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As primeiras cabines telefónicas públicas de Lisboa
Luís Pavão/Biblioteca de Arte da Fundação Calouste GulbenkianAs primeiras cabines telefónicas públicas de Lisboa

O Pátio das Antigas: As magníficas cabinas telefónicas do Rossio

Muitos alfacinhas, e os jornais em peso, acorreram à inauguração, em Março de 1931, das 15 cabinas de telefone públicas do Rossio, nas instalações da Anglo Portuguese Telephone Company. Foram as terceiras do género na capital.

Escrito por
Eurico de Barros
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“Aqui fala-se para todo o mundo e efectuam-se todos os pagamentos… Nas magníficas cabinas telefónicas da Companhia dos Telefones, no Rossio”, lia-se em Março de 1931 num anúncio às novas cabinas públicas da Companhia dos Telefones, instaladas de fresco no coração da Baixa. Nessa altura, telefonar na capital para qualquer ponto da cidade custava 50 centavos. A inauguração desta sucursal da Anglo Portuguese Telephone Company (APTC), a companhia inglesa que desde 1887 tinha a concessão da exploração das redes telefónicas em Portugal, atraiu uma pequena multidão ao Rossio, e os jornais em peso.

“A loja dos telefones”, como alguns alfacinhas passaram a chamar-lhe, ficava ao lado do Café Gelo. Conta o escritor e humorista Armando Ferreira que “os ociosos e os elegantes da Baixa, a seguir a tomarem um café no Gelo enquanto chupavam num cigarro, e mirarem com desdém os transeuntes, passaram então a irem telefonar para a namorada ou para a amante na porta vizinha”. Estas instalações, as terceiras do género em Lisboa, tinham 15 cabinas de telefone públicas e juntaram-se às já existentes na Rua da Conceição e na Rua da Palma. A cidade contava então 350 cabinas individuais. A “loja dos telefones” do Rossio foi remodelada em 1945, e em 1968 passou para as mãos da estatal TLP-Telefones de Lisboa e Porto, que sucedeu então à APTC. Lá ficaria até ao final da primeira década do século XXI, quando os TLP tinham já dado lugar à Portugal Telecom (PT). 

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