Black Cat Cinema
©Josefa SearleBlack Cat Cinema

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Julho de 2024

Quer aproveitar a cidade e não sabe por onde começar? Descubra as melhores coisas para fazer em Lisboa este mês.

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agenda da cidade continua a abarrotar, e não há razão para ficar em casa a olhar para as paredes – sobretudo no mês em que o Verão chega a Sintra com programação na natureza e que o documentário sobre Patti Smith regressa às salas de cinema, já para não falar das sessões de cinema ao ar livre no terraço do Ritz, que se vão prolongar até Agosto. Entre concertos, exposições, oficinas para toda a família e espectáculos de teatro, o difícil é mesmo escolher. Fomos à procura das melhores coisas para fazer em Lisboa este mês (se for uma pessoa de família, também temos ideias de coisas para fazer com crianças) e encontrámos mais de 30 sugestões, incluindo iniciativas gratuitas. Aproveite e viva a cidade ao máximo.

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Coisas para fazer este mês em Lisboa

  • Arte
  • Belém

"Sendo pequena, [a joalharia] tem a capacidade de falar de coisas grandes e complexas." A frase de Patrícia Domingues, uma das curadoras da exposição "Madrugada – A Joalharia e a Matéria da Esperança", serve de preâmbulo à visita. Distribuídos por várias salas do Palácio da Calheta, em Belém, os oito núcleos temáticos reúnem as criações de mais de 90 autores, provenientes de mais de 30 países. Liberdade, política, democracia, activismo, guerra, diplomacia e direitos humanos são alvos de reflexão, pela lente da joalharia contemporânea. A escala das peças relativiza-se em prol de mensagens que falam mais alto.

  • Filmes
  • Grande Lisboa

O Auditório Fernando Lopes-Graça (Almada) será a casa da 18.ª edição da Mostra de Cinema Brasileiro, onde serão exibidas cinco produções. Um dos destaques é a longa-metragem A Paixão Segundo G. H. (2023), realizado por Luiz Fernando Carvalho, uma adaptação do romance homónimo da autora brasileira Clarice Lispector, publicado em 1964. Uma história que acompanha uma escultora chamada G.H. que após a demissão da empregada tem de limpar o quarto, onde acaba por esmagar uma barata e enfrenta uma crise existencial. O filme é protagonizado pela actriz Maria Fernanda Cândido (Monstros Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore). A entrada é livre, com levantamento de bilhete obrigatório.

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  • Arte

Um dos maiores artistas plásticos portugueses, Pedro Cabrita Reis, pega em cerca de 1500 peças do seu atelier e transporta-as para oito pavilhões. Na Mitra, inaugura-se assim "Atelier", uma mostra que resgata do ambiente de oficina, com toda a sua beleza e caos, aquilo que tem sido a produção artística de Cabrita nos últimos 50 anos, do desenho à escultura.

  • Filmes
  • São Vicente 

A Black Cat Cinema transforma espaços improváveis, como a Igreja da Graça ou o Palácio do Grilo, em Lisboa, em salas de cinema ao ar livre. Pode contar com clássicos da sétima arte e também com comida de rua e bebidas que não faltarão nestas noites de cinema à luz das estrelas. E pipocas, há sempre pipocas. A grande novidade da temporada deste ano são actuações musicais que acontecem antes da exibição dos filmes, o que antecipa a abertura das portas para as 19.00. Os filmes começam às 21.00.

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  • Música
  • Festivais de música
  • Cascais

O Parque Marechal Carmona e o Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, voltam a receber o festival Cool Jazz. Que este ano arranca a 9 de Julho, com os franceses Air a tocarem o seu clássico Moon Safari, e termina a 31 de Julho, com mais um concerto de Jamie Cullum. Pelo meio há concertos de Dino D'Santiago, Diana Krall, Marina Sena ou Fat Freedy's Drop, entre outros artistas.

  • Arte
  • Lisboa

O conjunto de peças de porcelana, de várias dimensões, a que chamou Pazar, foi criado pelo artista e dissidente chinês em 2017, e exposto no mesmo ano no Sakıp Sabancı Müzesi, em Istambul. Inspirado pelos mercados turcos, este trabalho insere-se na tradição chinesa de replicar formas e objectos orgânicos em porcelana, e é apenas uma das várias criações de Ai Weiwei neste suporte que vão estar expostas na galeria São Roque too de segunda a sábado, até 31 de Julho. “Paradigm” é mais modesta e focada do que a exposição retrospectiva “Rapture”, que ocupou a Cordoaria Nacional durante aproximadamente cinco meses, em 2021. Ao invés de 80 obras, inclui apenas 17, divididas por quatro salas e dois andares e sempre nos mesmos dois materiais: porcelana e peças de LEGO, acompanhando só uma parte da sua produção nos últimos 15 anos.

