'Um Passeio Pela História’, de Robert Guédiguian (2005)

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Chega esta semana aos cinemas o filme 'Silvio e os Outros', de Paolo Sorrentino, um retrato de Silvio Berlusconi. Eis oito títulos sobre outros tantos políticos contemporâneos, que foram presidentes e primeiros-ministros
Nanni Moretti, Luc Besson, Paolo Sorrentino e Robert Guédiguian são alguns dos realizadores que se aventuraram a retratar em cinema nomes da política mundial como Silvio Berlusconi, Auung San Su Kyi ou François Mitterrand. Estes oito filmes biográficos abrangem ainda nomes tão díspares e em tudo afastados como Idi Amin Dada, o caprichoso e sangrento ditador do Uganda, e Nelson Mandela, que acabou com o regime de segregação racial na África do Sul. A interpretar estes políticos que marcaram o nosso tempo, ainda vivos ou já desaparecidos, surgem nomes como Michel Bouquet, Meryl Streep, Michelle Yeoh ou Idris Elba.
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O democrata-cristão Guilio Andreotti foi primeiro-ministro de Itália por sete vezes e senador vitalício, e tornou-se numa das mais influentes, poderosas, temidas e controversas figuras da política transalpina até à sua morte em 2013, com 94 anos. São muito discutidas as suas ligações à maçonaria e, diz-se também. à própria Mafia. Este filme do autor de A Grande Beleza está muito longe de ser uma biografia convencional de Andreotti, já que Sorrentino prefere uma abordagem em estilo de comédia grotesca, procurando revelar algumas das zonas de sombra da atarefadíssima vida, e especulando sobre outras. Toni Servillo dá vida a Andreotti.
A vida do ex-presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva (interpretado por Rui Ricardo Dias), desde as sua origens humildes, passando pelos anos de activismo sindical e até chegar ao mais alto cargo político nacional. Este filme do filho de Luiz Carlos Barreto e irmão de Bruno Barreto, um dos mais caros da história do cinema brasileiro, foi alvo de muitas críticas. Foi acusado, nomeadamente, de ter sido financiado por grandes empresas ligadas à Operação Lava Jato, apresentar um retrato branqueado e acrítico de Lula e ter muitas imprecisões biográficas e históricas.
Este filme sobre a vida e a carreira política de Margaret Thatcher foi atacado por incluir várias sequências que mostram a antiga primeira-ministra britânica a ter alucinações provocadas pela demência de que sofreu no final da vida. Mas no geral, A Dama de Ferro é um retrato correcto e bastante fiel da personalidade de Thatcher, da sua coragem e inquebrantável força de vontade e do seu percurso político, que conta com uma estupenda interpretação de Meryl Streep, mais uma vez a “desaparecer” na sua personagem.
Michelle Yeoh personifica a líder política birmanesa Aung San Suu Kyi, vencedora do Prémio Nobel da Paz, nesta grande produção de Luc Besson rodada em vários locais do mundo. Besson não só recria a acção de Suu Kyi na Liga Nacional para a Democracia, o partido que ela lidera, como também conta a história da relação sentimental com aquele que se tornaria no seu marido, o escritor inglês Michael Aris (David Thewlis), e das dificuldades que se lhe puseram devido ao seu activismo num país de regime militar.
Não são só os homens que levam a cabo ousados assaltos no cinema. Nos sete filmes desta selecção, há mulheres que se juntam para concretizar roubos de todo o tipo, ou que então lideram homens (e dão-lhes a volta ao mesmo tempo). Jamie Lee Curtis, Jada Pinkett Smith, Queen Latifah, Diane Keaton, Katie Holmes, Kristen Stewart, Emma Watson, Sandra Bullock ou Cate Blanchett são algumas das actrizes que personificam essas mulheres.
Cineastas como Humberto Mauro, Lima Barreto, José Pedro de Andrade, Glauber Rocha, Ruy Guerra ou Anselmo Duarte estão representados nesta lista de dez filmes brasileiros fundamentais. A cinematografia do Brasil tem passado por várias vicissitudes ao longo da sua existência, reflectindo a própria situação do país ao longo dos séculos XX e XXI. Tem também a respectiva repercussão na vida política, social e cultural nacional deste imenso país.
Revelado na televisão em 2002, graças ao seu papel de Russell "Stringer" Bell na memorável série policial The Wire, Idris Elba tem vindo a impôr-se como um actor de grande presença, perfeitamente capaz de interpretar uma personagem negativa, a seguir vestir a pele de um herói tradicional e logo depois personificar um cidadão comum, sem que isso afecte a sua imagem.
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