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© Cabrita Gil, SPA

5 canções do Zeca que queremos ouvir na Voz do Operário

Músicos portugueses homenageiam José Afonso, sábado, na Voz do Operário. Eis algumas canções que gostávamos de ouvir

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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A música de José Afonso é eterna. 30 anos depois da sua morte, a sua influência continua a escutar-se e novas gerações continuam a descobri-lo. Como se vai poder ouvir este sábado, na Voz do Operário, no espectáculo Em Cada Esquina Um Amigo, que junta músicos de diferentes gerações. Desde JP Simões a Primeira Dama, passando por B Fachada, Allen Halloween, Éme, Benjamim, Jorge Barata e Poesia de Bolso. Todos começaram a tocar (e em muitos casos nasceram) depois da morte do Zeca, e todos reconhecem a sua influência.

Na Voz do Operário vão ouvir-se versões do Zeca e originais, dependendo da vontade dos artistas. Manuel Seatra, metade de Poesia de Bolso e um dos organizadores, ressalva que “o objectivo, além de homenagear o Zeca, é dar a conhecer os artistas em cartaz e mostrar como o seu trabalho tem influências de Zeca Afonso, sem ser demasiado ‘agora vamos cantar Zeca’. Até porque ninguém canta aquelas canções como o próprio cantava”. Tem toda a razão, mas ainda assim gostávamos de ouvir estas cantigas no sábado.

5 canções do Zeca que queremos ouvir na Voz do Operário

"Os Vampiros"

“Os Vampiros” foi editada pela primeira vez em 1963, no segundo EP de Baladas de Coimbra do Dr. José Afonso (é assim que ele aparece creditado na capa, ora googlem). Uma canção fundadora do canto de intervenção contra o salazarismo que Zeca gravaria mais um par de vezes nas década seguintes. Para mal dos nossos pecados, o poema mantém-se actual e ainda este ano inspirou "Cobradores de Impostos", de Allen Halloween.

"Coro da Primavera"

Qualquer uma de Cantigas do Maio seria bem-vinda neste ou noutro alinhamento. Mas tanto quanto se sabe esta é a única que foi samplada por um dos artistas que vão subir ao palco da Voz do Operário no sábado. Mais concretamente, foi samplada por B Fachada em Pifarinho, do álbum homónimo de 2014. 

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"Fui À Beira do Mar"

Uma canção efabulada que ainda este ano ouvimos pela voz de Maria Reis. Só pela versão que fez, a cantora e guitarrista das Pega Monstro merecia estar neste cartaz, mas não está. Na falta dela, era bonito que alguém emprestasse a voz a "Fui À Beira do Mar". Como Primeira Dama, um dos artistas confirmados para sábado, e um apreciador da versão dela.

"Alípio de Freitas"

A última faixa do clássico absoluto Com As Minhas Tamanquinhas é uma homenagem honesta a Alípio de Freitas, padre português tornado revolucionário brasileiro, capturado em 1970 e torturado durante anos pela ditadura brasileira. A filha a que a canção alude é Luanda Cozetti, dos Couple Coffee, que acompanhou JP Simões numa faixa do primeiro disco a solo do ex-Belle Chase Hotel. Porque isto anda tudo ligado.

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"Canção da Paciência"

JP Simões e Norberto Lobo emprestaram, respectivamente, a voz e a guitarra à "Canção da Paciência" de José Afonso há uns anos. Tanto quanto se sabe, Norberto Lobo não vai estar na Voz do Operário, no sábado, mas ninguém leva a mal se JP Simões a cantar sozinho. Antes pelo contrário.

Lisboa cheia de música

  • Música

Os antigos diziam que Maio era o mês das trovoadas. Sobre isso não podemos dizer muito mais – recomenda-se uma visita ao Instituto Português do Mar e Atmosfera – mas faça chuva ou faça sol vale a pena ir sair de casa pra assistir a uns quantos concertos em Lisboa. Os regressos dos Placebo, Simple Minds (em registo acústico) e José González contam-se entre as datas mais esperadas. Porém o melhor são mesmo as actualões de Caetano Veloso no Casino Estoril, a 16 e 17 de Maio.

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