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Game of Thrones
DRDiana Rigg no papel de Olenna Tyrell

O melhor de Diana Rigg no cinema e na televisão

Além de ‘Os Vingadores’ e ‘A Guerra dos Tronos’, a falecida Diana Rigg protagonizou vários bons filmes e séries de qualidade que convém recordar.

Escrito por
Eurico de Barros
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Diana Rigg, que nos deixou recentemente aos 82 anos, lançou a sua carreira na genial e histórica série Os Vingadores, nos anos 60, e no seu final teve uma participação inesquecível noutra série de dimensão planetária, A Guerra dos Tronos, já neste século. Pelo meio, a actriz fez muito teatro e entrou também em vários filmes memoráveis e de culto, bem como noutras séries e minisséries de televisão que marcaram este meio. No primeiro caso, temos títulos como 007 Ao Serviço de Sua Majestade, Matar ou Não Matar... ou Snow White; e no segundo, Rebecca ou The Mrs. Bradley Mysteries.

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O melhor de Diana Rigg no cinema e na televisão

‘Os Vingadores’ (1965-1967)

Diana Rigg tinha feito apenas algum teatro televisivo e entrado numa série quando foi escolhida para suceder a Honor Blackman e interpretar Emma Peel, a nova parceira de Patrick Macnee em Os Vingadores. A escolha propulsionou-a para a fama e conferiu-lhe o estatuto de ícone cultural. Bonita, sensual, sofisticada, inteligente e temível, a sua Emma Peel tinha uma química imbatível com o John Steed de Macnee, e graças às suas qualidades femininas e talento, à perfeita interacção entre ambos e aos brilhantes argumentos, que combinavam o policial de espionagem, a ficção científica e o humor nonsense, as três temporada que Rigg contabilizou em Os Vingadores foram as melhores da série.

‘007 – Ao Serviço de Sua Majestade’, de Peter Hunt (1969)

Este foi o único filme em que o actor australiano George Lazenby deu corpo a James Bond, e Diana Rigg foi interpretar a sua mulher, Tracy, com a qual 007 se casa em Portugal, para depois a ver morrer assassinada. A rodagem não foi pacífica, já que Lazenby e Rigg não se terão dado muito bem, mas a actriz saiu-se muito bem num filme onde a aposta foi feita na espectacularidade, ainda mais do que o costume nas produções de 007 devido à troca de Sean Connery por Lazenby, e entrou para a história da série ao personificar a única mulher com quem James Bond se casou.

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‘Matar ou Não Matar…’, de Douglas Hickox (1973)

Diana Rigg tem um dos seus melhores papéis no cinema, ao lado de Vincent Price, nesta comédia de terror muito negra (e vermelha de sangue). Rigg é Edwina Lionheart, a filha de Edward Lionheart (Price), um veterano actor shakespeareano a quem os críticos negam um importante prémio, preferindo distinguir um intérprete mais novo. Lionheart finge a sua morte e, com a ajuda da dedicadíssima filha, vai vingar-se dos críticos, um a um. Price e Rigg são um regalo a trabalhar juntos, saboreando as suas personagens até ao tutano.

‘Os Marretas Contra-Atacam’, de Jim Henson (1981)

Sim, Diana Rigg também entrou num dos vários filmes dos Marretas, e deu-se às mil maravilhas com todos estes, divertindo-se enormemente quer com o seu papel, quer com a sua companhia animada. Ela é Lady Holiday, uma sofisticadíssima criadora de moda inglesa cujas jóias são roubadas em Londres, um caso que Cocas, Fozzie e Gonzo vêm investigar para o jornal americano em que trabalham. Miss Piggy interpreta a recepcionista de Lady Holiday, pela qual nutre uma enorme admiração – ao ponto de se fazer passar por ela.

