25 de Abril
© Composição por Maria Ghira
© Composição por Maria Ghira

Mais de 25 coisas para fazer no 25 de Abril em Lisboa (e arredores)

Um roteiro para celebrar a Revolução dos Cravos na rua, com uma série de sugestões da música ao cinema, de passeios a exposições.

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Independentemente do programa, todas as celebrações culminam na descida da Avenida da Liberdade, num momento de encontro e exaltação em que o desafio é mesmo encontrar pessoas sem cravos ao peito. Mas há outras sugestões culturais para celebrar o 25 de Abril, como exposições que recuperam artigos históricos, peças de teatro que nos fazem viajar no tempo e cinema que revisita a música enquanto símbolo de liberdade. O que importa é assinalar a revolução e embarcar em programas culturais que não acontecem apenas no feriado, mas também nos dias que o sucedem e antecedem. Afinal, o 25 de Abril é sempre.

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Coisas para fazer no 25 de Abril

  • Arte
  • Belém

Em vésperas de se assinalar mais um aniversário do 25 de Abril de 1974, o MAC/CCB recorda o intenso Verão Quente de 1975. No piso zero, a exposição "Cartazes sem Censura" apresenta um conjunto de materiais gráficos que marcaram uma época – "testemunhos visuais de um período de transformação política e social, resgatados dos muros e paredes onde foram originalmente afixados e preservados numa pasta de desenhos durante cinco décadas".

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Santa Maria Maior

Depois de "Ato (DES)colonial", a mesma sala recebe a exposição "Antes de ser independência foi luta de libertação", em jeito de celebração dos 50 anos das independências dos territórios das ex-colónias portuguesas em África. A exposição resulta de um trabalho que tem sido levado a cabo desde 2021 – a descrição, digitalização e disponibilização de fundos documentais doados ao centro de documentação do Museu do Aljube. Materiais explorados no âmbito de uma exposição que quer reflectir sobre estes processos históricos e que pretende gerar "mais pensamento e acção anticolonial e antirracista, abolicionista de todas as formas de violência", nas palavras de Rita Rato, directora do museu. A programação de Abril do Museu do Aljube não fica por aqui – espreite a exposição "Arquitectas da Liberdade".

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A estreia de 'Camarada Cunhal'

Segunda parte de dois biopics sobre duas das mais proeminentes figuras da política portuguesa. Depois de Soares É Fixe!, o filme Camarada Cunhal recorda o encarceramento político de Álvaro Cunhal na prisão do Forte de Peniche, incluindo alguns dos episódios mais duros, desde um violento interrogatório aos dias passados na solitária. Mas o forte não é intransponível e os planos para a famosa fuga começam a ser desenhados. Cunhal é interpretado por Romeu Valo e a realização é assinada por Sérgio Graciano.

No âmbito das comemorações dos "50 anos do 25 de abril de 1974 – o dia em que Portugal mudou", a exposição Sentir a Revolução convida o público a mergulhar na memória colectiva dos dias que antecederam o 25 de Abril de 1974. A entrada é gratuita e o espaço pode ser visitado de terça a sábado, entre as 11h e as 17h, até 9 de Agosto.

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Criada pelo Atelier Contencioso – composto pelas artistas Ana Velez, Joana Gomes e Maria Sassetti – a instalação imersiva “O nosso chão tem sonhos e vontades” é composta por 51 cravos suspensos, o mesmo número dos anos da liberdade em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974. E é a liberdade o tema central da exposição colectiva “… e o perú fugiu!”, que nasce da obra criada pelo atelier para se expandir em outras disciplinas artísticas.

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  • Compras
  • Campo de Ourique

No seu estúdio de tatuagens, Lelê trabalha fiel a dois princípios – o da sustentabilidade e o da sua grande inspiração, a natureza. Por esta altura, a tatuadora lança uma colecção de pequenos desenhos alusivos ao 25 de Abril e com um preço especial – em vez de 120€, custam 95€. E tem à escolha: cravos, selos comemorativos e palavras inspiradoras como "livre" ou "em cada rosto igualdade".

25 de Abril sempre

  • Música

Celebre o dia da Liberdade com um repertório à altura. Escolhemos algumas das mais marcantes canções revolucionárias portuguesas de antes (como a Grândola, Vila Morena de José Afonso ou a Trova do Vento Que Passa, pela voz de Adriano Correia de Oliveira) e imediatamente depois (no caso, por exemplo, de A Cantiga É Uma Arma do GAC) do 25 de Abril de 1974. Esta é a playlist perfeita para celebrar a liberdade e gritar 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais à boca cheia.

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  • Filmes

Os cineastas nacionais não são muito dados a escavar o passado, nem mesmo a desenterrar e autopsiar o salazarismo. Mas as excepções existem, e tanto a revolução como a guerra acabaram por chegar ao grande ecrã, em filmes mais ou menos aproximados da realidade, muito ou pouco romantizados, baseados em livros ou em factos. Seja como for, a revolução dos cravos marcou uma página incontornável da história portuguesa, por isso, e porque também o cinema lhe prestou homenagem, elencamos os melhores filmes sobre o 25 de Abril para que respire a liberdade através da sétima arte.

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  • Filmes

A revolução dos cravos nunca foi pacífica. Numa coisa, porém, quase todos concordam: a liberdade tornou Portugal um país diferente, e a democracia, apesar dos seus defeitos, permitiu o progresso. Coisa que pode não se ver bem, agora. Contudo estes oito documentários, feitos entre 1975na senda do 25 de Abril, como o magnífico Torre Bela, de Thomas Harlan – e a presente década – no caso de Estética, Propaganda e Utopia no Portugal do 25 de Abril, de Paulo Seabra, por exemplo – mostram o antes e depois. É só questão de comparar.

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