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Kevin Spacey
Photograph: Tawni Bannister

Os melhores papéis de Kevin Spacey: dez personagens memoráveis

O actor americano é o apresentador dos prémios Tony deste ano, uma boa oportunidade para recordarmos dez das suas melhores interpretações no cinema e na televisão

Escrito por
Eurico de Barros
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De Os Suspeitos do Costume, Seven-Sete Pecados Mortais ou Beleza Americana no cinema, até House of Cards na televisão, eis uma dezena de momentos altos da carreira de Kevin Spacey, actor, realizador e também director do Old Vic em Londres.

Os melhores papéis de Kevin Spacey: dez personagens memoráveis

‘Isto (Não) é um Rapto’, de Ted Demme (1994)

Kevin Spacey era já um respeitado actor de teatro, tinha-se feito notar na televisão, na série policial Wiseguy e interpretado alguns papéis secundários elogiados, quando personificou o detestável chefe de uma família de classe média suburbana nesta muito elogiada comédia satírica. A sua casa é assaltada na véspera de Natal por um ladrão (Denis Leary), que faz a família refém, descobrindo-se rodeado de fel, de acinte e de pessoas manipuladoras e sem carácter.

‘Os Suspeitos do Costume’, de Bryan Singer (1995)

O estranho mas aparentemente inócuo Verbal Kint, único sobrevivente de um massacre de um grupo de malfeitores neste engenhoso e intrigante filme policial de Bryan Singer, foi um papel decisivo para Spacey, dando-lhe muita visibilidade e o Óscar de Melhor Actor Secundário. Poderia também tê-lo “condenado” a ser o chamado “actor característico”, especializado em bons papéis de segundo plano, mas isso não viria a suceder.

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‘Seven-Sete Pecados Mortais’, de David Fincher (1995)

O ano de 1995 foi decisivo para Kevin Spacey, pois entrou em dois dos melhores e mais importantes filmes da sua carreira. O primeiro foi o referido Os Suspeitos do Costume e o segundo este Seven-Sete Pecados Mortais, onde contracena com Brad Pitt e Morgan Freeman e aparece apenas na recta final. Mas o seu John Doe, um assassino em série psicopata e imperturbável, é uma das personagens malignas inesquecíveis do cinema americano.

‘L.A. Confidencial’, de Curtis Hanson (1997)

Nesta excelente adaptação do livro homónimo de James Ellroy, inspirado em factos reais e passado na Los Angeles dos anos 50, com um enredo que tem ramificações em Hollywood e mergulha as mão bem fundo nos seus podres, Kevin Spacey personifica Jack Vincennes, um polícia algo oleoso que quer ser o equivalente de uma estrela de cinema nas funções que desempenha. Guy Pearce e Russell Crowe dão-lhe réplica (mas não lhe fazem sombra).

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‘Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal’, de Clint Eastwood (1997)

Passado no Sul dos EUA, este filme de Clint Eastwood baseado no livro de John Berendt põe Kevin Spacey a personificar Jim Williams, um afectado coleccionador de arte, vendedor de antiguidades e homossexual semi-discreto, que se vê acusado de matar o seu jovem e violento amante, socialmente muito inferior. É uma interpretação esquiva, toda em nuances e meias-tintas, de uma personagem tão excêntrica como o enredo da fita.

‘Beleza Americana’, de Sam Mendes (1999)

Kevin Spacey chegou ao Óscar de Melhor Actor com o seu papel neste drama de Sam Mendes. Ele é Lester Burnham, um quarentão na crise da meia-idade, farto da mulher, farto da família, farto do emprego, farto daquilo em que se tornou e apaixonado pela melhor amiga da filha. Spacey é formidável no simpático mas patético Burnham, a encarnação do falhanço do sonho americano, representado pela existência confortável, conformada, vácua, da classe média afluente suburbana.

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‘Bobby Darin-O Amor é Eterno’, de Kevin Spacey (2004)

O segundo filme realizado por Spacey após Albino Aligator (1996), é uma biografia do cantor e actor Bobby Darin, que morreu com apenas 37 anos, em 1973. Foi um risco para Spacey, que interpreta alguém bastante mais novo que ele, mas resolve o problema logo no início: Darin vai fazer um filme biográfico e é interpelado por um repórter que o questiona sobre a sua idade. E sai-se muito bem, tendo também cantado as canções em vez de jogar pelo seguro e ser dobrado.

‘Casino Jack-O Dinheiro dos Outros’, de George Hickenlooper (2010)

Como sucede até aos melhores actores, Kevin Spacey entrou em vários filmes onde as interpretações são muito melhores dos que os filmes em si. Este é um deles. Spacey dá corpo a Jack Abramoff, um dos mais poderosos “lobbystas” de Washington, que se envolveu num enorme esquema de corrupção em cadeia. Uma personagem real que como que antecipa, embora ainda em bruto, o Francis Underwood de House of Cards.

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‘O Dia Antes do Fim’, de C.J. Chandor (2011)

Uma das qualidades de Kevin Spacey é que pode interpretar um refinado canalha num filme e um homem honesto até ao tutano no seguinte, sem que ninguém estranhe, nem que soe falso ou que esteja deslocado num ou no outro. Em O Dia Antes do Fim, Spacey é um alto quadro de uma grande empresa financeira em colapso por causa da crise, um homem com consciência e ética apanhado num turbilhão de pânico onde cada qual quer salvar a pele e o emprego.

‘House of Cards’, vários realizadores (2013-)

Chamar “maquiavélico” a Frank Underwood, o anti-herói desta série de televisão passada nos centros do poder de Washington, é como chamar mal-comportado a Átila. Ele é um génio do mal da política, que mata quer quem lhe saia ao caminho para impedir a sua marcha rumo ao topo, quer quem queira encurtar a sua estadia lá. Spacey vive Underwood como se ele fosse a destilação final de todos os vilões que interpretou: um tubarão sob forma humana, com a manha de 10 raposas e amoralidade de outros tantos serial killers.

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