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Sudan Archives
Photograph: Alex Black

Meia dúzia de concertos a não perder no Super Bock em Stock

O cartaz deste ano está longe de ser um dos melhores que o Super Bock em Stock já teve. Não obstante, há uns quantos concertos a não perder.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
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A culpa, provavelmente, ainda é da pandemia. O que é certo é que o cartaz do festival que mexe com a Avenida Liberdade desde os anos zero deixa um pouco a desejar em 2022. Para compensar, há dois concertos – a apresentação da Casa Guilhermina de Ana Moura, na sexta-feira, e do brilhante Natural Brown Prom Queen de Sudan Archives, outro dos discos do ano, no sábado – que, por si só, já valem os 45€ (em pré-venda) ou 50€ (no próprio dia) que o bilhete custa. Feitas as contas, não nos podemos queixar muito. Até porque há mais uns quantos grupos e artistas que vale a pena ver nesta edição. Quais? Continuem a ler.

Recomendado: A libertação de Ana Moura

David Bruno

Seja como metade do Conjunto Coruna, enquanto o David do duo romântico David & Miguel ou em nome próprio, David Bruno não pára de surpreender. E de dar a ouvir o Portugal que existe à sombra dos centros culturais de Lisboa e do Porto e que raramente tem espaço mediático. A mais recente prova de vida e criatividade é a áudio-novela Sangue & Mármore, cujas canções ele e alguns dos seus convidados vão recriar na mais nobre sala da capital.

Coliseu dos Recreios. Sex 22.50

Pluto

Toda a gente gosta de Manel Cruz. Percebe-se porquê. Ora enquanto vocalista dos Ornatos Violeta ou dos Pluto, ora como Foge Foge Bandido ou em nome próprio, é um dos mais destacados escritores de canções da sua geração em Portugal. Depois de uma primeira reunião n’O Salgado faz anos… Fest!, há uns meses, traz finalmente de volta a Lisboa os Pluto, a banda que ele e o guitarrista Peixe juntaram após o fim dos Ornatos.

Garagem EPAL. Sex 23.00

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Ana Moura

Era um dos mais esperados discos dos últimos anos em Portugal. E não desiludiu. Casa Guilhermina é o cartão de apresentação de uma nova Ana Moura, que continua a ser fadista, porque não sabe ser outra coisa, mas que é muito mais. O semba, a kizomba e ecos do Magrebe, o fandango e outros ritmos ibéricos, uma electrónica fantasmagórica e música urbana, pop – tudo isto existe nestas canções assombradas. E tudo pode ser fado.

Capitólio. Sex 00.00

Porridge Radio

Dana Margolin e companhia não são exactamente novos nestas andanças. Há quase uma década que ela usa o nome Porridge Radio para partilhar as suas gravações caseiras e o mais antigo álbum preservado no Bandcamp data de 2015, quando este não passava de um projecto solitário e lo-fi. Hoje, porém, são uma banda rock cativante e o mais recente álbum, Waterslide, Diving Board, Ladder To The Sky, foi editado em Maio pela Secretly Canadian.

Coliseu dos Recreios. Sáb 20.45

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Obongjayar

Nascido e criado na Nigéria, mas actualmente instalado em Londres, Steven Umoh ou Obongjayar é dono de uma voz rouca e soturna, mas estranhamente sedutora, e rima sobre a sua existência enquanto pessoa racializada por cima afrobeats. Depois de alguns EPs, estreou-se este ano com o álbum Some Nights I Dream Of Doors. Que agora vamos ouvir.

Capitólio. Sáb 21.40

Sudan Archives

A violinista, cantora e compositora afro-americana Brittney Denise Parks sabe o que faz. Em Natural Brown Prom Queen, segundo álbum e obra-prima deste ano, ouvimos a autodidacta multi-instrumentista a inventar novos futuros para a pop, apropriando-se do r&b, do hip-hop, do electro e das músicas tradicionais do continente africano para criar algo novo. E só seu. 

Capitólio. Sáb 23.45

Mais coisas para fazer esta semana em Lisboa

  • Música

A vida voltou de vez ao normal e os concertos em Lisboa também. Todas as semanas, todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda.

  • Teatro

A classe artística nunca pára de arranjar novas formas de se exprimir e mostrar trabalho. Todas as semanas há propostas culturais de diferentes géneros, nascidas em diferentes épocas e com diferentes intenções. Muitas vezes com a chancela dos melhores criadores, companhias e salas. E não, não vale dizer que não sabe o que ir ver. Esta lista faz-lhe a papinha toda. Se houver indecisão, é ver uma agora e outra depois.

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  • Arte

Há muitas exposições a decorrer, porque a cultura recusa-se a desacelerar. Portanto, torne os próximos dias mais culturais, sozinho ou com a família (ou amigos) toda atrelada. Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção em Lisboa. Só tem de decidir o que lhe apetece descobrir: pintura, fotografia ou instalações de grande escala.

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