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La matanza de texas
© DRTexas Chainsaw Massacre

Os melhores filmes para ver no Halloween

Se no Halloween o plano passar por ficar em casa, tem muito para temer. Prepare o coração e espreite os filmes abaixo.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Quem diz Halloween diz cinema de terror, e quem diz cinema de terror diz John Carpenter, Tobe Hooper e Dario Argento, entre outros mestres do género. Claro que é possível fazer uma lista alusiva à época mais abrangente, até com filmes para toda a família, mas não é isso que aqui se quer. Estes são os melhores filmes para se arrepiar no dia das bruxas: de Massacre no TexasHalloween – O Regresso do Mal. Porque a noite de 31 de Outubro pede uma boa sessão de cinema de nos fazer tapar os olhos de medo sem qualquer tipo de vergonha.

Recomendado: Os 100 melhores filmes de terror de sempre

Os melhores filmes para ver no Halloween

1. ‘Nosferatu, o Vampiro’, F.W. Murnau (1922)

Le Manoir du Diable, uma curta de três minutos filmada por Georges Méliès em 1896, é considerado o primeiro filme de terror. E de vampiros. Mas o primeiro clássico vampiresco? Esse é sem dúvida Nosferatu, O Vampiro (1922), de F. W. Murnau. Um plágio – perdão, adaptação não-autorizada – do Drácula de Bram Stoker, cujo génio e influência continuam a fazer-se sentir. A forma como Murnau ilumina as cenas e as desenvolve como um torvelinho de sentimentos, por si só é suficiente para a criação da atmosfera densa e misteriosa que ainda hoje tantos realizadores procuram.

2. ‘Frankenstein’, James Whale (1931)

O doutor Henry Frankenstein (aqui interpretado por Colin Clive) não é o monstro nem se transforma em nenhum monstro. É, sim, o criador do monstro (Boris Karloff) propriamente dito. Posto isto, o realizador, que voltou a Frankenstein inúmeras vezes, fartou-se de aparar e de se permitir a liberdades criativas em relação ao romance de Mary Shelley, mas manteve aquele ambiente gótico industrial acrescentando um tom "fim dos tempos" que só a ciência podia evitar, mesmo quando efectivamente ficava fora de controlo.

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3. ‘A Parada dos Monstros’, Tod Browning (1932)

Além de um filme de terror, A Parada dos Monstros (Freaks, no original) é uma terna e humaníssima história de amor e traição. O realizador, Tod Browning, que no seu tempo fugiu da escola para se juntar a um circo ambulante, reúne uma colecção de bizarras criaturas (e também soberbos actores) para contar como a linda trapezista Cleo (Olga Baclanova) casa com o anão Hans (Harry Earles) pelo seu dinheiro e o envenena na primeira oportunidade. Browning narra a vida na estrada com grande afeição e sentido de humor, como se pode ver na cena em que um homem casa com uma irmã siamesa, mas é incapaz de suportar a outra.

4. ‘O Exorcista’, William Friedkin (1973)

William Friedkin criou um filme de terror singular: brutal e belo, artístico e especulativo, explorando estranhos conceitos religiosos em confronto com o desejo de precisão científica do cientista agnóstico. E não se deixem enganar, pois apesar de pejado de ideias fartamente discutidas nos meios científicos, religiosos, e capaz de um poder de observação extremo sobre os sentimentos humanos, O Exorcista é um verdadeiro filme de terror, já que o seu propósito é sempre chocar, assustar, horrorizar o mais possível o espectador.

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5. ‘Massacre no Texas’, Tobe Hooper (1974)

Massacre no Texas é uma sátira implacável da luta de classes em versão americana (a sobrevivência do mais forte, ou pelo menos do mais faminto). A situação habitual nestes filmes de terror em que a aventura de um grupo de adolescentes, longe da civilização, acaba por correr horrivelmente mal, é aqui levada ao extremo. Em síntese: encontram um grupo de talhantes dementes que os perseguem com serras eléctricas e outros acessórios.

6. ‘Suspiria’, Dario Argento (1977)

Suspiria não tem muito que contar em termos de intriga. Uma ingénua americana, Suzy, interpretada por Jessica Harper, demora a perceber no que é que se meteu – que a escola de ballet que frequenta na Alemanha é uma fachada para as actividades de um grupo de bruxas. Todavia, a forma arrojada como o realizador Dario Argento, o mestre incontestado do cinema de terror em italiano, utiliza a cor e a música nesta elegantemente coreografada dança de morte, mais do que compensam o guião esquemático. Sem dúvida uma tentativa de fazer o filme mais assustador de sempre sem quaisquer outras preocupações. 

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7. ‘Halloween – O Regresso do Mal’, John Carpenter (1978)

Há quem goste de apontar Uma História de Natal, de Bob Clark, como o início do subgénero slasher. Porém, foi este estrondoso êxito de John Carpenter (isto é, 70 milhões de dólares de receita para um orçamento de 300 mil dólares) que confirmou e cimentou o potencial destes filmes. Portanto, esqueçam-se todos os mascarados ambiciosos com uma catana na mão à solta nos subúrbios que vieram depois, e observem-se os movimentos de câmara criados por Carpenter, a cuidada elaboração das sombras num quase sofisticado claro-escuro, a presença do vilão que Michael Myers interpreta como um assassino tão eficaz como o tubarão em Tubarão, para verificar como, quatro décadas depois, o filme permanece à beira da perfeição.

