
Sete filmes críticos de Hollywood rodados em Hollywood
Com 'Mank' em exibição na Netflix, fomos buscar um punhado de filmes em que Hollywood faz a sua autocrítica.
Mank, de David Fincher, já disponível na Netflix, retrata o célebre argumentista Herman J. Mankiewicz, que escreveu O Mundo a Seus Pés, de Orson Welles, e inclui-se naquele género de filmes críticos da indústria do cinema americano, que são ambientados nessa mesma indústria e saem do seu interior. Seleccionámos aqui sete outros títulos rodados desde a década de 50 em que Hollywood faz o seu acto de contrição e se flagela a si própria, com maior ou menor ferocidade, e assinados por cineastas tão distintos, variados e premiados como Billy Wilder, Vincente Minnelli, John Schlesinger ou Robert Altman.
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Sete filmes críticos de Hollywood rodados em Hollywood
‘O Crepúsculo dos Deuses’, de Billy Wilder (1950)

‘Cativos do Mal’, de Vincente Minnelli (1952)

‘O Dia dos Gafanhotos’, de John Schlesinger (1975)

‘Barton Fink’, de Joel e Ethan Coen (1991)

Nos anos 40, um dramaturgo nova-iorquino idealista e progressista chamado Barton Fink é atraído para Hollywood para escrever filmes, e vai deparar-se com um mundo boçal, superficial, a roçar o absurdo e cheio de gente que estranha, não conseguindo escrever uma linha. John Turturro desempenha o papel principal desta comédia satírica dos irmãos Coen, que carregam nas tintas grotescas e alucinatórias, e não poupam nem o seu ingénuo, desesperado e auto-torturado herói.
‘O Jogador’, de Robert Altman (1992)

‘A Comédia dos Infiéis’, de George Huang (1994)

Buddy Hackerman, a personagem que Kevin Spacey interpreta nesta comédia, é um muito sério candidato a mais tirânico, insensível e insuportável produtor de Hollywood já representado no cinema. Que o diga o sofredor Guy, o seu jovem e cândido assistente (Frank Whaley), que o atura até não poder mais, e acaba por o raptar e torturar. Spacey é fenomenal no papel do cruel e escarninho Hackerman. O título original é bem mais sugestivo do que o português: Swimming With Sharks.
‘Pânico em Hollywood’, de Barry Levinson (2008)

O registo de comédia gozona foi o escolhido por Barry Levinson para troçar do sítio onde ganha o pão, em parceria com o veterano produtor Art Linson, que assina o argumento do filme, adaptado do seu livro What Just Happened. Robert De Niro é Ben, o alter ego de Linson, um produtor que quer levar o seu novo filme ao Festival de Cannes e tem que enfrentar uma série de problemas profissionais e familiares, bem como os egos de vários dos envolvidos na fita – e mais o director do estúdio em que foi feita.
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