1. ‘Jackie Brown’ (1997)

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O mais recente filme de Quentin Tarantino, 'Era Uma Vez em... Hollywood', é também um dos melhores. Mas há mais
Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie são os principais intérpretes de Era Uma Vez em... Hollywood – a mais recente realização de Tarantino, passada na Hollywood de finais dos agitados anos 60 e durante uma era de ouro do cinema americano – que se estreou em Portugal no ano passado. Nesta lista dos filmes que Quentin Tarantino assinou até agora, desde que se estreou em grande estilo com Cães Danados, em 1992, apresentamos uma classificação dos mesmos em ordem decrescente, que abre com Jackie Brown e Era Uma Vez em... Hollywood e encerra com Django Libertado e Sacanas sem Lei.
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Hollywood, 1969. Leonardo DiCaprio é Rick Dalton, uma antiga vedeta da televisão que não consegue singrar no cinema, e Brad Pitt é Cliff Booth, o seu duplo, melhor amigo e fiel assistente, neste filme formidavelmente evocativo de Quentin Tarantino. O realizador conta uma história de amizade masculina sólida como betão, ao mesmo tempo que recria ao milímetro a Los Angeles de há 50 anos, onde viveu desde muito novo, exprime o seu amor pelo cinema, pela música pop, pela cultura consumista e pelos automóveis, e propõe um fim diferente para uma tragédia ocorrida em Agosto desse fatídico ano de 1969 e que marcou Hollywood e os EUA. Também com Margot Robbie.
Ringo Lam, John Woo, Sam Peckinpah, Martin Scorsese e Abel Ferrara são apenas quatro dos realizadores que nos vêm à cabeça quando vemos Cães Danados, e não é por acaso. A capacidade de ir “pedir emprestado” a outros cineastas e de integrar essas referências, influências, citações e homenagens (e o plágio ocasional…) na argamassa do seu próprio discurso narrativo é o que caracteriza o cinema de Quentin Tarantino, cuja capacidade de escrita, destreza visual e domínio da ultra-violência espectacularmente encenada não estão em causa. Pulp Fiction já estava todo esboçado neste Cães Danados, um heist movie empapado em masculinidade agressiva, contado da frente para trás e que esguicha testosterona e sangue por tudo que é lado.
Este é um dos raros casos no cinema americano em que a parte 2 é mais bem conseguida que o filme original. Tarantino continua aqui a contar a história da vingança da Noiva (Uma Thurman) contra todos aqueles que a quiseram matar e lhe destruíram a vida, e fá-lo de uma forma mais coesa, mais directa e muito menos desvairada do que no primeiro filme, levando-a a uma conclusão totalmente satisfatória. A sequência final em que a Noiva confronta Bill (David Carradine num dos últimos papéis antes da sua insólita morte) é do melhor que o realizador já escreveu e filmou. Kill Bill foi pensado por Tarantino como uma trilogia, só que este tem vindo a adiar a produção do terceiro e último filme (há também uma versão remix).
Decerto o Tarantino mais subvalorizado. É uma das duas partes de Grindhouse, filme em double bill, onde Robert Rodriguez assinou a outra parte, e que é uma homenagem dos dois realizadores às sessões duplas dos anos 60 e 70 compostas por duas fitas de exploitation, muitas vezes exibidas em cinemas ao ar livre. À Prova de Morte é em simultâneo um pastiche, uma paródia e uma homenagem a essas fitas, bem como à subcultura cinematográfica que elas figuram e geraram. As limitações de À Prova de Morte são precisamente as mesmas dos filmes a que Quentin Tarantino aqui se refere, com a diferença de existir um elemento “feminista” para contrabalançar a secundarização ou a subalternização da mulher que em boa parte caracterizava a produção grindhouse genuína.
O primeiro filme da saga de vingança da Noiva de Uma Thurman é uma enorme, desequilibrada, desnorteada e exageradíssima manifestação de amor do realizador por várias modalidades do cinema japonês: o filme de samurais, o filme de yakuzas, o policial de acção e de artes marciais (ver a presença de Sonny Chiba, veterano do género, no elenco) e até mesmo a anime (uma das sequências do filme é animada ao estilo nipónico). A batalha final, em que a Noiva enfrenta e derrota, sozinha, um exército de yakuzas, e onde se sangra mais do que num matadouro e se cortam mais membros do que num hospital de campanha depois de uma batalha da I Guerra Mundial, é o retrato da desmesura ridícula e inverosímil que caracteriza a fita.
Todos já tivemos férias de Verão que não correram como esperávamos. Nesta dezena de filmes cómicos em que as famílias estão particular e naturalmente em foco, as férias estivais são arruinadas pelos mais diversos motivos, desde familiares e amigos metediços, trapalhões ou insuportáveis, até aos desastres mais variados e das mais diversas dimensões.
Nem tudo são boas notícias na altura em que vivemos mas, felizmente, nunca nos hão-de faltar boas razões para ficar por casa. Para Julho, damos-lhe sete, entre séries prestes a estrear e as novas temporadas que se avizinham, nas plataformas de streaming ou nos canais televisivos. Prepare-se para o mundo fantástico de Future Man, para os podres políticos de A Very English Scandal ou para o terror de Ju-On: Origins.
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