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  • Filmes
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

O Cinema na Esplanada está de volta à Cinemateca, para uma temporada de projecções ao ar livre na Esplanada 39 Degraus. O programa arranca no dia 1 de Julho e promete sessões de segunda a sábado, sempre às 21.45. E uma vez que as salas de cinema M. Félix Ribeiro e Luís de Pina fecham para manutenção, toda a programação da Cinemateca será feita ao ar livre. Isto significa que a programação do Cinema ao Ar Livre será essencialmente dedicada aos quatro eixos da programação dedicada aos 50 anos do 25 de Abril, entre Revolução, Liberdade, Comunidade e Futuro. Há, no entanto, excepções, das quais é exemplo uma sessão de antecipação da próxima edição do Doclisboa, dedicada ao realizador mexicano Paul Leduc. 

  • Coisas para fazer
  • Festivais
  • Chiado

Chegou aquela altura do ano em que, quem não tem mais nada para fazer, pega em si e vai guardar lugar para os espectáculos nocturnos que acontecem em frente ao São Carlos. O Festival ao Largo arranca 11 de Julho para 19 dias de programação musical erudita gratuita e ao ar livre. O espectáculo de abertura, que se repete nos dois dias seguintes, fica a cargo da Companhia Nacional de Bailado. A Orquestra Gulbenkian sobe ao palco dos dias 16 e 17 de Julho. Nos dias 19, 20, 26 e 27, há Orquestra Sinfónica Portuguesa com o Coro do teatro Nacional de São Carlos. Nas Noites Verdi, serão projectadas três grandes óperas do mestre italiano – La Traviata (14), Il Trovatore (21) e Nabucco (28). Nos dias 13, 30 e 27, às 10.00, as actividades são dirigidas às famílias. A 23 e 24 de Julho, conte com espectáculo do Ketuk Quartet e as Batucadeiras das Olaias.

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  • Arte
  • São Sebastião

"Siza", no Museu Calouste Gulbenkian, debruça-se sobre a obra, mas sobretudo sobre o génio de Álvaro Siza Vieira. A exposição está marcada por uma humanização sem precedentes daquele que foi o primeiro Pritzker português. A partir dos seus cadernos, item essencial para um desenhador compulsivo, a dupla de curadores – o galego Carlos Quintáns assistido por Zaida García-Requejo – revisitou a obra feita, mas sobretudo a obra imaginada e esboçada, os fascínios e adorações, os laivos de humor e de tédio. A mostra reúne elementos dos principais arquivos do arquitecto português, como é o caso do Canadian Centre for Architecture, em Montreal, da Fundação de Serralves, da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian, da britânica Drawing Matter e do próprio atelier de Siza Vieira, mas também de pequenas colecções particulares ou de instituições internacionais como o MoMA ou o Pompidou.

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Marvila

Rua do Açúcar, Rua Capitão Leitão, Largo do Poço do Bispo, Rua Amorim: são estas as ruas a percorrer no sábado, 1 de Junho, dia em que inaugura o Poster Mostra 2024. É a 9ª edição desta exposição que tem como galeria as ruas e que desafia tanto profissionais do design como criativos de outras áreas a criarem arte em formato de poster. Este ano, vai poder ver, entre outros, posters de David Carson, designer gráfico; Kid Richards, fotógrafo e músico; Masanori Ushiki, ilustrador japonês; Kampus, criador da personagem Sausage; Cláudia Pascoal, cantora e compositora; Maxime Chanet, fotógrafo; e Clube Recriativo, estúdio de design e comunicação.

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  • Noite
  • Alcântara

Desde 2016 que o Brunch Electronik Lisboa mete a Lagoa Branca, na Tapada da Ajuda, a dançar durante o Verão e os primeiros dias do Outono. E este ano não vai ser diferente. O regresso das matinés está marcado para domingo, 30 de Junho. A partir daí, a fórmula repete-se de 15 em 15 dias até 22 de Setembro e, uma semana depois, no domingo, 29, termina a temporada de 2024.

  • Filmes
  • Alfama

Poucas duplas funcionam tão como esta. De um lado, as noites mais quentes de Lisboa; do outro, sessões de cinema ao ar livre, num terraço com vista sobre a cidade: o Carmo Rooftop, num ano em que o Cine Society também se expande até ao Ritz Four Seasons e à Doca da Marinha. O melhor é mesmo não mexer e até entrar no Outono sem receio do fresquinho nocturno. Até 12 de Outubro, a Cine Society já tem uma programação bastante completa e recheada a clássicos e produções mais contemporâneas, de Casablanca a Barbie.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Estrela/Lapa/Santos

Em Viagem ao Ocidente, a dupla franco-chinesa Benoit+Bo propõe, com fotografias, pinturas, esculturas e instalações, uma reflexão sobre as culturas asiáticas e a sua relevância no mundo globalizado. A exposição inspira-se num romance do século XVI de Wu Cheng’en sobre a fantástica jornada de um monge budista e da sua escolta pela Ásia Central, numa extensa jornada física e interior pela Ásia e pela Europa, e inclui alguns dos protagonistas do romance nas obras expostas. Para ver no Museu do Oriente, o trabalho artístico de Benoit + Bo também se pode definir como activismo visual, ao procurar desmistificar noções preconcebidas e enfatizar como a história do colonialismo e das estruturas de classe influenciaram profundamente a percepção da arte popular e não ocidental.

