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89th Oscars, Academy Awards
Image Group LA / ©A.M.P.A.S.

Óscares 2018: os palpites dos críticos da Time Out Lisboa

Os críticos Eurico de Barros e Rui Monteiro partilham os seus palpites sobre os grandes vencedores da 90ª edição dos Óscares, que serão conhecidos este domingo à noite (ou madrugada de segunda-feira) no Dolby Theatre, em Los Angeles.

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Não perca o nosso Especial Óscares 2018

É favor não meterem água
©Merrick Morton

É favor não meterem água

A Academia é conhecida pela sua aversão a comédias e por não costumar ligar muito ao cinema fantástico, de terror e de ficção científica, que costuma ser distinguido nas categorias técnicas e secundárias. (Fenómenos como a vitória com pleno de Óscares de O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei, em 2004, são excepções que sublinham a regra a traço grosso.) E logo no ano em que a Academia decide dar 13 nomeações a um título do género, elas foram na direcção errada, para o mal amanhado, inverosímil, simplista e tendencioso A Forma da Água, de Guillermo Del Toro.

Há mais e muito melhor cinema, para onde quer que se olhe, da escrita à realização e às interpretações, em Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh, Linha Fantasma, de Paul Thomas Anderson, e em Dunquerque, de Christopher Nolan, que ficaram todos atrás da fita de Del Toro em número de nomeações.

A haver um mínimo de justiça (que também costuma ser muito variável nos Óscares), as principais estatuetas deveriam ser distribuídas por Três Cartazes à Beira da Estrada e Linha Fantasma. Sem esquecer o fenómeno Lady Bird – A Hora de Voar, de Greta Gerwig, através do Óscar de Melhor Actriz Secundária, e com os de Filme Estrangeiro e Animação a irem para O Quadrado, e para Coco, da Pixar, aquele a desafiar o politicamente correcto, este a elogiar a tradição através da mais avançada animação digital.

Não metam é água (a de Del Toro).

Melhor Filme
©DR

Melhor Filme

Linha Fantasma, de Paul Thomas Andersen

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Melhor Actor
©DR

Melhor Actor

Daniel Day-Lewis, em Linha Fantasma

Melhor Actriz
Merrick Morton

Melhor Actriz

Frances McDormand em Três Cartazes à Beira da Estrada

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Melhor Realizador
Photo : Laurie Sparham / Focus Features

Melhor Realizador

Paul Thomas Anderson, por Linha Fantasma

Melhor Argumento Original

Melhor Argumento Original

Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh

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Melhor Filme Estrangeiro

Melhor Filme Estrangeiro

O Quadrado - Suécia

Melhor Actriz Secundária
Photograph: Corey Nickols

Melhor Actriz Secundária

Laurie Metcalf em Lady Bird – A Hora de Voar

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Melhor Actor Secundário
Courtesy of Twentieth Century Fox.

Melhor Actor Secundário

Sam Rockwell em Três Cartazes à Beira da Estrada

Melhor Argumento Adaptado
Courtesy of STXfilms

Melhor Argumento Adaptado

Jogo de Alta Roda, de Aaron Sorkin

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Melhor Filme de Animação
Pixar

Melhor Filme de Animação

Coco, da Pixar

E a palavra-chave é... representação
Photo Courtesy of Focus Features

E a palavra-chave é... representação

Houve um momento em que a cerimónia de distribuição de Óscares deixou de ter o cinema como tema. Foi ao tempo. É difícil precisar. Todavia aconteceu, e ganhou fôlego até ser um desapontamento quando alguém não parte a louça. Terá sido quando o desfile de moda na passadeira vermelha se tornou um acontecimento em si? Ou se calhar por motivos menos mundanos, quando Marlon Brando protestou contra o tratamento dos índios americanos enviando a activista apache Sacheen Littlefeather explicar o porquê? Ou foi na altura em que Vanessa Redgrave chamou “punhado de arruaceiros sionistas” a um grupo de judeus que protestavam contra o seu apoio à causa palestiniana? Ou quando Meryl Streep…

Seja qual for a data, no ano em que Sean Penn clamou pelos direitos da comunidade gay, o protesto dos vencedores e a ironia, quando não o sarcasmo em estado puro de alguns apresentadores, eram a normalidade. De certo modo, uma imagem de marca. Assim será na 90ª oscarização pelas razões que toda a gente conhece e vêm fazendo o seu caminho ao longo da temporada de prémios. Resta saber a forma, mas é certo. Pois em causa estão igualdade e representação, isto é, direitos fundamentais para os quais, digamos, o protestantismo estelar está particularmente mobilizado; pelas melhores razões, aliás.

É chato a atenção estar desfocada em ano em que a qualidade dos filmes quase iguala a sua diversidade estética e temática. Porém, bem vistas as coisas, nem isso interessa. Importa é que ganhem os nossos filmes, os nossos realizadores, as nossas actrizes e os nossos actores… Né? 

Melhor Filme
©DR

Melhor Filme

Linha Fantasma, de Paul Thomas Andersen

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Melhor Actor
©DR

Melhor Actor

Daniel Day-Lewis, em Linha Fantasma

Melhor Actriz
Courtesy of Twentieth Century Fox.

Melhor Actriz

Frances McDormand em Três Cartazes à Beira da Estrada

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Melhor Realizador
Photo : Laurie Sparham / Focus F

Melhor Realizador

Paul Thomas Anderson, por Linha Fantasma

Melhor Argumento Original

Melhor Argumento Original

Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh

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Melhor Filme Estrangeiro
©DR

Melhor Filme Estrangeiro

O Quadrado - Suécia

Melhor Actriz Secundária
Netflix

Melhor Actriz Secundária

Mary J. Blige, em Mudbound – As Lamas do Mississípi

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Melhor Actor Secundário

Melhor Actor Secundário

Willem Dafoe, em The Florida Project

Melhor Argumento Adaptado
Netflix

Melhor Argumento Adaptado

Mudbound – As Lamas do Mississípi, de Virgil Williams e Dee Rees

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Melhor Filme de Animação
©DR

Melhor Filme de Animação

A Paixão de Van Gogh

Mais Óscares

Os filmes que ganharam mais Óscares
  • Filmes

No dia em que foram anunciadas as nomeações para a cerimónia de 2018, dizemos-lhe quais os filmes com o maior número de estatuetas no currículo. Titanic, Ben-Hur, a terceira parte da trilogia O Senhor dos Anéis ou West Side Story-Amor sem Barreiras estão entre os filmes recordistas de Óscares na história do cinema. 

Óscares: dez discursos polémicos
  • Filmes

O escândalo rebentou, as denúncias multiplicaram-se e a onda de contestação e apoio assaltou Hollywood com a hashtag #metoo à cabeça. Nos Globos de Ouro já se ouviram discursos fortes, como o de Oprah, e a passadeira vermelha fez-se em tons de negro como forma de protesto. É por isso de esperar discursos controversos na cerimónia dos Óscares deste ano, que acontece a 4 de Março. 

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  • Filmes

Alguns, como John Williams, alinham Óscares uns atrás dos outros com grandiloquência. Outros, como Nino Rota ou Henri Mancini, são mais discretos. E Ryuchi Sakamoto, então, cria ambientes como poucos, ou talvez só como Max Steiner outrora o fez. Sete exemplos excepcionais e bastante distintos seguem já a seguir. São bandas sonoras inesquecíveis – e premiadas pela Academia de Hollywood com o Óscar. 

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