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Pedro Neves & Orquestra Sinf
©DRPedro Neves & Orquestra Sinfónica Portuguesa

Festival ao Largo deixa o Chiado e vai para o Palácio da Ajuda

O Festival ao Largo continua a ser ao ar livre, mas, para evitar aglomerações, vai instalar-se no pátio do Palácio da Ajuda

Escrito por
José Carlos Fernandes
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Durante 11 anos o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) saudou o início do Verão com um festival no largo que lhe é fronteiro, mas, na sua 12.ª edição, as circunstâncias recomendam que se evitem as grandes aglomerações, pelo que o festival foi deslocado, temporariamente, para um ambiente mais recolhido: o pátio do Palácio Nacional da Ajuda.

Os espectáculos decorrerão de 10 a 25 de Julho, sempre às 21.30 e com entrada livre, naturalmente limitada pela capacidade do local e pelo imperativo de manter o distanciamento social. Além dos eventos musicais listados abaixo, que terão como intérpretes, além da “prata da casa” – a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) e o Coro do TNSC – várias formações convidadas, o Festival ao Largo inclui uma peça de teatro (dia 12) e três espectáculos de bailado (dias 23 a 25) e a programação detalhada pode ser consultada aqui).

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Metais e Percussão da Orquestra Sinfónica Portuguesa

Sexta-feira, 10 de Julho.

Arranjos de trechos de West Side Story, de Bernstein, de Carmen, de Bizet, e de Nabucco, de Verdi, da famosa Fanfare for the Common Man, de Copland, e da Abertura Festiva de Shostakovich, que é uma rara oportunidade de ouvir música alegre de um compositor que costuma ser macambúzio ou sarcástico. Direcção de Pedro Neves.

Grupo de Cordas da Orquestra Sinfónica Portuguesa & Octeto de Violoncelos

Sábado, 11 de Julho.

Ir da Alemanha do século XVIII ao Brasil do século XX pode parecer uma viagem musical insólita, mas faz sentido juntar o Concerto Brandeburguês n.º 3, de Bach, a três das nove obras que o brasileiro Heitor Villa-Lobos compôs inspirado pela música do mestre alemão: as Bachianas Brasileiras n.º 1 (para 8 violoncelos), n.º 4 (para orquestra de cordas) e n.º 5 (para soprano e 8 violoncelos). A viagem regressa à Europa com as Tonadillas en Estilo Antiguo (1911-13), de Granados, num arranjo para soprano e 8 violoncelos por Elias Arizcuren. Com a soprano Susana Gaspar.

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Camerata Atlântica

Segunda-feira, 13 de Julho.

O programa “Entre Tangos y Boleros”, com o tenor Carlos Guilherme e direcção da violinista Ana Beatriz Manzanilla, dá a ouvir arranjos de canções e peças bem conhecidas de Astor Piazzolla, Ernesto Lecuona, Carlos Gardel, Agustin Lara e outros.

Orquestra Invicta All Stars

Terça-feira, 14 de Julho.

Um ensemble de clarinetes, com direcção de António Saiote, toca um pot pourri de arranjos de peças muito variadas, de “Astúrias”, de Albéniz, a “Moon River”, de Henry Mancini, passando pela banda sonora de Back to the Future e por Il Convegno, de Ponchielli.

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Rossini: Petite Messe Solennelle

Quarta-feira, 15 de Julho.

Um dos momentos a não perder deste festival é a apresentação desta obra-prima de velhice de Gioacchino Rossini, composta muito depois de se ter retirado da composição de óperas para gozar uma reforma antecipada, centrada nos prazeres da gastronomia. Com Dora Rodrigues (soprano), Maria Luísa de Freitas (mezzo-soprano), Carlos Cardoso (tenor), André Henriques (barítono), Coro do TNSC, com direcção de João Paulo Santos.

Metropolis: Projecção com música ao vivo

Sexta-feira, 17 de Julho.

A obra-prima de Fritz Lang estreou-se em 1927, numa altura em que o cinema era mudo, pelo que muitos foram os compositores que se sentiram posteriormente tentados a providenciar uma banda sonora para Metropolis. Esta foi composta por Filipe Raposo e estreada em 2019 no Teatro São Luiz e contará com Filipe Raposo (piano) e elementos da OSP, com direcção de Cesário Costa.

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Fauré: Requiem

Sábado, 18 de Julho.

O Requiem de Fauré é uma das missas de defuntos mais populares, o que justifica que exista em diversas versões, adaptadas às disponibilidades vocais e instrumentais. Nesta ocasião será ouvido num arranjo de David Hill e será complementado pela Ave Maria de César Franck e pelo moteto Sancta Maria, Mater Dei K.273, de Mozart

A interpretação será de Alexandra Bernardo (soprano), Luís Rodrigues (barítono), Coro do Teatro Nacional de São Carlos e elementos da OSP, com direcção de Joana Carneiro.

Dvorák, Mozart, Tchaikovsky

Domingo, 19 de Julho.

Elementos da OSP, com direcção de Joana Carneiro, tocam o Nocturno para cordas, de Dvorák, a Sinfonia n.º 32 K.367, de Mozart, e a Serenata op.48, de Tchaikovsky.

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Britten, Martin, Sibelius

Segunda-feira, 20 de Julho.

Um dos momentos altos deste festival é a apresentação do ciclo de canções orquestrais Les Illuminations, de Britten, composto em 1940 sobre poemas de Rimbaud. O programa completa-se com duas outras obras do século XX: o Polyptique para violino e duas pequenas orquestras de cordas (1973), de Frank Martin, e o Andante Festivo (1922), de Sibelius.

Com Filipa Portela (soprano), Lilia Donkova (violino) e Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, com direcção de Nikolay Lalov.

Verão atípico

  • Música

É difícil mantermo-nos a par de tudo o que este ano já foi adiado ou mesmo cancelado. Concertos, festivais, conferências, um a um, os eventos foram desaparecendo das agendas e a data que mais vemos surgir é 2021. Mas há alternativas. Não são muitas, mas são boas, algumas inesperadas, outras grátis, e outras prometem ser extraordinárias, como a primeira edição virtual do Tomorrowland, especialmente preparada para os festivaleiros da internet. Conheça os festivais de música online que não pode perder.

  • Coisas para fazer

A história dos drive-in é antiga nos EUA. O primeiro drive-in oficial foi inaugurado em 1933 em Camden, Nova Jersey, por Richard Hollingshead, empresário do ramo automóvel e cinéfilo. Hoje ainda há algumas centenas de drive-in na terra do Tio Sam, mas em Portugal a moda nunca pegou. Até agora. Afinal, é a solução ideal para eventos que reúnem um grande número de pessoas num só espaço. Ansião (Leiria) parece ser a grande meca do drive-in, mas há mais para explorar.

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