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Celebre o mês Pride com livros LGBT+, que representam e celebram a comunidade. Sugerimos vários para diferentes idades.
Junho é mês de hastear a bandeira arco-íris. Mas, se quer apoiar a comunidade durante o resto do ano, pode começar a pensar em adicionar à estante lá de casa alguns livros LGBT+, que representam e celebram a comunidade. Para não se aventurar sozinho pelas livrarias deste país, sugerimos várias obras para diferentes faixas etárias. De histórias ficcionadas a histórias semi-biográficas ou mesmo reais, de livros infanto-juvenis até romances feministas, o difícil vai ser resistir a encher o carrinho das compras. Vai uma aposta?
Recomendado: Há um novo clube de leitura queer na cidade
Nesta BD autobiográfica sincera e cómica, sobre auto-descoberta e identidade, Ellie conta-nos como sempre soube que era diferente, mas demorou algum tempo até perceber exactamente como. Desde a primeira comunhão até à primeira namorada, passando por uma espiral de dúvida e negação, acompanhamo-la até ao seu coming out.
De Eleanor Crewes. 320 pp. 16,65€
“Posso beijar-te?” Faltavam dois meses para a estreia mundial do filme Juno e Elliot Page estava num bar gay pela primeira vez, prestes a descobrir-se como uma pessoa trans. Neste livro de memórias, o actor conta-nos como a carreira que tinha sido uma fuga da realidade para um mundo imaginário de repente se transformou num pesadelo, mas também como acabou por se libertar das expectativas dos outros e assumir quem realmente é.
De Elliot Page. Vogais. 288 pp. 18,85€
Nesta autobiografia em formato de novela gráfica, Maia Kobabe fala-nos da sua jornada “intensamente catártica” que a levou a identificar-se como pessoa não-binária e assexual, assumindo-se perante a sua família e a sociedade. Ao abordar questões relacionadas com identidade de género – o que significa e como deve ser pensada –, a sua história pode ser entendida também como um guia para quem esteja a passar pela mesma situação de questionamento.
De Maia Kobabe. ASA. 240 pp. 19,90€
Adorado pelo público e a crítica, este romance queer – vencedor do National Book Award – leva-nos até à Chinatown de 1954, nos Estados Unidos, um lugar muito pouco seguro para duas raparigas se apaixonarem. Além da Ameaça Vermelha, que intimida a população, sobretudo pessoas sino-americanas como a família de Lily, Lily Hu e Kathleen Miller arriscam tudo para que o seu amor possa ver a luz do dia.
De Malinda Lo. Desrotina. 392 pp. 18,50€
Publicada em 1928, esta é a extraordinária história da vida de Orlando, um jovem nascido na Inglaterra isabelina, que um dia viaja até à Turquia e acorda sem aviso num imortal corpo feminino, cujo percurso temos oportunidade de acompanhar por mais de três séculos. Uma reflexão feminista sobre a sexualidade e a questão de género.
De Virginia Woolf. Relógio D’Água. 232 pp. 16,99€
Diz-se que António Variações era um artista à frente do seu tempo. Talvez demasiado moderno para um Portugal ainda tão cinzento e conservador. Fugaz como um cometa, deixou-nos um legado único e extraordinário que ainda hoje inspira tantos músicos e artistas portugueses. Este livro ilustrado por Helena Soares e escrito por Bruno Horta (ex-jornalista da Time Out) é resultado dessa inspiração.
De Bruno Horta e Helena Soares. Suma de Letras. 152 pp. 19,95€
Inspirada na história verídica do pintor dinamarquês Einar Wegener e da sua esposa, este romance não só dá a conhecer o primeiro transexual a submeter-se a uma cirurgia genital como retrata uma das mais apaixonantes e invulgares histórias de amor do século XX. Além do livro, há um filme protagonizado por Eddie Redmayne, indicado a um Óscar de Melhor Actor pelo seu papel como Einar, e Alicia Vikander, vencedora do Óscar de Melhor Actriz Coadjuvante pela sua interpretação como Gerda Wegener.