8. ‘Alien – O Oitavo Passageiro’, Ridley Scott (1979)

As pessoas lembram-se da componente visual do filme. Uma nave espacial encontrada no espaço com estranhos ovos lá dentro. Um organismo a saltar do interior de um deles e a agarrar-se a um dos exploradores do cenário, deixando-o em coma. Nuvens de poeira suspensas no ar. Uma atmosfera carregada de intimações de coisas más. Mas Alien – O Oitavo Passageiro, de Ridley Scott, vai mais longe. É também um filme revolucionário, ao transformar uma mulher, a Ripley de Sigourney Weaver, numa das mais icónicas figuras do cinema de acção, dentro ou fora da ficção científica.

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9. ‘Shining’, Stanley Kubrick (1980)

Shining é um filme icónico, uma obra-prima de assassinato e claustrofobia. Mas, diga-se desde já que Stephen King, autor do romance aqui adaptado, não ficou nem um bocadinho impressionado, pois, segundo afirmou, Stanley Kubrick, além de céptico em relação a fantasmagorias, era um homem que pensava demais e sentia pouco. Para King, o cineasta tinha retirado os elementos sobrenaturais da história, ao caracterizar Jack Torrance (Jack Nicholson) como torturado pelo alcoolismo e não por fantasmas. Para outros, provavelmente a maioria, a obra de Kubrick é um arrepiante estudo sobre o caminho para a insanidade e a frustração do falhanço.

10. ‘Poltergeist’, Tobe Hooper (1982)

O cenário é uma paisagem suburbana semelhante à de ET: O Extraterrestre, só que desta vez a presença sobrenatural no meio da família tradicional não é um simpático alien mas sim uma ameaça inesperada. Se quisermos resumir a história numa frase, seria esta: a sua televisão vai comê-lo. Dirigido por Tobe Hooper, também o autor de Massacre no Texas, Poltergeist é um comentário ácido ao materialismo americano mascarado de filme de terror. Steven Spielberg produziu e esteve envolvido em todo o processo, os efeitos visuais foram pioneiros e são ainda hoje excelentes. Mas o susto mais inesquecível é provocado por métodos mais tradicionais: um palhaço de brinquedo possuído por espíritos malignos.
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11. ‘Veio do Outro Mundo’, John Carpenter (1982)

É chegado o momento, olhando para trás, de reconhecer que, na filmografia de John Carpenter, Veio do Outro Mundo (The Thing, na versão original) acabou por ultrapassar Halloween e O Nevoeiro como o pico artístico assustador. Remake de um filme homónimo de 1951 (por sua vez baseado num livro de John W. Campbell, Who Goes There), a versão de Carpenter é brilhantemente paranóica. Ainda por cima esta história de terror passada nas neves remotas da Noruega tem alguns dos efeitos especiais mais impressionantes jamais vistos no cinema, cortesia do génio Rob Bottin.

12. ‘O Projecto Blair Witch’, Daniel Myrick e Eduardo Sánchez (1999)

Quando, a 20 de Outubro de 1994, três estudantes de cinema chegam à aldeia de Blair, no Maryland, para investigar uma velha lenda de uma bruxa, não esperavam o que estava para acontecer. Munidos das suas câmaras e com o plano traçado, Heather Donahue, Joshua Leonard e Michael Williams entrevistam várias pessoas antes de se aventurarem na floresta onde, misteriosamente, acabam por desaparecer. Um ano depois, as cassetes foram encontradas.

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13. ‘28 Dias Depois’, Danny Boyle (2002)

Cada geração tem os zombies que merece. E, segundo Danny Boyle, os desta geração estão carregadinhos de raiva. Senão vejamos: um grupo de activistas liberta de um laboratório chimpanzés infectados por um vírus, doença que rapidamente se espalha pela população do Reino Unido, transformando as pessoas em zombies. Um mês depois deste acontecimento, num hospital londrino, Jim, um ciclista estafeta, acorda do seu estado de coma para encontrar a cidade envolvida num estranho e profundo silêncio. Daqui em diante, cenas há de arrepiar a espinha.

14. ‘The Conjuring – A Evocação’, James Wan (2013)

Na década de 1970 há algo de muito errado a acontecer na residência dos Perron. Ed e Lorraine Warren, dois especialistas em casos paranormais, são chamados a intervir e estão determinados em resolver o problema. Mas a história é muito mais complicada do que aquilo que podiam imaginar, e os Warren, que contavam até então com uma vasta experiência na área, estão perante o maior desafio que alguma vez encontraram.

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15. ‘It’, Andy Muschietti (2017)

É muito difícil a qualquer adaptação à televisão ou ao cinema fazer justiça a It, um dos livros mais longos de Stephen King, com uma história cheia de personagens, de peripécias, de informação, e um vilão que é muito mais do que aquilo que aparenta. Esta versão recente para cinema, do argentino Andy Muschietti (Mamã), tenta resolver o problema com dois filmes. O primeiro (o presente) cobre os acontecimentos referentes à juventude dos sete protagonistas e ao seu primeiro confronto com Pennywise, o palhaço sobrenatural.

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