateram na resistência italiana durante a II Guerra Mundial, seguindo depois caminhos muito diferentes nos 30 anos seguintes. Um deles torna-se enfermeiro, um outro advogado e o terceiro crítico de cinema. Reencontram-se na década de 70, falhados e com os seus sonhos desfeitos. Também com Stefania Sandrelli, Aldo Fabrizi e Giovanna Ralli, e participações de Marcello Mastroianni e Federico Fellini.

O Mistério da Casa Assombrada

Um dos thrillers de culto de Dario Argento, O Mistério da Casa Assombrada (Profondo Rosso, no original), data de 1975 e centra-se num pianista de jazz que testemunha o brutal assassinato de uma médium, embora não tenha visto o rosto do criminoso. Enquanto investiga o caso, com a ajuda de uma jornalista, as pessoas com quem contacta começam a ser mortas uma a uma. Interpretações de David Hemmings, Daria Nicolodi, Macha Méril e Clara Calamai.

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