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‘Morte ao Sol’, de John Guillermin (1982)

A personagem que Diana Rigg interpreta, a rica e arrogante actriz Arlena Howard, é a vítima do crime nesta adaptação do livro de Agatha Christie em que Peter Ustinov volta a interpretar o detective Hercule Poirot. Mas até Arlena ser assassinada, Rigg espreme o sumo de antipatia da personagem até á última gota, fazendo-nos perceber porque é que praticamente todos os hóspedes do hotel de luxo em que a fita se passa têm razões para a querer ver morta. O filme inclui uma deliciosa sequência em que Diana Rigg e Maggie Smith, que faz a dona do hotel, interpretam uma canção juntas.

‘Snow White’, de Michael Berz (1987)

Esta rara adaptação musical da história de Branca de Neve é completamente dominada pela interpretação de Diana Rigg no papel da Rainha Má. Ela não se importava nada – pelo contrário – de interpretar vilãs e é muito difícil encontrar uma actriz que personifique melhor a aristocrática e maléfica madrasta da Branca de Neve. Rigg fá-lo com uma malevolência ora sobranceira, ora entediada, e ainda por cima canta bem. Só por ela, vale a pena ver esta produção da Cannon que acabou por adquirir estatuto de culto. Justíssimo, aliás.

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‘Rebecca’ (1997)

Foi graças à sua interpretação da azeda Sra. Danvers que Diana Rigg ganhou o Emmy de Melhor Actriz Secundária numa Minissérie, nesta versão para televisão do clássico de Daphne Du Maurier, que Alfred Hitchcock levou ao cinema em 1940 com Laurence Olivier, Joan Fontaine e Judith Anderson no papel aqui retomado por Rigg. A actriz contracena com Charles Dance e Geraldine James nesta Rebecca televisiva, e embora a sua Sra. Danvers continue a ser antipática e sinistra, Rigg dá-lhe uma dimensão mais tangivelmente humana.

‘The Mrs. Bradley Mysteries’ (1998-2000)

Esta série policial de época ficou inédita na televisão portuguesa, e nela Diana Rigg dá corpo a Adela Bradley, uma abastada e desempoeirada senhora da alta sociedade inglesa dos anos 30, que tem uma mansão, um impressionante e elegante guarda-roupa e um Rolls-Royce com chofer (Neil Dudgeon, mais tarde de Midsomer Murders) e é uma detective amadora de primeira água. A Sra. Bradley possui um muito pronunciado sentido de observação e de dedução, e Diana Rigg é simplesmente perfeita a interpretá-la, e sempre com um toque de picante e uma dose de humor.

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‘A Guerra dos Tronos’ (2013-2017)

Não foi por nunca ter visto A Guerra dos Tronos antes de entrar para o elenco da série, na terceira temporada, que Diana Rigg não se destacou, de imediato e com toda a naturalidade, no papel da manipuladora, espirituosa e sardónica Lady Oleanna Tyrell, a avó paterna de Margaery Tyrell. Foi uma personagem que ela interpretou com mais do que visível aplicação e gosto, e que lhe valeria uma série de nomeações aos Emmy entre 2013 e 2018, sempre na categoria de Melhor Interpretação como Actriz Convidada.

Os melhores filmes com...

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Foi modelo, estudou representação e fez algum teatro, antes de chamar a atenção de Bernardo Bertolucci, que lhe deu o primeiro papel no cinema em Os Sonhadores (2003). A partir daí, Eva Green nunca mais parou, e tornou-se na quinta actriz francesa a ser uma "Bond Girl", em 007: Casino Royale (2006).

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Jean Seberg nasceu nos Estados Unidos, mas foi em França, sob o olhar de Jean-Luc Godard, que se tornou um ícone. No entanto, o seu activismo político colocou-na na mira do FBI, que tentou (e conseguiu) destruir a sua imagem, a sua vida, e a sua carreira. Morreu em 1979, com 40 anos.

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Foi um dos nomes mais ilustres da Era de Ouro do cinema americano. Irmã da também célebre Joan Fontaine, com a qual não esteve nas melhores relações durante décadas, de Havilland protagonizou vários filmes imorredoiros e ganhou dois Óscares, por Lágrimas de Mãe, de Mitchell Leisen, em 1947, e A Herdeira, de William Wyler, em 1950.

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