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Avó, onde é que estavas no 25 de Abril?
Ilustração de Christina CasnellieAvó, onde é que estavas no 25 de Abril?, de Ana Markl

A revolução para garotos: livros infantis sobre o 25 de Abril

Para mostrar aos que não viram acontecer, conheça este livros infantis sobre o 25 de Abril que trocam a revolução por miúdos

Raquel Dias da Silva
Escrito por
João Morales
e
Raquel Dias da Silva
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A famosa fotografia do menino de cabelinhos aos caracóis a pôr um cravo numa arma está muito desactualizada. Esse rapaz tem agora para cima de 40 anos. Para os que não chegam aos dois palmos de altura, mas já estão a perguntar o que é isso da revolução dos cravos, seleccionámos uma mão cheia de livros que vale a pena ler em família. Uns já são antigos, outros novinhos em folha, outros estão ali no meio, mas valem todos a pena adicionar à estante.

Recomendado: Coisas para fazer no 25 de Abril em Lisboa e arredores

Cinco livros infantis sobre o 25 de Abril

Era Uma Vez o 25 de Abril
Era uma vez o 25 de Abril, de José Fanha (Nuvem de Tinta. 88 pp. 16,65€)

Era Uma Vez o 25 de Abril

José Fanha viveu o 25 de Abril de 1974 com espanto, alegria e felicidade. Tinha 23 anos e, naquele dia, não saltou só para fora da cama: saltou para dentro da vida. Mas, com o passar dos anos, percebeu que os jovens de hoje pouco sabem desses dias distantes. Com uma paginação engenhosa, que concede à maioria das páginas uma aparência de cartaz, este livro – originalmente publicado pela Alfaguara e agora editado pela Nuvem de Tinta – funciona como um autêntico manual de consulta, profusamente ilustrado, munido de uma linguagem acessível e adequada a jovens (adolescentes, ou quase, essencialmente), que queiram saber como era Portugal durante a ditadura e como foram os primeiros dias depois da revolução dos cravos.

De José Fanha. Nuvem de Tinta. 88 pp. 16,65€

Reconstituição Portuguesa
Reconstituição Portuguesa, organizado por Viton Araújo e Diego Tórgo (Companhia das Letras. 88 pp. 16,95€)

Reconstituição Portuguesa

Inspirados na técnica de blackout poetry, um colectivo de poetas e ilustradores liderado por Viton Araújo e Diego Tórgo aplicou o infame lápis azul sobre as palavras da Constituição fascista de 1933 até que dela se erguessem, apenas, poemas e ilustrações exaltando os valores de Abril. Reconstituição Portuguesa assume-se como um exercício de liberdade poética, que celebra um sonho e constrói um futuro: o da liberdade.

De Viton Araújo e Diego Tórgo (org.). Companhia das Letras. 88 pp. 16,95€

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Avó, onde estavas no 25 de Abril?
Lilliput

Avó, onde estavas no 25 de Abril?

Em Avó, onde estavas no 25 de Abril?, o Manu – que já tinha protagonizado o primeiro livro infantil de Ana Markl, Onde Moram os Teus Macaquinhos?, – vai tentar descobrir o que é que a sua avó quer dizer quando diz que “não foi para isto que se fez o 25 de Abril”. Com o seu humor habitual, a conhecida radialista revisita – com a ajuda das ilustrações sempre divertidas e surpreendentes de Christina Casnellie – os factos e o imaginário colectivo para revelar aos mais novos o que aconteceu, afinal, naquele dia inicial inteiro e limpo.

De Ana Markl (texot) e Christina Casnellie (ilustração). Lilliput. 2022. 48 pp. 14,95€

7 X 25 Histórias da Liberdade
7 x 25 Histórias de Liberdade, de Margarida Fonseca Santos e Inês Carmo (Gailivro. 40 pp. 9,90€)

7 X 25 Histórias da Liberdade

A estratégia deste livro prende-se com a escolha dos narradores. Recomendada para crianças entre os nove e os 11 anos, a história chega-nos através de um conjunto de personagens principais, que falam na primeira pessoa e são objectos centrais em todo o processo: o semáforo que travou a revolução durante uns minutos; o lápis da censura, que muda de funções com a revolução; a metralhadora de um soldado ou o portão da prisão de Caxias.

De Margarida Fonseca Santos (texto) e Inês Carmo (ilustração). Gailivro. 40 pp. 9,90 

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Vinte e Cinco a Sete Vozes
Vinte cinco a sete vozes, de Alice Vieira (Caminho. 72 pp. 11€)

Vinte e Cinco a Sete Vozes

25 anos depois, uma estudante universitária prepara um trabalho académico sobre o 25 de Abril. A propósito disso, diversos inquiridos, de diferentes idades, vão tecendo reflexões, evocando memórias, desenhando à nossa frente o que foi a revolução dos cravos. O alinhar das suas palavras compõe o mosaico final e o jovem leitor é convidado a unir as pontas soltas.

De Alice Vieira. Caminho. 72 pp. 11€

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