‘O Médico e o Monstro’, de Rouben Mamoulian (1931)

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A caminho dos Óscares, recordamos 11 filmes fantásticos e de terror que ganharam estatuetas douradas.
É muito raro um filme como A Forma da Água, de Guillermo Del Toro, ser nomeado para tantos Óscares como aconteceu em 2018: 13. Recebeu quatro (filme, realizador, banda sonora e direcção de arte), apesar de não estar na tradição da Academia de Hollywood distinguir com estatuetas douradas o cinema da fantasia e do sobrenatural. Mesmo assim, ao longo das décadas, foram vários os filmes fantásticos e de terror recompensados, quase sempre nas categorias secundárias, como maquilhagem, guarda-roupa ou efeitos visuais. Mas há excepções, como O Senhor Dos Anéis: O Regresso do Rei, a última aventura cinematográfica da trilogia tolkiana de Peter Jackson.
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Esta excelente, e algo esquecida, adaptação à tela da obra de Oscar Wilde recebeu o Óscar de Melhor Fotografia (para Harry Stradling Sr.). Pelo caminho ficaram – infelizmente – os de Actriz Secundária (Angela Lansbury) e Direcção Artística. Quem viu o filme de Lewin, sabe que os merecia.
Este brilhante e claustrofóbico filme de terror da variante demoníaca realizado por Roman Polanski permitiu à veterana Ruth Gordon ganhar o Óscar de Melhor Actriz Secundária. O papel foi o da aparentemente amável e inofensiva vizinha do casal interpretado por John Cassavetes e Mia Farrow.
Coisa rara para um filme do género, este clássico de terror foi nomeado para dez Óscares. Mas, como a Academia não vai muito à bola com o género, O Exorcista acabou por ganhar apenas dois, o de Melhor Argumento (para William Peter Blatty, também autor do livro) e de Melhor Som.
Ao contrário do que muita gente pensa, o monstro marinho de Steven Spielberg não ganhou apenas muito dinheiro. Ganhou ainda um punhado de Óscares, só que não nas categorias principais (esteve, no entanto, nomeado para Melhor Filme). As suas três estatuetas premiaram a Melhor Banda Sonora (John Williams), a Melhor Montagem e o Melhor Som.
Aqui está o caso de um filme que foi nomeado só para um Óscar, e ganhou-o. Não havia muito por onde indicar às estatuetas esta fita – marcante para o género – de John Landis, que se ficou pela nomeação ao Óscar de Melhor Maquilhagem. Conquistado por Rick Baker, está claro.
Mais um caso igual ao de Um Lobisomem Americano em Londres. Esta fita de Cronenberg foi nomeada só ao Óscar de Melhor Maquilhagem, que também recebeu. Os louros foram para Chris Walas e Stephan Dupuis, para forma como conseguiram transformar Jeff Goldblum num híbrido de humano e de insecto.
Esta belíssima, sensual e arrepiante versão do livro clássico de Bram Stoker assinada por Coppola não teve – injustamente – nomeações nas categorias principais. Mas arrebatou três dos quatro Óscares para que foi indicado: Melhor Maquilhagem, Guarda-Roupa e Montagem Sonora.
O último título da trilogia baseada no clássico de Tolkien é, até hoje, o único filme fantástico a ter ganho os Óscares de Melhor Filme e Realizador. Além disso, fez o pleno de estatuetas em relação às nomeações (11), igualando Ben-Hur (1956) e Titanic (1997) no top de vencedores.
Eis sem dúvida uma das melhores adaptações cinematográficas do livro de Lewis Carroll, mesmo com as modificações na história e nalgumas personagens introduzidas pelo realizador. A fita valeu dois Óscares em três nomeações: Melhores Efeitos Visuais e Guarda-Roupa.
Uma empregada de um laboratório de segurança máxima, interpretada por Vivienne Graham, apaixona-se. Mas não por um homem qualquer. O objecto da sua afeição, no filme de Guillermo Del Toro, é um humanóide anfíbio capturado nos mares da América do Sul e usado como cobaia, que a dada altura ela decide salvar do seu cativeiro. A história e execução desta fábula fantástica e humanista valeram-lhe quatro Óscares, incluindo os de Melhor Filme e Realização.
A um mês da 94.ª cerimónia de entrega dos Óscares, que se realiza a 27 de Março, em Los Angeles, recordamos alguns dos filmes com o maior número de estatuetas no currículo. O clássico Ben-Hur, realizado em 1959 por William Wyler, Titanic (1997), de James Cameron, e a terceira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, rodada por Peter Jackson e estreada em 2003, lideram a lista dos recordistas de Óscares na história do cinema, com 11 prémios. A versão de 1961 de West Side Story – Amor sem Barreiras, realizada por Robert Wise e Jerome Robbins e distinguida com dez estatuetas, é outro dos filmes em destaque.
Já se sabe que nem sempre os melhores realizadores (e os melhores actores e os melhores filmes) são aqueles que ganham os Óscares, e já por muitas ocasiões as estatuetas de Hollywood foram parar às pessoas erradas, deixando de mãos a abanar quem as merecia. Neste aspecto, os Óscares de 2022 não hão-de ser excepção. Todavia, às vezes, estas injustiças acabam por ser corrigidas, com realizadores que não foram premiados pelas suas obras-primas a ganharem o Óscar anos mais tarde, ainda que por filmes menores. Noutros casos é tarde demais para corrigir o erro e, no máximo, pode atribuir-se um Óscar Honorário. Foi o que aconteceu a cineastas do gabarito de Howard Hawks ou Ernst Lubitsch. Conheça a lista dos grandes realizadores que nunca ganharam o Óscar (de melhor realizador).