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Fotografia: Francisco Santos

Escapadinhas para aprender coisas novas

Elegemos os melhores workshops e aulas de hotéis, turismos rurais e casas de campo

Escrito por
Nelma Viana
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Somos fortes em gastronomia, mas também não estamos nada mal nas artes plásticas nem na agricultura biológica. O booking lançou recentemente as tendências de viagem para 2019. Surpreendentemente, numa altura em que parece que cada vez mais se viaja só para alimentar as redes sociais, mais de 50% dos viajantes globais manifestaram preferência por destinos com hotéis onde possam desenvolver uma nova competência. Entre na onda do turismo em 2019 e aproveite que vai dar uma volta para aprender qualquer coisinha. Dizemos-lhe sete turismos onde vai com toda a certeza aprender alguma coisa nova.

Recomendado: Escapadinhas gastronómicas que valem a viagem

Escapadinhas para aprender coisas novas

  • Hotéis
  • Grande Lisboa

Quando marca uma estadia num hotel é natural que mentalmente vá repetindo “nos próximos dias não mexo uma palha”. No Cooking & Nature – Emotional Hotel, nos Alvados, não funciona bem assim e embora exista a opção de ter a papinha toda feita, uma das missões do hotel é convidar quem chega a cozinhar as suas próprias refeições sob a orientação do chef Nuno Barros. Pode, no entanto, acontecer que haja hóspedes pouco virados para a cozinha e para esses também há alternativa. Por isso mesmo o hotel juntou-se com José Siphioni, ceramista local, para workshops de cerâmica artesanal em três modalidades: iniciação à olaria, para aprender a amassar, centrar e tornear o barro na roda de oleiro (15€/duas horas); introdução à cozedura Raku, uma técnica milenar de vidragem importada do Oriente (25€/quatro horas) e a cozedura em forno de papel, que implica a construção do forno e demora cerca de seis horas (30€). A marcação de workshops pode ser feita na recepção do hotel ou através do mail siphioni@gmail.com

  • Hotéis
  • Hotéis de charme

Além de ser um chef exemplar, Filipe Ramalho é aquele amigalhaço que todos gostavam de ter em casa ao almoço de domingo. Homem de bom comer e conhecedor profundo dos meandros da cozinha portuguesa, trata uma peça de porco preto com a mesma sabedoria com que engendra um ramen de inspiração alentejana. Ao comando do restaurante Basilii, no Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, colecciona elogios e tantas vezes lhe pediram receitas que decidiu aproveitar a cozinha do hotel para um workshop de gastronomia local. Custa 35€ por pessoa e inclui a confecção (e degustação) de uma entrada, um prato principal e uma sobremesa, na companhia de um copo de vinho da casa. Aproveite para conhecer as ruínas da antiga vila romana de Torre de Palma, a poucos metros do hotel. 

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  • Hotéis
  • Hotéis de charme

Seria injusto dizer que a Casa Mãe, em Lagos, é só um hotel. Em constante transformação e expansão, tem na sustentabilidade um dos seus grandes pilares, explorado com uma curiosidade artística e ligeiramente inclinada para o luxo. Entre os edifícios do hotel, há um jardim e uma horta biológica, árvores de fruto, estufas com aromáticas e plantas de chá e até um galinheiro. Seguindo as orientações do Sr. Fonseca, é possível participar nas colheitas através de workshops completos (os preços são combinados no local). Por marcação, existe o workshop “Da Horta para a Mesa” (65€), que pode ser vegetariano ou com proteína animal. Acompanha-se o chef na escolha de produtos da horta, faz-se uma visita ao mercado local para tratar do peixe e da carne e aprendem-se receitas saudáveis. Espontaneamente vão acontecendo outros worshops pop-up que podem ser de pintura, macramé, fotografia, cerâmica e yoga.

  • Hotéis

Confesse lá: até já pensou ir fazer uma aula de surf mas sempre que lhe ocorre a ideia lembra- -se das praias cheias de gente e o mar apinhado de pranchas e bate aquela timidez que faz com que deixe sempre “para uma próxima”. Para não ir à maluca, o ideal é deixar-se guiar por quem sabe e reservar um pacote de fim-de-semana de iniciação ao Surf no Memmo Baleeira Hotel, em Sagres, que inclui, a partir de €350 para duas pessoas, duas noites de estadia em quarto standard com pequeno-almoço, duas aulas de surf de três horas e marmita para levar para a praia. Com a vista de mar a prolongar-se ao longo de todo o hotel, aproveite e inscreva-se numa aula de Scuba Diving. A iniciação é feita no mar, durante meio dia, e tem o custo de 80€ por pessoa. O certificado para a vida consegue-se em quatro dias (400€).