De David Ebershoff. Porto Editora. 328 pp. 17,75€
Adaptado ao grande ecrã pelo italiano Luca Guadagnino, este drama estival fala sobre o amor e a descoberta da sexualidade. No Verão de 1983, o protagonista Elio, que vive com a família numa mansão do século XVII, apaixona-se por um finalista universitário que está a ajudar o seu pai, um professor de arqueologia de renome. Pouco a pouco, começa a esboçar-se uma atracção entre ambos, vivida entre avanços e recuos movidos pela curiosidade e o desejo, mas também pelo medo de descobrirem uma intimidade rara que temem nunca mais encontrar.
De André Aciman. Clube do Autor. 284 pp. 16€
Nesta comédia romântica em formato de novela gráfica, a protagonista é Lady Camembert, que quer viver a vida nos seu termos sem ter de casar (ou, melhor, sem ter de casar com um homem). É então que, ao recomeçar a vida como Conde Camembert, conhece a princesa Brie e não resiste a conhecê-la melhor. Mas, à medida que os dois se aproximam, como é que se mantêm o segredo de que, bem, o Conde também é uma Lady?
> De Deya Muniz. IN. 276 pp. 17,99€
Se os miúdos estão a aproximar-se da idade do armário, ofereça-lhes o primeiro volume da colecção de banda desenhada Arden High, que reinterpreta os contos de Shakespeare para o mundo moderno – um mundo onde há magia, fadas e muito drama. A protagonista é Vi, que é recrutada por Orsino, o rapaz de quem gosta, para o ajudar a conquistar Olivia, que – ups – gosta de Vi.
> De Molly Booth e Stephanie Kate Strohm (texto) e Jamie Green (ilustração). Edições Gailivro. 160 pp. 15,90€
Lançada no Tumblr em 2016, a série de banda desenhada de Alice Oseman virou livro em 2019 depois de uma campanha no Kickstarter, que juntou quase 70 mil euros, e foi entretanto adaptada à televisão, para uma série da Netflix que já vai para a sua segunda temporada. A história aos quadradinhos, que acompanha a relação entre Charlie e Nick, dois adolescentes numa escola só de rapazes, é já uma saga de culto.
De Alice Oseman. Cultura Editora. 288 pp. 17,50€
Menino ou menina? Nem uma coisa nem outra. Com humor, sensibilidade e lápis de cera, Joana Estrela mostra como a resposta não está debaixo da roupa. O seu álbum ilustrado Menino, Menina convida os mais novos (e até os mais crescidos) a responder a várias perguntas, ao mesmo tempo que desconstrói preconceitos de género como se fosse “um ponta de lança – ou um génio da dança”, duas das figuras do livro, que celebra o respeito por todos e o direito de cada um ser o que quiser.
De Joana Estrela. Planeta Tangerina. 48 pp. 12,90€
Vencedor dos Prémios Time Out Lisboa 2016, o autor de A Vila das Cores, sobre adopção por casais do mesmo sexo, volta a abordar a temática da homossexualidade neste livro para jovens. A protagonista é Inês, que tem dois pais, em vez de uma mãe e um pai, como a maioria dos seus colegas.
De Bruno Magina e Joana Santos. Edições Afrontamento. 48 pp. 9,50€
Afinal, como são as famílias? O que as torna especiais? O amor e a tolerância, com certeza, devem fazer parte do dia-a-dia, segundo mais uma proposta de Todd Parr. O Livro da Família percorre situações diversas e apresenta diferentes tipos de famílias: as pequenas e as grandes, as sossegadas e as barulhentas, além de mostrar que existem formas não tão comuns de se ser uma família e que todas são especiais à sua maneira. Não interessa se a família vive longe ou se é composta por duas mães ou dois pais. A mensagem do livro é: todos os formatos de família devem ser celebrados.
De Todd Parr. Zero a oito. 2021. 32 pp. 9,89€
Ainda vai levar tempo até as bandeiras serem arrumadas. Até lá temos muito para celebrar, entre festas, marchas, exposições e arraiais. Desejamos a todos os homofóbicos um mês super-desconfortável.
Há cada vez mais e melhores conteúdos para o público LGBT+ nas plataformas de streaming.Escolhemos oito séries LGBT+ para ver ou rever.
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