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©Stefan von Laue

Le Consulat: dormir artisticamente

Este hotel da Largo Camões dá-lhe sofás e camas onde se pode estirar confortavelmente enquanto olha para obras de arte

Escrito por
Catarina Moura
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As más línguas dizem que é fácil adormecer em museus e que as galerias de arte contemporânea dão sono. No Largo Camões, o hotel Le Consulat vai mais longe e dá-lhe sofás e camas onde se pode estirar confortavelmente enquanto olha para obras de arte.

Le Consulat

É um hotel de 12 quartos – no futuro serão 16, depois de terminadas as obras que ainda decorrem – e pensar-se que é um hotel pequeno é uma reacção legítima. Mas olhemos melhor para a sua configuração: a suíte mais pequena tem 36 metros quadrados e a maior, a Suite Ambassadeur, tem 145 e dois quartos com camas king  size, uma cozinha e uma sala de estar. Sem extravagâncias: fiquemo-nos pela Suite Consulaire, que tem só uma kitchenette e duas casas de banho igualmente espaçosas e a cheirar a budas felizes, já que as amenities são todas da gama happy buddha, da rituals.

  • Hotéis
  • Pensão com pequeno-almoço
  • Chiado

Se não resultar a aromoterapia deste cheirinho a laranja para aumentar as hormonas da felicidade, há-de resultar a arte. Entra-se em cada quarto sem cartões de plástico, mas com uma chave daquelas de metal, com dentes e para meter no buraco da fechadura – lembra-se? – e antes de todo esse processo mecânico cada vez mais raro nos hotéis, há ao lado da porta uma placa que indica qual a galeria em que se vai entrar. Na Consulaire há quadros da Belo-Galsterer por todas as paredes, da grande mancha verde de Mel O’Callaghan aos encanastrados de papel colorido de Catarina Branco ou o Ser Linha #5 de Cristina Ataíde – um quadro vermelho com um risco ao meio. Todas estas obras estão para venda e para quem não se sente suficientemente inundado de arte há sempre uma exposição no edifício – neste momento está patente A Arte do Livro de Arte, em que artistas plásticos pensam sobre livros de arte, também visitável por não hóspedes. É no mesmo piso do restaurante e do bar. O primeiro está prestes a abrir e é uma inauguração que já criou expectativa há algum tempo – é a Taberna Fina, com André Magalhães da Taberna da Rua das Flores na chefia da cozinha, a preparar menus de degustação fortemente ligados à sazonalidade. O bar, cheio de móveis com design moderno, está a funcionar há mais tempo, com uma música de fundo que marca bem mais presença do que o jazz-smooth-fm que alguns espaços teimam em achar consensual. Aí servem-se os pequenos-almoços e, à noite, copos de vinho, pão da Gleba e tábuas que podem ser compostas pelo cliente, pagando os queijos da Queijaria e os enchidos da Casa do Porco Preto ao peso. É um intervalo para alimentar o estômago. Depois é subir ao quarto e contemplar a sua galeria privada.

Hotéis onde já fizemos check-in

  • Viagens

Ao passar o beco estreito e escuro, é possível que se pergunte se está no sítio certo. Mas siga sem medos, vai valer a pena: o Memmo Príncipe Real, o primeiro boutique hotel de cinco estrelas no bairro, abriu há um ano, foi eleito em Novembro pela revista Monocle como um dos melhores hotéis urbanos do mundo e fica (bem) escondido, mas tem uma vista incrível sobre a cidade de Lisboa, com o Castelo de São Jorge lá no alto da outra colina.

  • Hotéis

As más línguas dizem que é fácil adormecer em museus e que as galerias de arte contemporânea dão sono. No Largo Camões, o hotel Le Consulat vai mais longe e dá-lhe sofás e camas onde se pode estirar confortavelmente enquanto olha para obras de arte.

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