Georg Philipp Telemann nasceu a 14 de Março de 1681 em Magdeburg, na Alemanha, e revelou cedo um enorme talento musical que a família se esforçou por contrariar – acabou por ter apenas instrução musical sumária, que compensou com um autodidactismo empenhado. Em 1710, submetendo-se à vontade da mãe, matriculou-se na universidade de Leipzig para estudar Direito, mas o apelo da música foi mais forte. Após ocupar postos em Leipzig, Sorau, Eisenach e Frankfurt, Telemann obteve o prestigiado cargo de director musical da cidade de Hamburgo, que desempenharia durante 46 anos, acumulando-o com a direcção da ópera local e vários outros compromissos e encomendas. Esta azáfama resultou numa obra vastíssima que cobre todos os géneros musicais e inclui 1700 cantatas (chegaram aos nossos dias 1.043), mais de 40 Paixões (sobreviveram 22), mais de 50 óperas (apenas sobreviveram 9 completas) e centenas de peças orquestrais e de música de câmara. Faleceu em Hamburgo há 250 anos.
O programa do concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa, com direcção de Nicholas Kramer, junta três compositores barrocos alemães cujos destinos se cruzaram: Georg Philipp Telemann (1681-1767), Georg Friedrich Handel (1685-1759) e Johann Sebastian Bach (1685-1750), bem como o segundo filho de Bach, Carl Philipp Emanuel (1714-88), que faz a transição do barroco para o período clássico e teve Telemann por padrinho e sucedeu a este, após a sua morte, como director musical de Hamburgo.
De Telemann ouvir-se-á a Suíte TWV 55:D19, de Handel a Suíte n.º 2 de Música Aquática, de J.S. Bach a Suíte para orquestra n.º 1 e de C.P.E Bach o Concerto para violoncelo Wq.170, em que será solista Jian Hong.
Museu Nacional de Arte Antiga, sábado 3 Junho, 21.00, 12€