
O melhor de Charles Dickens no cinema e na televisão
Não há quadra mais adequada do que esta para recordarmos as melhores adaptações ao cinema e à televisão das obras do autor de 'Um Conto de Natal'
Aproveitando a estreia nos cinemas de O Homem que Inventou o Natal, que recorda como em que curcunstâncias Dickens escreveu o seu clássico Um Conto de Natal, eis alguns dos melhores filmes e telefilmes extraídos de títulos de sua autoria. Incluindo uma paródia e uma fita com os Marretas.

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O melhor de Charles Dickens no cinema e na televisão
‘Vida e Aventuras de David Copperfield’, de George Cukor (1935)

O escritor inglês Hugh Walpole adaptou ao cinema o livro de Charles Dickens, que mereceu aqui uma produção do melhor que Hollywood podia fornecer na altura, com David O. Selznick a supervisionar tudo e a MGM a colaborar, o distinto George Cukor a realizar e um elenco topo de gama. A começar por Freddie Bartholomew no papel do jovem David Copperfield, acompanhado por nomes como W.C. Fields (que era um profundo conhecedor da obra de Dickens), Basil Rathbone, Edna May Oliver, Lionel Barrymore ou Maureen O’Sullivan. É ainda hoje uma das mais aclamadas versões cinematográficas de David Copperfield.
‘Grandes Esperanças’, de David Lean (1946)

David Lean não foi apenas o realizador de superproduções como Lawrence da Arábia, A Ponte do Rio Kwai ou Doutor Jivago. O realizador inglês assinou também duas das mais conseguidas adaptações de clássicos de Charles Dickens, tendo Grandes Esperanças sido a primeira, ainda na ressaca da II Guerra Mundial. O argumento, em que Lean também participou, foi sugerido por uma versão para teatro do livro, sintetizada mas cuidadosamente fiel ao mesmo. John Mills, Sir Alec Guinness, Jean Simmons e Valerie Hobson encabeçam o elenco da fita, que Lean rodou com uma grande preocupação de realismo e respeito pelo espírito da obra.
‘As Aventuras de Oliver Twist’, de David Lean (1948)

Esta foi a segunda incursão de David Lean pela obra de Charles Dickens, proporcionada pelo grande sucesso de Grandes Esperanças, que chegou a ganhar dois Óscares. O filme tem todas as qualidades do seu antecessor, com a particularidade da actriz Kay Walsh, então casada com o realizador, e que tinha participado na escrita do argumento de Grandes Esperanças, interpretar a figura de Nancy, uma das personagens principais. Sir Alec Guinness surge de novo no elenco, agora no papel de Fagin, e Oliver é personificado por John Howard Davies, que se tornaria num importante produtor e realizador de televisão, associado a séries como Fawlty Towers ou Mr. Bean.
‘Oliver!’, de Carol Reed (1968)

‘Muito Obrigado, Sr. Scrooge’, de Ronald Neame (1970)

Há muitas adaptações ao cinema de Um Conto de Natal, de Charles Dickens, incluindo várias em desenho animado, e esta é uma das mais conseguidas, apesar de ter a forma de um musical, o que se deveu em boa parte à excelente recepção de Oliver! pelo público e pela crítica, dois anos antes. A partitura de Leslie Bricusse para este Scrooge (o seu título original) não está à altura da de Lionel Bart para Oliver!, mas este filme de Ronald Neame tem a seu favor a grande fidelidade ao livro, a qualidade da recriação da época e a estupenda interpretação de Albert Finney, então com apenas 34 anos, na pele do velho e avarento Ebenezer Scrooge.
‘A Christmas Carol’, de Clive Donner (1984)
O actor americano George C. Scott dá corpo a Ebenezer Scrooge neste telefilme realizado pelo veterano Clive Donner, e que é referido muitas vezes como sendo a melhor adaptação de todas de Um Conto de Natal, incluindo versões para cinema e para televisão. Scott traz ao seu Scrooge uma dureza e uma gravidade lúgubre que não encontramos na maioria dos actores que o precederam no papel, e Donner esmera-se na recriação da Londres vitoriana, incluindo dos aspectos menos agradáveis da cidade dessa época, e rodeia o intérprete de Patton de nomes como Edward Woodward, Susannah York, David Warner ou Frank Finlay. As sequências com o espectro de Marley e os três fantasmas podiam pertencer a um filme de terror.

‘Blackadder’s Christmas Carol’, de Richard Boden (1988)

‘O Conto de Natal dos Marretas’, de Brian Henson (1992)

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