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Arcade Fire
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Arcade Fire: “O Bowie está sempre presente”

Os Arcade Fire apresentam ‘Everything Now’ em Lisboa na segunda-feira. Entrevistámos o baixista Tim Kingsbury

Marta Bac
Escrito por
Marta Bac
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A banda indie por excelência regressa a Lisboa para apresentar o seu último trabalho, Everything Now, um álbum de letras contundentes e ritmos dançáveis. Descobrimos como se forjou este disco junto de Tim Kingsbury, baixista do grupo canadiano.

 

O som mais dançável e funk deste álbum foi premeditado ou improvisado durante as gravações?

Na verdade foi um produto do ambiente em que gravámos e do espaço onde tocámos. O estúdio de New Orleans em que nos reunimos estava cheio de baterias, de instrumentos de percussão e sintetizadores, pelo que saiu tudo de uma forma muito natural.

Apesar de a música convidar à despreocupação, as letras são bastante duras.

Gostamos da ideia de contrapor o bonito e o não-bonito nas nossas composições. De pegar em algo delicado e torná-lo em algo brutal. O Win [Butler] é quem escreve todas as canções, mas é muito importante para todos nós ver como é que a nossa música se relaciona com o que está a passar-
-se no resto do mundo.

“Até que toda a minha casa esteja cheia de merdas sem as quais não poderia viver” é um dos versos de “Everything Now”. A faixa-título, bem como o próprio disco, é uma crítica à sociedade de consumo?

Não pretendemos dar lições de moral a ninguém. Toda a gente faz compras na internet e sabe o quão prático é. O disco está mais focado na dinâmica deste sistema, na importância de termos consciência dos efeitos a longo prazo do vício no telemóvel e nas redes sociais.

Um discurso que por vezes parece ter um ritmo dos Abba.

É verdade que há certos toques de Abba neste disco, mas é apenas uma entre as muitas influências do álbum. Por exemplo, o Bowie está sempre presente. Também gostamos de The Clash e até incluímos elementos que soam a Motown.

Como foi o processo criativo do disco?

Win escreve sempre a pensar nos ritmos que podem acompanhar cada frase. Às vezes é ele próprio quem chega com uma demo, ou então partimos de uns acordes e tudo flui de forma natural. Ou pode ser que ele tenha uma ideia louca e depois nós transformamo-
-la numa canção. Mas o processo criativo de cada tema é muito diferente.

As críticas negativas afectam-vos?

Não me dou ao trabalho de ler críticas negativas, porque não ganho nada com isso, mas acho que todos fazemos o melhor possível.

Conversa cantada

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Passaram seis anos e ele nem deu por isso. O último disco de estúdio, Mútuo Consentimento, é de 2011, mas até chegar a este Nação Valente, Sérgio Godinho não parou de criar. É que se acaso pára, confessa, crescem-lhe borbulhas. Aos 72 anos, cresce o desassossego da escrita – lá para Setembro há novo romance – mas não se imagina sem criar música e sem lhe dar palco.

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Três anos depois de True, The Legendary Tigerman está de volta aos discos. E de que maneira. Com Misfit, um álbum de rock and roll gravado em trio, com Paulo Segadães e João Cabrita, em Joshua Tree. E com Misfit Ballads, conjunto de baladas que não encaixavam em Misfit. E com o filme Fade Into Nothing, de Furtado, Rita Lino e Pedro Maia, história de estrada e diário de viagem ficcionado que acompanha a edição em CD de Misfit. E ainda há a banda sonora do filme, a editar mais perto do final do ano. Falámos sobre isto tudo com o músico português.

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