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John Russo

Os melhores filmes de Leonardo DiCaprio

A propósito do trailer de "Once Upon a Time in Hollywood", escolhemos os oito melhores filmes de Leonardo DiCaprio.

Escrito por
Eurico de Barros
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À beira de fazer 45 anos, Leonardo Wilhelm DiCaprio é uma das poucas figuras do cinema americano que pode reivindicar o estatuto de estrela de cinema e ser, ao mesmo tempo, um actor considerado e respeitado. DiCaprio conseguiu ultrapassar a imagem de ídolo juvenil adquirida no início da carreira, sobretudo graças à sua participação em Titanic, e distinguir-se sob a direcção de vários dos mais exigentes realizadores de Hollywood. Enquanto esperamos pela estreia do seu novo filme, Once Upon a Time in Hollywood, de Quentin Tarantino, onde contracena com Brad Pitt, seleccionámos oito dos seus papéis imperdíveis. São os melhores filmes de Leonardo DiCaprio.

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Os melhores filmes de Leonardo DiCaprio

"A Vida Deste Rapaz", de Michael Caton-Jones (1993)

Robert De Niro escolheu pessoalmente Leonardo DiCaprio para fazer o papel de seu enteado nesta fita adaptada do livro de memórias do escritor Tobias Wolff, e passada nos anos 50, entre mais de 400 jovens actores que aspiravam ao papel, e ainda o recomendou a Martin Scorsese. E, aos 19 anos, no seu primeiro papel de destaque, DiCaprio corresponde plenamente à confiança de De Niro, estando à altura do padrasto boçal e bruto que este interpreta. Eles, e Ellen Barkin na mãe do rapaz, fazem valer um filme que de outra forma se apresenta como apenas competente.

"Gilbert Grape", de Lasse Hallstrom (1993)

Johnny Depp poderá ser o principal intérprete deste drama familiar, e a sua personagem dar-lhe o título, mas é a interpretação de Leonardo DiCaprio na figura de Arnie, o irmão doente mental de Gilbert, que fica connosco depois de vermos o filme. É um papel de um verismo que chega a beirar o incómodo, com uma grande componente de improvisação, em que o actor evita as armadilhas e as facilidades associadas à personificação de alguém com problemas mentais, nomeadamente, procurar a piedade ou a condescendência do espectador. DiCaprio foi nomeado ao Óscar de Melhor Actor Secundário.

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"Grito de Revolta", de Scott Kalvert (1995)

Baseado no livro autobiográfico do escritor e músico Jim Carroll, que se viciou em heroína no liceu, comprometendo uma carreira brilhante como jogador de basquetebol e afectando as suas ambições literárias, este filme sofrível tem como único motivo para o vermos o papel de DiCaprio, que personifica Carroll. E o que ele tinha feito com o Arnie de Gilbert Grape, faz aqui com Carroll: interpreta com total verosimilhança um jovem que cai na toxicodepência e depois na delinquência, sem recorrer a tiques, trejeitos ou expedientes dramáticos básicos e gratuitos.

"Titanic", de James Cameron (1997)

Esta superprodução sobre o naufrágio do Titanic transformou Leonardo DiCaprio numa estrela de cinema internacional, num actor de grande valor comercial e num ídolo adolescente (e ele tinha começado por recusar o papel de Jack Dawson). Mas que nada diste oculte o facto de DiCaprio ser um dos actores mais trabalhadores a bordo do fatídico paquete. No seu Jack, ele junta o carisma nato e a fotogenia magnetizadora dos jovens galãs do cinema clássico, a um inesgotável vigor e uma imediata e intensa credibilidade da sua personagem, a que lhe acrescenta uma simpatia insolente e irresistível.

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"Diamante de Sangue", de Edward Zwick (2006)

O aspecto juvenil de Leonardo DiCaprio tem funcionado contra ele nalguns filmes em que interpretou personagens mais velhas e com uma componente pronunciadamente máscula ou muito vivida. Não foi o caso deste Diamante de Sangue, onde Leo é inteiramente credível na figura de Danny Archer, um batido e cínico ex-mercenário e traficante de armas e diamantes rodesiano, que se vê envolvido numa perigosa intriga na Serra Leoa. Da composição geral ao sotaque, o Danny de DiCaprio é inatacável, e o papel deu-lhe a nomeação ao Óscar de Melhor Actor.

"Revolutionary Road", de Sam Mendes (2008)

Leonardo DiCaprio reencontra neste filme Kate Winslet, a sua parceira romântica de Titanic, mas as personagens dos dois em Revolutionary Road não podiam estar mais longe do Jack e da Rose da fita de James Cameron. Adaptando um romance de Richard Yates, este filme retrata as aspirações e ds frustrações de Frank e April Wheeler, um típico casal suburbano nos EUA da próspera e optimista década de 50, e DeCaprio é formidável no homem que quer, tal como a sua mulher, mudar radicalmente de vida, mas hesita por causa dos lastros de uma existência familiar convencional.

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"O Lobo de Wall Street", de Martin Scorsese (2013)

Foi Martin Scorsese que se lembrou de “puxar” pelos dotes cómicos de Leonardo DiCaprio neste filme sobre Jordan Belfort, um pequeno corretor de Long Island que nos anos 90 se transformou, e à sua firma, a Stratton Oakmont, num sinónimo de excesso sem barreiras e burla desbragada nos meios da finança novaiorquina. Belfort era um vigarista ultra-ganancioso sem qualquer prurido moral ou travão ético, e com um descaramento descomunal, e DiCaprio interpreta-o frisando com gosto e a traço grosso, todas as facetas da personagem, do adúltero ao debochado, do pato-bravo ao malabarista da fraude.

"The Revenant – O Renascido", de Alejandro González Iñárritu (2015)

Após quatro nomeações aos Óscares (uma de Actor Secundário e três de Melhor Actor), Leonardo DiCaprio ganhou finalmente a mais importante estatueta de interpretação masculina com o seu papel neste mastodôntico e excessivo proto-western do mexicano Alejandro González Iñárritu. DiCaprio faz uma personagem real, o caçador de peles Hugh Glass, que nos EUA do princípio do século XIX foi deixado por morto pelos membros do seu grupo de caça, após ter sido atacado por um urso, e conseguiu sobreviver e voltar a casa. Foi, segundo ele, “a interpretação mais dura de toda a minha carreira”. E o Óscar vale não só por ela mas também por tudo por que DiCaprio passou na exigentíssima e conflituosa rodagem.

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