  • Coisas para fazer
  • Alcântara

Nunca são demais as visitas ao Lx Factory, seja por que razão for. E não se surpreenda se, ao domingo, entre as 10.00 e as 19.00, vir o trilho principal ocupado por banquinhas – é o Lx Market. Já foi quase um mercado itinerante, passando pelo Parque das Nações ou embarcando na caravana do Out Jazz, mas foi no Lx Factory que encontrou poiso seguro. Por lá, as vendas vão das marcas de vestuário aos acessórios e decoração.

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  • Lumiar

Um edifício conta muitas histórias. Ainda mais quando esse edifício viveu umas quantas e fez subir ao palco outras tantas. Erigido em 1846, o Teatro Nacional D. Maria II partiu da ideia de criar um teatro para o país que apresentasse um repertório que reflectisse as identidades cultural e política de Portugal. Entre a ideia que procurava representar o teatro, a sua história, e aquilo que se fez lá dentro, nasce esta exposição, para ver no Museu Nacional de Teatro e Dança. Com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa, a mostra é composta por elementos diversos, incluindo fotografias, maquetes, trajes e desenhos.

  • Coisas para fazer
  • Grande Lisboa

Depois de 42 anos ao serviço da Marinha Portuguesa e 800 mil milhas percorridas (o equivalente a 36 voltas ao mundo), o submarino Barracuda, de 1968, iniciou a 9 de Maio uma nova existência como navio-museu. Está agora na doca seca de Cacilhas junto à fragata D. Fernando II e Glória.

Apesar de, quando emergem, pouco mais vermos deles do que a torre do periscópio, um submarino causa sempre uma mistura de surpresa e fascínio. O Barracuda podia descer até 300 metros de profundidade e passar 31 dias submerso, invisível para o mundo. Para a tripulação de 54 homens havia 35 camas, o famoso sistema de cama quente, com a tripulação a dormir por turnos. Os 12 mil litros de água que transportava eram para consumo, banhos nem vê-los. No processo de musealização, um dos grandes desafios foi abandonar a entrada e saída pelas estreitas escotilhas. Perdeu-se esse frisson, mas ganhou-se em acessibilidade e segurança: o agora navio-escola passou a ter duas entradas laterais. Saiba mais aqui.

Pólo museológico de Cacilhas. Largo Alfredo Dinis, Cacilhas. Visita ao submarino Barracuda, 4€. Visita ao submarino + fragata D. Fernando II e Glória. Ter-Dom 10.00-18.00. 7€

Junho em Lisboa

  • Música

Há muitos festivais a lutarem pela nossa atenção durante o mês de Julho – na cidade, mas não só. Os maiores trazem veteranos de peso e artistas emergentes a Lisboa e arredores, dos Pearl Jam ao rapper 21 Savage, passando pelos Air e Patti Smith. Mas também há grandes espectáculos em nome próprio, incluindo um par de datas de Karol G, uma das mais populares cantoras do reggaetón e da música urbana latina de agora, na MEO Arena. Para quem não gosta de confusões, há concertos mais pequenos, como a reunião de Cansei de Ser Sexy no Lisboa Ao Vivo. É só escolher. 

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  • Coisas para fazer
  • Exposições

São várias as exposições acabadinhas de estrear: "Nódoa negra", de Mimi Tavares, na Monumental, "Monopolis", de Ana Aragão, na Underdogs, "Viagem ao Ocidente, no Museu do Oriente, e "Tudo é incómodo quando a terra treme", de Joana Dionísio, prémio Novos Talentos FNAC Fotografia 2024, na Narrativa, são algumas delas. Não perder também as duas grandes, de dois grandes: "Siza", uma extensa exposição sobre o homem e a obra, na Gulbenkian, e "Atelier", oito pavilhões da Mitra com uma retrospectiva da Pedro Cabrita Reis – são 1500 peças, com obras desde a juventude até hoje. Destaque ainda para "Lisboa em revolução, 1383-1974", no Pavilhão Preto.

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  • Noite

O que não falta em Lisboa são sítios para dançar até o sol nascer. Antes disso pode sempre aquecer os ânimos num bonito bar lisboeta, explorar tudo o que é novidade ou quem sabe fazer um aquecimento caseiro com os vinis recentemente adquiridos. O programa das festas para este mês de Julho, como em todos os outros, encontra-se bem recheado. Há de tudo um pouco: festas que apelam aos amantes das electrónicas, das músicas latinas e africanas. Ninguém fica de fora. Seja qual for o excesso da sua preferência, o importante é sair e viver a noite na cidade. E lembre-se de beber água porque não queremos manhãs (nem tardes; e muito menos noites) difíceis. 

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