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Pistol
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‘Pistol’, um regresso à Londres feia, suja e furiosa dos anos 1970

Danny Boyle recria a época e as circunstâncias do advento dos Sex Pistols, assim como a sua breve e bagunçada existência.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★★☆☆

Como o mundo muda. Em 1976, Johnny Rotten (aliás, John Lydon), dos Sex Pistols, berrava, em Anarchy in the U.K.: “I am an anti-Christ, I am an anarchist”. Hoje, Lydon apoia Donald Trump e lamentou a morte de Isabel II nas redes sociais. A série Pistol (Disney+), realizada por Danny Boyle, é baseada na autobiografia Lonely Boy, de Steve Jones, o guitarrista da banda, e daí o título no singular e o ponto de vista deste. Os Sex Pistols foram a maior, mais provocatória e caótica expressão musical do niilismo feio, sujo, furioso e primário da subcultura punk na Inglaterra dos anos 70, e a série traça a sua formação, ascensão e extinção. Lydon tentou evitar, em tribunal, que as músicas da banda fossem usadas e classificou-a de “fantasia da classe média”. Seja como for, Boyle faz um trabalho razoável na recriação da época, das circunstâncias do advento dos Pistols, e da sua breve e bagunçada existência, frisando a contribuição de Vivienne Westwood e Malcolm McLaren para o look e o verniz político anti-sistema do grupo, embora o desengonçado estilo visual seja muito reminiscente de Trainspotting. Sydney Chandler é uma boa Chrissie Hynde, Julien Temple aparece a filmar e quem quiser saber mesmo tudo sobre os Pistols, tem o seu documentário The Filth and the Fury.

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