“Soubesse eu escrever que não estava com demoras.” As palavras foram proferidas em finais do século XIX pelo operário tabaqueiro Custódio Gomes, após uma recusa de um jornal em publicar uma notícia sobre as condições de vida destes operários. O jornal A Voz do Operário nasceu pouco tempo depois, em 1879. Hoje o edifício da rua com o mesmo nome alberga uma escola e o fantasma de Custódio, que vive no salão de festas da instituição, onde faz a sua vida. Consta que ele gostava tanto do projecto que se recusou a deixá-lo. Abre as cortinas do palco, as janelas para arejar o ambiente e só vagueia pelos corredores durante a noite, quando estão vazios. Não vá alguma criancinha fazer xixi nas calças.