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O pão que toda a gente amassou
  • Hotéis

Mértola, em pleno Parque Natural do Guadiana, tem a particularidade de ser um daqueles sítios que fica longe de quase tudo. Bom, mas a ideia é levá-lo até Mértola e não tirar-lhe a vontade de lá ir, pelo que se impõe dizer que é um dos sítios mais bonitos do Baixo Alentejo, que combina a tradição com as influências de Espanha e da cultura árabe do Norte de África. Mesmo à beira-rio encontra a Horta da Quintã, uma casa familiar com piscina que tem o condão de saber entreter os hóspedes como poucas outras unidades de turismo rural, com workshops de pintura, cerâmica, azulejaria e escultura (50€). Para quem gosta da doçaria regional e se pela por um pão alentejano acabado de cozer, há um workshop de pão e bolos tradicionais em forno a lenha (há um forno na casa) com direito uma degustação e a livro de receitas (50€).

  • Hotéis

Para quem nutre grande paixão por cavalos e actividades equestres no geral, o Monte Velho Equo Resort está muito próximo de ser o céu
na terra. Para quem não percebe nada do assunto mas acha a ideia muito romântica, em Arraiolos encontra um pequeno paraíso onde pode concretizá-la. É um turismo rural de luxo concebido e executado por um casal numa propriedade de 250 hectares. Entre os quartos, o restaurante, o Spa e a piscina no topo do edifício ultramoderno, a maior parte do espaço está entregue ao Picadeiro e à Coudelaria, com uma equipa de treinadores disponível para atender curiosos e especialistas. Uma aula de dressage de uma hora fica por 100€, enquanto o passeio de hora e meia pelo montado desce para os 60€. Há um pacote de sete dias com um programa misto de aulas e passeio diários, a partir de 1535€ em quarto duplo.

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A cavalo dado
  • Hotéis

É um palacete do século XVIII no centro de Penalva do Castelo, Viseu, convertido num hotel de charme de cinco estrelas. Se isto bastasse para descrever o pedaço de História que se esconde dentro da Casa da Ínsua, não valeria a pena dizer que foi a casa de um ex-governador do Brasil conhecido pela sua excentricidade e paixão pela cultura tropical que transformou o espaço numa casa-museu. Os hóspedes podem explorar a casa livremente mas vale a pena marcar uma visita comentada na recepção. Para visitar há também um núcleo museológico, uma serralharia, uma fábrica de pão e uma fábrica de gelo. Mas há mais: uma pequena fábrica de queijo da Serra, onde acontecem os workshops de, precisamente, queijo da Serra. Apresentam-se os queijos da casa, segue-se uma formação sobre técnicas básicas de produção e termina-se a meter a mão no soro para ter como resultados três queijos de pastas diferentes: mole, semidura e dura. O programa (20€) inclui a oferta de um queijo da Serra.

Outras escapadinhas

  • Coisas para fazer

Diz-se escapadinha de uma viagem de curta duração, normalmente assente nos alicerces de uma ponte de feriado ou construída sobre uns dias subtraídos às férias grandes – mas  não negamos que também podem ser as férias uma grande escapadinha. O que interessa aqui é que passámos em revista o último ano e escolhemos as melhores novidades de hotéis, turismos rurais e guesthouses de norte a sul do país, ilhas incluídas. Deixamos-lhe assim uma sugestão de 19 novos turismos que valem a viagem. Já escolheu a sua escapadinha de Lisboa? Agora faça o favor de ir dar uma volta e diga que vai daqui. 

  • Coisas para fazer

É sobretudo na planície dourada (mais seca e quente), mas também nos declives das serras (mais húmidos) que crescem as vinhas alentejanas — e cada terroir garante um sabor distinto aos vinhos. Em Portalegre, por exemplo, as vinhas estão plantadas nas encostas graníticas da Serra de São Mamede, criando uma espécie de microclima que torna as temperaturas mais baixas que o habitual. Dividida em oito principais sub-regiões vinícolas — Borba, Évora, Moura, Redondo, Granja/Amareleja, Portalegre, Reguengos e Vidigueira — a vinicultura no Alentejo esteve até tarde em segundo plano, por causa da produção de cereais, tendo apenas começado a desenvolver-se nos anos 50 do século passado. Com a região a ser demarcada em 1988, o Alentejo tornou-se numa das zonas mais ricas e interessantes em enoturismo. Conheça as nossas sugestões de enoturismo no Alentejo. 

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