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25 Mulheres
© Raquel Costa25 Mulheres, de Raquel Costa

Estes programas trocam o 25 de Abril por miúdos

Não deixe passar a data em branco. Há muitas coisas para fazer com as crianças em Lisboa antes, durante e após o 25 de Abril

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Raquel Dias da Silva
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O 25 de Abril de 1974 pode parecer uma coisa um bocadinho antiga, que já faz parte da História, mas é por isso que, agora, vivemos em liberdade, num país muito menos triste e cinzento. E é por isso também que, se ainda não falou sobre a revolução dos cravos aos miúdos, está na hora de o fazer. Atenção, não é preciso dar-lhes uma seca: há muitas formas didácticas e divertidas de os ensinar quem foi Salazar, o que é uma ditadura e porque é que agora é que é bom. Para não perder tempo, aproveite que temos várias sugestões de programas que trocam o 25 de Abril por miúdos. São pelo menos meia dúzia de coisas para fazer com as crianças em Lisboa e arredores.

Recomendado: A revolução para garotos. Livros infantis sobre o 25 de Abril

Estes programas trocam o 25 de Abril por miúdos

  • Miúdos
  • Ajuda

Como pode um objecto contar uma história? Que pistas dá? A partir das obras da exposição “Jóias para a Democracia”, o Serviço Educativo do Museu do Tesouro Real propõe uma visita-oficina para dar a conhecer quem foram as mulheres que lutaram pela nossa democracia. A participação custa 12€ (um adulto e uma criança) e é necessária marcação prévia por e-mail (servicoeducativo@tesouroreal.com) ou telefone (211 160 992).

  • Miúdos
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e tantos outros músicos marcaram a "banda sonora" dos ideiais de Abril, fazendo da canção um veículo de denúncia, protesto e exaltação da liberdade. 50 anos volvidos, muitas letras e canções continuam a ressoar na nossa memória colectiva. Através de imagens, filmes e da participação musical activa, nesta oficina para famílias com crianças a partir dos dez anos propõe-se recordar algumas páginas da história, dos acontecimentos-chave e das canções que ajudaram a fazer o espírito de Abril. A participação é gratuita, mas a inscrição obrigatória deve ser feita através de e-mail (rel_publicas@bnportugal.gov.pt).

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  • Miúdos
  • Belém

Há 50 anos, um cravo tornava-se símbolo da revolução num país que começava a florescer. Este espectáculo de dança, criado por Filipe Pereira, parte precisamente do imaginário em torno da flor e fala-nos do seu ciclo de vida como metáfora para a importância de cuidar também da própria liberdade.

  • Miúdos
  • Crianças

À boleia da campanha "A Ciência saiu à rua num dia assim…" (frase inspirada em José Afonso), os Centros de Ciência Viva promovem actividades de educação dos jovens acerca dos eventos relacionados com a realidade política e social vivida em Portugal antes e depois da Revolução dos Cravos e, ainda, do contributo dos cientistas portugueses para o bem-estar e avanço da sociedade, com impacto na ciência e tecnologia, ao longo dos últimos 50 anos. No Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, a actividade Cravo Luminoso vai decorrer durante todos os fins-de-semana do mês de Abril na Oficina Dòing. A partir dos 10 anos, crianças e jovens são convidados a costurar uma flor e iluminá-la, com luzes LED. Já para um público dos nove aos 99 anos, a conversa Contos e Cravos, no dia 24 de Abril, às 15.00, vai servir como plataforma de partilha de histórias e de experiências sobre o Estado Novo, contadas por quem as viveu. Dia 25, feriado, os bilhetes normais têm 50% de desconto.

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  • Miúdos
  • São Sebastião

Para ver no Avenidas, Rádio Clandestina, da companhia de teatro Os Possessos, celebra os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Trata-se de um espectáculo pensado para público jovem e público em geral, que passa por três momentos marcantes da nossa história recente: o antes, o durante e o pós revolução. Com texto e direcção de Isabel Costa, que também interpreta, ao lado de Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu, a história é cantada através das canções que passam numa fictícia rádio clandestina. Assistir é gratuito, mas requer marcação prévia por e-mail (umteatroemcadabairro.avenidas@cm-lisboa.pt). Após o espectáculo, há oficina.

  • Miúdos
  • Belém

Nesta oficina de rádio, as crianças a partir dos dez anos são desafiadas a ouvir e contar ao microfone o que é para elas a liberdade (é que a liberdade em Portugal foi transmitida nas ondas da rádio). Produzida pela Oficina Frequência, é também para reflectir sobre as palavras e os sons que habitam o nosso quotidiano, mas também as histórias: as notícias que ouvimos, conversas cruzadas que apanhamos na escola, em casa, no autocarro, no café.

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  • Miúdos
  • Estrela/Lapa/Santos

Maria está aprisionada na ditadura. Os longos braços de uma figura sinistra imobilizam-na no medo que sustenta este regime político. Em analogia ao reportório tradicional do Teatro Dom Roberto várias personagens surgem: umas aproximam-na do terror, outras tentam socorrer os seus gritos de desespero. E, claro, há quem desafie as leis e as convenções para devolver, a Maria, a Liberdade. Com manipulação de Manuel Costa Dias, que recorre à típica palheta para caracterizar a voz dos personagens, o espectáculo – que pode ser visto no Museu da Marioneta – é acompanhado por viola ao vivo, com música original de Nuno do Ó.

  • Miúdos
  • Belém

Diz-se que o 25 de Abril de 1974 mudou o país da noite para o dia. Diz-se também que, até à revolução dos cravos, Portugal era um país fechado, cinzento e triste. Que país era este que vivia atrás de uma porta trancada? Haveria pessoas que espreitavam pelo buraco da fechadura para tentar ver a democracia? Que encostavam o ouvido à porta para escutar o som da liberdade? Que sons lhes chegariam? Porque em 2024 se celebram os 50 anos do 25 de Abril, Mais Alto! regressa ao LU.CA – Teatro Luís de Camões nos dias 27 e 28 de Abril, com um apanhado de canções dos seus vários concertos e um disco-livro no horizonte. Editado pela Planeta Tangerina, o disco-livro tem lançamento marcado para dia 28 de Abril, às 17.30, depois do último concerto no teatro (vão ser quatro ao todo, dois no sábado e dois no domingo).

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  • Miúdos
  • Belém

Construída por Luís Santos, em parceria com alunos do curso de relojoaria do Centro de Educação e Desenvolvimento de Pina Manique, da Casa Pia de Lisboa, esta instalação inspirada pelo mecanismo do relógio é uma máquina/jogo de revoluções. Nela poder-se-á reconhecer metáforas para as estruturas que formam a nossa sociedade: como estamos ligados uns aos outros e nos influenciamos e o sobre papel único que cada um de nós tem. A música original de Leonardo Outeiro é parte integrante de Quanto Vale a Liberdade?, que pode ser visitada e experimentada a sós, em grupo, ou ainda revelada através dos solos que actores e actrizes propõem ao longo dos meses, no espaço da Fábrica das Artes, no Centro Cultural de Belém.

Abril é agora

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