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Naomi Watts

Os melhores filmes de Naomi Watts

No dia em que estreia no Netflix a série 'Gypsy', com Naomi Watts no papel de uma psicóloga de ética, digamos, pouco ortodoxa, escolhemos os melhores filmes em que a actriz participou.

Escrito por
Rui Monteiro
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Já anda nisto do cinema e da televisão desde 1986, foi nomeada para dois Óscares e mais um rol de prémios, entrou em quase meia centena de longas-metragens, mas apenas um pequeno punhado dos filmes em que participou têm o que se costuma chamar “qualidade”. Más escolhas, mau agenciamento, incapacidade para dizer não? Seja como for, aqui ficam os cinco melhores filmes de Naomi Watts.

Os melhores filmes de Naomi Watts

Mulholland Drive (2001)

O que eu andei para aqui chegar, bem pode dizer a actriz nascida em Inglaterra, criada na Austrália e, já em Hollywood, ao fim de muito filme e televisão entre o assim-assim e o francamente mau, finalmente recrutada por David Lynch e tornada uma estrela – o que curiosamente só melhorou ligeiramente a qualidade das películas e séries em que tem participado desde então, sendo muitas as xaropadas e, claro, o cinema de terror. Adiante, que esta é outra conversa. Foi então em Mulholland Drive, filme que já foi considerado o melhor deste século, motivo das mais variadas e estrambólicas interpretações e que constitui, sem dúvida, um dos maiores desafios para a capacidade de decifração simbólica dos espectadores, que Naomi Watts ganhou notoriedade. Ela entrega-se com um fervor quase místico ao papel de Betty Elms, uma rapariga da província a tentar a sorte como actriz em Hollywood, a quem acontece tudo menos o que ela esperava, que vive várias vidas e já nem distingue realidade de ficção ou desejo.

+ Viagem ao estranho mundo de David Lynch

Os Psico-Detectives (2004)

A primeira comédia de Naomi Watts, ao contrário dos filmes de terror que nunca a largaram, só chegou em 2004, nesta obra, por assim dizer, existencialista, de David O. Russell. Ela é Dawn Campbell, uma modelo tão superficial que precisa de conhecer os detectives psicológicos interpretados por Dustin Hoffman e Lily Tomlin para ficar a saber dos seus próprios conflitos emocionais e assim compreender que tudo o que achava importante e fabuloso, afinal, não era nada de especial. O que lhe abre perspectiva de vida que, enfim, só visto, pois o argumento e a realização são uma espécie de carrossel desgovernado com final mais ou menos feliz.

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Promessas Perigosas (2007)

Apesar de muitos serem os filmes de terror da sua carreira, esta película de David Cronenberg (que se iniciou no género e levou o terror psicológico cinematográfico por caminhos nunca antes desbravados) é, com certeza, um dos filmes mais negros em que Naomi Watts trabalhou. Com Viggo Mortensen a dar-lhe boa réplica, o papel de Anna Ivanov, uma parteira que testemunha a morte de uma adolescente durante um parto em condições no mínimo precárias, é desenvolvido pela actriz como uma viagem ao inferno representado pelo mundo dos mafiosos russos em Londres.

Brincadeiras Perigosas (2007)

O filme de Michael Haneke é, mais plano, menos plano, exactamente o mesmo que realizou em 1997, apenas mudando o cenário para os Estados Unidos e tornando as personagens uma típica família americana jovem e endinheirada. O que não lhe retira um pingo de sangue e muito menos diminui a pressão psicológica exercida sobre as vítimas (e os espectadores, que o enredo está longe de ser fácil de digerir) desta invasão domiciliária de dois jovens aperaltados, educados e simpáticos, no entanto assassinos em série, que lhes fazem a vida o maior dos tormentos. Naomi Watts, entretanto tornada uma especialista em personagens aterrorizadas por pessoas ou circunstâncias, é brilhantemente convincente na sua descida ao inferno da humilhação e do medo a que é sujeita.

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Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (2014)

Parece menor, mas a personagem de Lesley é uma das mais difíceis da carreira de Naomi Watts, uma das melhores e mais versáteis das suas interpretações, e tem um papel fundamental no desenvolvimento da história filmada por Alejandro González Iñárritu, nomeada para Óscar de Melhor Filme. Aqui o protagonista é Riggan Thomson (Michael Keaton), actor famoso pela sua interpretação de um super-herói entretanto desactivado pelos estúdios, que arrisca tudo o que tem, em dinheiro e reputação profissional, ao produzir, dirigir e interpretar uma peça na Broadway. E Watts é uma das actrizes do elenco, mostrada pelo realizador como actriz compenetrada e séria durante os ensaios, porém desaustinada e aterrorizada com a aproximação da estreia cada vez que sai de cena e vive a sua vida.

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